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Valor
14/12/2012 08h57
As empresas de São Paulo buscaram mais dinheiro para investimento e menos para capital de giro neste ano, de acordo com levantamento da Agência de Fomento Paulista (Desenvolve SP). Dos R$ 377,4 milhões liberados de janeiro a novembro pela instituição, 80% foram destinados a projetos de investimento e 20% foram utilizados como capital de giro. Essa é a primeira vez desde que a agência de fomento foi criada, em 2009, que os financiamentos a investimento superam o crédito para capital de giro.
No ano passado, apenas 49% dos R$ 211,9 milhões liberados entre janeiro e novembro foram destinados a investimentos. A maior parte, 51%, foi utilizada para fortalecer o caixa das companhias. “Essa mudança na composição da carteira de crédito d
...As empresas de São Paulo buscaram mais dinheiro para investimento e menos para capital de giro neste ano, de acordo com levantamento da Agência de Fomento Paulista (Desenvolve SP). Dos R$ 377,4 milhões liberados de janeiro a novembro pela instituição, 80% foram destinados a projetos de investimento e 20% foram utilizados como capital de giro. Essa é a primeira vez desde que a agência de fomento foi criada, em 2009, que os financiamentos a investimento superam o crédito para capital de giro.
No ano passado, apenas 49% dos R$ 211,9 milhões liberados entre janeiro e novembro foram destinados a investimentos. A maior parte, 51%, foi utilizada para fortalecer o caixa das companhias. “Essa mudança na composição da carteira de crédito da Desenvolve SP é irreversível e tende a aumentar ainda mais. Os empresários estão nos procurando mais para conseguir aquele crédito que seu banco tem dificuldade em ofertar, o financiamento para investimento de longo prazo que fará sua empresa crescer”, diz Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP.
As empresas privadas tomaram a maior parte dos recursos R$ 296,5 milhões ou 78,6% do total liberado entre janeiro e novembro deste ano, sendo utilizados pelo setor público outros R$ 80,9 milhões no período.
À exceção das administrações municipais, que direcionaram 100% dos recursos emprestados a projetos de infraestrutura, o segmento que proporcionalmente mais tomou crédito para incrementar os negócios neste ano foi o de serviços. Segundo a Desenvolve SP, dos R$ 77,9 milhões emprestados 76% foram para investimento e 24% viraram capital de giro. No ano passado, 42% dos créditos tomados pelo setor tiveram como destino o caixa das empresas e 58% foram voltados à ampliação e modernização das operações.
Na indústria, os projetos de investimentos responderam por 75% dos R$ 199,8 milhões emprestados neste ano, ante 44% de 2011. A fatia para capital de giro baixou de 56% no ano passado para 25% neste ano.
Apenas no comércio a maior parte dos recursos tomados ainda é destinada a capital de giro. Neste ano, 62% dos créditos foram para o caixa das empresas, menos, porém, que os 87% em 2011. Os investimentos ficaram com os outros 38% liberados neste ano, avanço frente aos 13% de 2011.
As grandes empresas são as únicas que tanto neste ano como no ano passado destinaram 100% dos créditos tomados junto à Desenvolve SP a projetos de investimento. Entre as pequenas empresas esse percentual é de 94%, e nas médias companhias de 72%.
“Mesmo com a desaceleração da economia setores ligados diretamente ao consumo, como serviços, precisaram investir na melhoria de sua produtividade para fazer frente à demanda e ao aumento da competitividade do setor, o que ajudou a mudar o panorama de nossa carteira”, comenta Santos, acrescentando que a expectativa é de ampliação dos desembolsos em 2013, com o montante batendo R$ 1 bilhão ainda no primeiro semestre.
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