Mercado
Cimento Itambé
01/10/2012 09h28
Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) a demanda por engenheiros para a construção civil deve aumentar de 2,5% a 5,5% em 2012, em comparação ao ano passado. Mas, contrapondo a oferta de vagas, faltam profissionais. Para suprir essa defasagem, as empresas do setor buscam alternativas. Uma solução é reter especialistas em vias de se aposentar ou buscar em casa engenheiros que pararam de atuar, no entanto ainda se mostram atualizados ou carecem apenas de cursos rápidos de qualificação para retomar a atividade.
Dados revelados pela especialista em recursos humanos, Priscila de Oliveira, mostram que atualmente 20% das empresas brasileiras vinculadas à construção civil contratam profissionais já aposentados pa
...Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) a demanda por engenheiros para a construção civil deve aumentar de 2,5% a 5,5% em 2012, em comparação ao ano passado. Mas, contrapondo a oferta de vagas, faltam profissionais. Para suprir essa defasagem, as empresas do setor buscam alternativas. Uma solução é reter especialistas em vias de se aposentar ou buscar em casa engenheiros que pararam de atuar, no entanto ainda se mostram atualizados ou carecem apenas de cursos rápidos de qualificação para retomar a atividade.
Dados revelados pela especialista em recursos humanos, Priscila de Oliveira, mostram que atualmente 20% das empresas brasileiras vinculadas à construção civil contratam profissionais já aposentados para voltar ao mercado de trabalho. “Dessas contratações, pelo menos metade é por conta da falta de mão de obra especializada, e 80% delas busca profissionais formados em engenharia. A opção que algumas empresas fazem pelos aposentados é que eles têm competências que são conquistadas somente pela experiência”, explica, lembrando que as regiões centro-oeste e nordeste do país são as que mais têm carência de profissionais, sobretudo de engenheiros civis.
Especialistas em recursos humanos detectam que o Brasil está carente deengenheiros, principalmente no campo técnico com foco na engenharia prática, longe das esferas administrativa, financeira e de consultoria. “Do total de formandos, apenas 1/3 atua na parte técnica. O restante, ou monta a própria empresa ou está em áreas mais burocráticas que, na última década, contrataram muitos engenheirospagando salários atrativos. Com o mercado de infraestrutura superaquecido, a necessidade de mão de obra técnica aumentou e há dificuldade de encontrar engenheiros recém-formados, assim como seniores com mais de cinco anos de profissão”, ressalta Priscila de Oliveira.
Atualmente, o país forma, em média, 40 mil engenheiros por ano, incluindo todas as especialidades, enquanto a demanda é o dobro disso. Porém, apesar da falta de engenheiros, a quantidade de graduações – em todas as 60 habilitações – aumentou seis vezes em 15 anos. Saltou de 454 cursos em 1995 para 3.045 em 2012. Entre as áreas que mais cresceram está a engenharia da produção, que passou de 30 para 450 cursos. “Ainda assim, se comparado a outros países, o mercado brasileiro apresenta um grande déficit de engenheiros por número de habitantes. Nos Estados Unidos e no Japão, para cada grupo de mil habitantes há 26 profissionais da área. No Brasil, são apenas 6, afirma a consultora.
Priscila de Oliveira avalia que o apagão de engenheiros, hoje enfrentado pelo Brasil, se explica pelo fato de que nos anos 1980 e 1990 eles se voltaram às necessidades financeiras das empresas durante o longo período inflacionário. “Nessas décadas, os engenheiros dedicaram-se a atividades pouco ligadas à sua especialidade, ainda que se necessitasse das suas habilidades para o cálculo matemático, a visão analítica e a capacidade de modelar e resolver problemas. Por isso, hoje, há um déficit espantoso de profissionais de engenharia. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, faltarão até o final 2012 aproximadamente 150 mil engenheiros no mercado”, completa.
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