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Valor Econômico
09/04/2013 11h54 | Atualizada em 09/04/2013 16h58
Da dívida bruta total de R$ 24,8 bilhões que as cinco principais empresas do grupo de Eike Batista tinham ao fim de 2012, uma parcela de R$ 1,44 bilhão vence entre abril e o fim de junho.
Os dados oficiais apontam o BNDES como maior credor individual do grupo, com financiamentos já concedidos no valor de R$ 6 bilhões. Em seguida aparecem Caixa Econômica Federal, com R$ 2,16 bilhões; o Itaú, com R$ 1,76 bilhão; e o Bradesco, com R$ 1,53 bilhão.
Essas informações, entretanto, não revelam o cenário completo, já que exposição de crédito Bradesco e Itaú ao grupo EBX supera a casa de R$ 5 bilhões cada um, segundo fontes próximas às instituições envolvidas. O BTG tem
...Da dívida bruta total de R$ 24,8 bilhões que as cinco principais empresas do grupo de Eike Batista tinham ao fim de 2012, uma parcela de R$ 1,44 bilhão vence entre abril e o fim de junho.
Os dados oficiais apontam o BNDES como maior credor individual do grupo, com financiamentos já concedidos no valor de R$ 6 bilhões. Em seguida aparecem Caixa Econômica Federal, com R$ 2,16 bilhões; o Itaú, com R$ 1,76 bilhão; e o Bradesco, com R$ 1,53 bilhão.
Essas informações, entretanto, não revelam o cenário completo, já que exposição de crédito Bradesco e Itaú ao grupo EBX supera a casa de R$ 5 bilhões cada um, segundo fontes próximas às instituições envolvidas. O BTG tem R$ 1,6 bilhão a receber, sem contar a linha de US$ 1 bilhão disponibilizada recentemente.
Esse risco "escondido" se explica tanto por empréstimos concedidos no nível da holding como pelos bonds da petrolífera OGX, já que não se conhece a identidade dos detentores dos papéis.
O primeiro sinal negativo no campo de refinanciamento de empréstimos veio na semana passada, quando a OSX, empresa de navegação e construção naval do grupo, não conseguiu captar US$ 265 milhões em bônus no exterior. A entrada do dinheiro coincidiria com o vencimento de um empréstimo de R$ 410 milhões que a empresa tinha de forma repartida com HSBC, Itaú, Santander, BTG e Bank of America.
Até junho, vencem mais R$ 629 milhões em empréstimos da OSX, sendo R$ 106 milhões com o Arab Banking Corporation e R$ 523 milhões com o Itaú.
A LLX, que constrói um porto no litoral do Rio, tem um empréstimo com o Bradesco no valor de R$ 575 milhões que vence este mês e a MPX, de energia, precisa quitar ou rolar, até o fim de junho, R$ 64 milhões de um financiamento com o Bradesco e R$ 174 milhões de duas operações com o Itaú.
Não é possível saber os dados da MMX, de mineração, já que a empresa parou de divulgar essas informações no ano passado.
No caso da OGX, o vencimento mais curto está atrelado a debêntures emitidas pela OGX Maranhão (controlada em conjunto com a MPX), no valor de R$ 645 milhões, em janeiro de 2014. O grosso das dívidas da petrolífera, no valor de quase R$ 7,4 bilhões, está em títulos emitidos no exterior e que vencem somente em 2018 e 2022.
OSX, LLX e MPX possuem dinheiro em caixa para quitar essas dívidas de curtíssimo prazo, se for preciso. Mas pagar dívida - em vez de rolar - significa reduzir investimentos nos projetos que vão garantir o caixa no futuro. Faz sentido apenas se houver uma contrapartida com entrada de dinheiro novo de sócios ou venda de ativos.
Em nota, o grupo EBX disse que "todas as suas companhias contam com funding substancialmente equacionado para os próximos anos e perfil de endividamento, majoritariamente, de longo prazo". "O prazo médio de vencimento da dívida do grupo é de cinco a seis anos e a liquidez de caixa suficiente para fazer frente a esses compromissos", diz o texto.
O grupo acrescentou que "não há qualquer pressão de bancos credores para execução de garantias de suas companhias".
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