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Folha de São Paulo
30/04/2015 12h21 | Atualizada em 30/04/2015 15h37
O governo brasileiro quer aproveitar a viagem da presidente Dilma aos EUA no fim de junho para promover o seu novo programa de concessões de infraestrutura.
A ideia é atrair investidores americanos para os leilões de aeroportos, portos, estradas etc. O pacote de obras a ser concedido à iniciativa privada ainda não foi definido.
O Itamaraty avalia propor ao Planalto a realização de um seminário com investidores americanos, provavelmente em Nova York, para apresentar o programa.
O evento seria encerrado pela presidente Dilma.
Para aumentar o interesse de grandes fundos institucionais, a Fazenda estuda medidas para fomentar o mercado secundário de títulos de infraestrutura no Brasil. Dessa maneira, os investi
...O governo brasileiro quer aproveitar a viagem da presidente Dilma aos EUA no fim de junho para promover o seu novo programa de concessões de infraestrutura.
A ideia é atrair investidores americanos para os leilões de aeroportos, portos, estradas etc. O pacote de obras a ser concedido à iniciativa privada ainda não foi definido.
O Itamaraty avalia propor ao Planalto a realização de um seminário com investidores americanos, provavelmente em Nova York, para apresentar o programa.
O evento seria encerrado pela presidente Dilma.
Para aumentar o interesse de grandes fundos institucionais, a Fazenda estuda medidas para fomentar o mercado secundário de títulos de infraestrutura no Brasil. Dessa maneira, os investidores teriam uma "porta de saída" ao vender seus papéis.
PRAGMÁTICA
A visita de Dilma aos EUA promete ser "pragmática" na área econômica e vai deixar de lado temas sensíveis como um acordo de livre-comércio entre os dois países.
"Essa visita é mais um ponto de partida do que de chegada", disse Carlos Márcio Cozendey, chefe do departamento de assuntos financeiros do Itamaraty, em seminário da CNI.
É possível que seja anunciada, após mais de dez anos de negociação, a abertura do mercado americano para a carne bovina "in natura" do Brasil. Segundo Odilson Luiz Ribeiro e Silva, diretor do Ministério da Agricultura, faltam apenas alguns detalhes técnicos.
O governo também vai incluir mais setores no acordo de harmonização de regras, que já funciona para o setor de cerâmica. Máquinas e têxteis são os mais prováveis candidatos.
DE FORA
Já pleitos mais ambiciosos da indústria brasileira vão ficar de fora da visita. Segundo Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, "o acordo de livre-comércio não faz parte dos temas que o Brasil vai levar aos Estados Unidos".
Também não devem avançar as discussões para o acordo de bitributação, negociado há mais de 20 anos. "O espaço para negociar esse acordo está muito reduzido", disse Marden de Melo Barboza, subsecretário de Assuntos Internacionais da Fazenda.
Com receio de perder arrecadação, a Receita Federal é contra, e sua posição ganhou força por causa do ajuste fiscal promovido pelo governo. O fisco americano também não é simpático ao tema.
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