Os setores da indústria e da infraestrutura, juntos, responderam por 68% do desempenho total do banco. Para a indústria, foram liberados R$ 33,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano, alta de 18% frente a igual período do ano passado. Já a infraestrutura ficou com R$ 31 bilhões.

“Os resultados indicam processo de retomada do crescimento da economia, impulsionado pelos investimentos, sobretudo na indústria”, diz o comunicado divulgado pelo banco, acrescentando que os principais destaques foram os setores de papel e celulose, química e petroquímica, mecânica e material de transporte.

As consultas,  espécie de termômetro da disposição de investimentos do empresariado brasileiro, subiram 45% de janeiro a setembro, atingindo R$ 200 bilhões. Os enquadramentos aumentaram 35% na comparação com os nove primeiros meses de 2011, para R$ 182,8 bilhões, e as aprovações avançaram 9%, para R$ 129,9 bilhões.

“O comportamento no acumulado dos primeiros nove meses do ano reflete o conjunto de medidas adotadas pelo governo para estimular o investimento, como a redução das taxas de juros do Programa BNDES de Sustentação do Investimento (BNDES PSI) para a aquisição de máquinas, equipamentos, ônibus e caminhões”, diz a nota do BNDES, acrescentando que a expectativa é que o ritmo de liberações se acelere nos próximos meses, já sob impacto da redução das taxas do PSI para 2,5% ao ano (até 31 de dezembro).

As liberações do PSI somaram R$ 27 bilhões no período janeiro-setembro, representando cerca de 29% dos desembolsos do BNDES no período.

No mês

Em setembro, o banco desembolsou R$ 13,4 bilhões, 20,5% a mais que em igual mês do ano passado. As consultas foram de R$ 33,1 bilhões, 64,4% a mais que em setembro do ano passado. Os enquadramentos foram de R$ 31,6 bilhões, alta de 109% na comparação com setembro de 2011.

As liberações do banco à indústria atingiram R$ 5 bilhões, com alta de 69,4% em relação a setembro de 2011.