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CorreioWeb
18/09/2013 14h06
Trabalhar com logística de transporte e melhorar sistemas produtivos são algumas das múltiplas funções da engenharia de produção. A primeira turma formada na Faculdade Estácio Facitec, precursora do curso no Distrito Federal, começou com 31 alunos, mas apenas quatro concluíram a graduação, no mês passado. Entre eles, a primeira engenheira de produção formada no DF, Fabiane Oliveira, 27 anos. “Fui muito incentivada pelos colegas de turma desde o início e estou feliz porque uma mulher se destacou no mercado de trabalho mais uma vez”, comemora.
Fabiane começou o curso em Paracatu, Minas Gerais, em 2007. Transferida de faculdade em 2010 para o Distrito Federal, ela começou a estagiar e, antes mesmo de se formar, conseguiu emprego na
...Trabalhar com logística de transporte e melhorar sistemas produtivos são algumas das múltiplas funções da engenharia de produção. A primeira turma formada na Faculdade Estácio Facitec, precursora do curso no Distrito Federal, começou com 31 alunos, mas apenas quatro concluíram a graduação, no mês passado. Entre eles, a primeira engenheira de produção formada no DF, Fabiane Oliveira, 27 anos. “Fui muito incentivada pelos colegas de turma desde o início e estou feliz porque uma mulher se destacou no mercado de trabalho mais uma vez”, comemora.
Fabiane começou o curso em Paracatu, Minas Gerais, em 2007. Transferida de faculdade em 2010 para o Distrito Federal, ela começou a estagiar e, antes mesmo de se formar, conseguiu emprego na área. “Nessa época, eu saía de casa às 6h e só voltava às 23h30. Não foi fácil”, conta Fabiane, que hoje trabalha como analista de operações em uma empresa.
Eduardo Marinho, coordenador do curso na Estácio Facitec, explica que existe mercado para o engenheiro de produção nos mais diversos segmentos, como empresarial e serviço. “Quem se dedica à culinária, gosta da cozinha, de trabalhar o alimento e criar novos pratos. O engenheiro gosta das ciências de engenharia e as aplica nos seus projetos”, exemplifica.
Para Fabiane, as disciplinas ao longo do curso foram um desafio. “Realmente são pesadas, ainda mais se comparadas ao que estamos acostumados a estudar no ensino médio. É preciso querer muito, senão a vontade de desistir fala mais alto”, alerta.
Presença feminina
De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), existem 19.193 profissionais da área ativos registrados no país. Os estados com a maioria dos profissionais são o Rio de Janeiro (6.124), Minas Gerais (4.450) e São Paulo (4.348). No Distrito Federal, há apenas 19 engenheiros de produção registrados. Na opinião de Fabiane, o mercado de Brasília ainda está tímido para esta área. “A cidade é muito voltada para a parte jurídica, mas acredito que a engenharia de produção é muito ampla e rica em oportunidades de atuação”, revela.
Agora formada, Fabiane segue com seus sonhos para a carreira. “Desde o início, meu padrasto me inspirou para escolher a engenharia, me mostrou a importância da profissão para a sociedade e a força do mercado. Agora, é seguir em frente e trabalhar da melhor forma possível”, vibra.
Segundo Marinho, o curso da Facitec tem em torno de 30% de estudantes mulheres nas turmas e elas são as que mais se destacam. “A realidade da mulher no mercado de trabalho é incontestável e, nos cursos de engenharia, há boa concorrência entre homens e mulheres em todo o país. A engenharia é criação e desenvolvimento. Um país sem engenharia é refém daqueles que as tem, e um eterno emergente”, ressalta.
Na Universidade de Brasília (UnB), a presença de mulheres nas turmas de engenharia de produção é ainda maior. “Dentre os alunos do curso, que oferece uma aprendizagem baseada em projetos, cerca de 40% são mulheres”, conta o professor da universidade João Mello.
De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), dentre as engenharias, a de produção é a que mais concentra alunas mulheres. “Quando se formam, elas costumam procurar áreas como a de gestão de recursos e gestão de tecnologia”, explica. Para ele, a importância da área para as empresas está ligada à otimização de recursos de produção e melhorar processos.
O que o engenheiro de produção pode fazer
Desenvolvimento organizacional - Analisar e definir a estrutura da empresa, de acordo com o mercado.
Economia empresarial - Gerenciar a vida financeira de uma empresa, definir a aplicação de recursos, lidar com custos, prazos, juros e previsão de vendas.
Engenharia do trabalho - Administrar a mão de obra, para a produção de bens ou a prestação de serviços. Avaliar custos, prazos e instalações, para possibilitar a execução do trabalho.
Planejamento e controle - Implantar e administrar processos de produção, da seleção de matérias-primas à saída do produto. Estabelecer padrões de qualidade e fiscalizar seu cumprimento. Gerenciar operações logísticas, como armazenagem e distribuição.
Produção agroindustrial - Atuar nos vários setores da agroindústria: produção agrícola, processamento industrial, comercialização e distribuição de produtos.
Simulação de processos - Antecipar problemas e encontrar soluções, empregando ferramentas da tecnologia da informação.
Onde você pode estudar engenharia de produção em Brasília
Universidade de Brasília
www.unb.br
Facitec
www.facitec.br
UNIPLAN
http://www.uniplandf.edu.br/.
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