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DCI
11/01/2018 08h24
Os empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos no Estado de São Paulo somaram R$ 12,961 bilhões entre janeiro e novembro do ano passado.
A quantia é bastante inferior ao valor visto em 12 meses de 2016 (R$ 22,877 bilhões) e de 2015 (R$ 30,471 bilhões). Na comparação com o período anterior à crise econômica, a queda é ainda maior. Em 2014, por exemplo, os empréstimos para São Paulo chegaram ao valor de R$ 45,1 bilhões.
De acordo com dados enviados pelo BNDES ao DCI, a participação de São Paulo nos desembolsos totais do banco também caiu no período. Entre janeiro e novembro, 21% do crédito do BNDES foram destinados ao estado, menos que os 24% enviados no ano de
...Os empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para projetos no Estado de São Paulo somaram R$ 12,961 bilhões entre janeiro e novembro do ano passado.
A quantia é bastante inferior ao valor visto em 12 meses de 2016 (R$ 22,877 bilhões) e de 2015 (R$ 30,471 bilhões). Na comparação com o período anterior à crise econômica, a queda é ainda maior. Em 2014, por exemplo, os empréstimos para São Paulo chegaram ao valor de R$ 45,1 bilhões.
De acordo com dados enviados pelo BNDES ao DCI, a participação de São Paulo nos desembolsos totais do banco também caiu no período. Entre janeiro e novembro, 21% do crédito do BNDES foram destinados ao estado, menos que os 24% enviados no ano de 2014.
Os setores mais afetados pelo recuo do fomento foram indústria e infraestrutura. Entre janeiro e novembro de 2017, o primeiro recebeu R$ 3,9 bilhões, contra R$ 12,3 bilhões em 12 meses de 2016 e R$ 15,5 bilhões em 2014, antes do período de recessão.
Já os projetos de infraestrutura em São Paulo foram o destino de R$ 3,669 bilhões nos 11 meses de 2017, frente a R$ 4,3 bilhões em 2016 e R$ 15,4 bilhões em 2014.
Recuaram, também, os aportes ao setor de serviços e comércio, que totalizaram R$ 3,9 bilhões entre janeiro e novembro de 2017. No ano anterior, os empréstimos chegaram a R$ 4,655 bilhões e, em 2014, a R$ 11,8 bilhões. Por outro lado, os desembolsos para a agropecuária caíram menos no período. Durante 2017, o BNDES concedeu R$ 1,5 bilhões para o ramo, mesma quantia vista em 2016. Em 2014, R$ 2,4 bilhões foram liberados pelo banco de fomento.
Melhora leve
Para os próximos anos, a tendência é que os desembolsos continuem em um patamar inferior ao que foi registrado antes da recessão. “Os recursos estão mais escassos e a demanda das empresas caiu muito”, diz José Balian, professor de administração da ESPM.
Ainda assim, ele afirma que a liberação de crédito do BNDES em 2018 deve crescer na comparação com 2017. “Essa recuperação ainda deve ser pequena, já que ainda existe capacidade ociosa na indústria”, pondera o entrevistado.
Outro fator que deve impedir uma retomada mais expressiva é a devolução de recursos do BNDES para o Tesouro, lembra o entrevistado. Só em 2017, R$ 50 bilhões foram devolvidos pelo banco público. Para 2018, há expectativa de que um valor ainda maior seja enviado para o Tesouro Nacional
Na visão do professor Balian, o banco de fomento deveria ocupar um papel mais relevante na recuperação econômica do País. “O BNDES é um grande indutor de desenvolvimento, a retomada do PIB [Produto Interno Bruto] pede uma atuação mais forte do banco.”
Entre janeiro e novembro do ano passado, foram desembolsados R$ 61,1 bilhões para projetos em todo o País, queda de 20% no confronto com igual período de 2016.
A indústria foi o setor que mais perdeu o apoio do banco no País. Em 11 meses de 2017, o ramo recebeu R$ 13,3 bilhões, um recuo de 48% na comparação com 2016. Também caíram os empréstimos para comércio e serviços (-22%) e infraestrutura (-2%), enquanto foi registrado aumento no crédito liberado para a agropecuária (8%).
27 de agosto 2020
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