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Distribuidora de aço gaúcha estreia em SP

Valor Econômico

23/03/2010 14h44 | Atualizada em 23/03/2010 17h47


Fundada em 1996 pelo alemão Rudolf Fritsch, então com 58 anos, a distribuidora de aços Favorit, com sede em Cachoeirinha (RS), inaugura nesta sexta-feira a primeira unidade fora da região Sul. A nova filial fica em Itupeva (SP), numa região entre a capital paulista e a cidade de Campinas, e vai atender os clientes da empresa em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no norte do Paraná.

Segundo Fritsch, a expansão acompanha a recuperação do setor siderúrgico depois da crise e, nos próximos anos, pode incluir a abertura de uma filial em Minas Gerais. Com uma carteira de 2 mil clientes, a Favorit está verificando forte crescimento da demanda em setores como máquinas e equipamentos, autopeças, tratores e implementos agrícola

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Fundada em 1996 pelo alemão Rudolf Fritsch, então com 58 anos, a distribuidora de aços Favorit, com sede em Cachoeirinha (RS), inaugura nesta sexta-feira a primeira unidade fora da região Sul. A nova filial fica em Itupeva (SP), numa região entre a capital paulista e a cidade de Campinas, e vai atender os clientes da empresa em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no norte do Paraná.

Segundo Fritsch, a expansão acompanha a recuperação do setor siderúrgico depois da crise e, nos próximos anos, pode incluir a abertura de uma filial em Minas Gerais. Com uma carteira de 2 mil clientes, a Favorit está verificando forte crescimento da demanda em setores como máquinas e equipamentos, autopeças, tratores e implementos agrícolas, explicou. Além da matriz, a empresa tem unidades em Caxias do Sul, São Leopoldo e Gravataí, no Rio Grande do Sul, além de Curitiba, no Paraná.

Focada nas linhas de aço para construção mecânica, tubos sem costura, aço inoxidável, aços especiais para ferramentaria e matrizes, vigas e perfis estruturais, a distribuidora fornece peças cortadas e trefiladas e investiu R$ 7 milhões na nova unidade. A filial de São Paulo já deve responder por 20% do faturamento em 2010 e elevar os níveis de rentabilidade da empresa, graças aos ganhos de escala das operações, relatou o empresário.

A projeção da Favorit é encerrar o ano com receita de R$ 215 milhões, 25% a mais do que em 2009, mas ainda 15% abaixo do resultado de 2008. Já o volume de vendas previsto alcança 43 mil toneladas, ante 28 mil no ano passado e 40 mil em 2008, um ritmo de expansão superior à variação do faturamento, que foi afetado pela queda nos preços do aço em 2009.

Conforme o empresário, as cotações de aços para construção mecânica recuaram 15% em maio e mais 5% em dezembro do ano passado devido à queda na demanda. Agora, com o reaquecimento das vendas e as perspectivas de alta dos custos do minério de ferro, o setor espera o início do processo de recomposição das tabelas, mas não antes de 60 dias, acredita Fritsch. Segundo ele, as siderúrgicas temem que o governo facilite as importações caso os preços internos subam muito rapidamente.

Os prazos médios de pagamento concedidos aos clientes também estão voltando ao normal. No auge da queda das vendas, no primeiro semestre do ano passado, eles [prazos] passaram de 35 para 60 ou até 65 dias. "Passamos a financiar os clientes", comentou o empresário. Hoje, segundo ele, o período já está em torno de 50 dias e deve retornar aos patamares pré-crise nos próximos meses.

A Favorit compra aço de siderúrgicas como Gerdau e Vallourec & Mannesmann, mas importa da Europa cerca de 5% do que consome, basicamente barras de grandes bitolas e blocos acima de 20 toneladas. A empresa também mantém um estoque de 16 mil toneladas, o suficiente para suprir o mercado durante quatro meses no ritmo atual de vendas.

Nascido em Berlim, em 1938, o empresário migrou com a mãe e duas irmãs para o Brasil aos nove anos. O pai, engenheiro do Exército alemão, foi morto no último dia da Segunda Guerra Mundial. No Rio Grande do Sul, Fritsch começou a trabalhar no setor siderúrgico aos 19 anos, como representante da siderúrgica austríaca Böhler.

Quase 40 anos depois, com economias de R$ 300 mil, decidiu abrir a própria distribuidora, que hoje emprega 210 pessoas, incluindo 30 para a nova operação no interior de São Paulo.

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