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Da construção à venda de imóveis, startups inovam

Empresas começam a explorar uso de impressão 3D nos canteiros de obras, enquanto óculos de realidade virtual já estão no do dia a dia de imobiliárias

DCI

03/03/2016 00h04


Empresas nascentes de tecnologia estão ajudando a transformar o mercado imobiliário, desde a ponta da construção até a venda de imóveis. Exemplos disso são a startup Urban 3D, com sede em São Paulo, e a Tistus RV, de Florianópolis.

A empresa paulistana se prepara para executar projetos de construção de moradias populares com uso de impressão 3D. A catarinense usa realidade virtual para proporcionar aos clientes de incorporadoras e imobiliárias a experiência de se sentir dentro de um imóvel que só existe na planta ou está distante fisicamente.

A empreendedora Anielle Guedes tem um objetivo ousado: solucionar o déficit de habitação em escala mundial. A paulistana de 23 anos quer tornar esse sonho possível transformando os p

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Empresas nascentes de tecnologia estão ajudando a transformar o mercado imobiliário, desde a ponta da construção até a venda de imóveis. Exemplos disso são a startup Urban 3D, com sede em São Paulo, e a Tistus RV, de Florianópolis.

A empresa paulistana se prepara para executar projetos de construção de moradias populares com uso de impressão 3D. A catarinense usa realidade virtual para proporcionar aos clientes de incorporadoras e imobiliárias a experiência de se sentir dentro de um imóvel que só existe na planta ou está distante fisicamente.

A empreendedora Anielle Guedes tem um objetivo ousado: solucionar o déficit de habitação em escala mundial. A paulistana de 23 anos quer tornar esse sonho possível transformando os processos construtivos. A proposta é dar mais eficiência a esses processos com o uso de impressão 3D. Para Anielle, o uso dessa tecnologia permite um processo produtivo mais rápido e barato. "Temos demanda de habitação globalmente falando. No Brasil, temos déficit de mais de cinco milhões de moradias e esse número vai subir ainda mais", afirma.

A ideia surgiu durante um curso que a jovem realizou na Singularity University, localizada na sede de pesquisas da Nasa, a agência espacial norte-americana, nos EUA. A universidade, criada em 2009, tem como missão inspirar e capacitar jovens a buscar soluções para grandes problemas globais. Foi exatamente o que aconteceu com Anielle. Aliando a questão da falta de moradia com o meio ambiente, a brasileira fundou a Urban 3D.

O plano é já no próximo ano ter desenvolvido um material que substitui o concreto, bastante poluente. Para isso foram firmadas parcerias com empresas alemãs, diz. Com esse novo material, a ideia é erguer prédios de até cinco andares.

O custo de cada apartamento é estimado entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Segundo a empreendedora, o custo da obra, bastante automatizada, seria até 80% menor do que pelas técnicas atuais. Apesar de utilizar fornecedores, como as parceiras alemãs, a Urban 3D produz as impressoras para o uso na construção propriamente dita.

Realidade virtual

Enquanto a Urban 3D matura a proposta de usar a impressão 3D na construção, o mercado imobiliário já utiliza outra tecnologia recente: a realidade virtual. Citada nesta semana pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que afirmou que a realidade virtual será a plataforma mais social de todas, essa tecnologia já faz parte do dia a dia de incorporadoras e de imobiliárias.

A Tistus RV atua com óculos de realidade virtual há dois anos e, nesta semana, lançou um plano de franquias na Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae em São Paulo. A intenção é expandir o negócio para todo o País com a premissa de que a tecnologia permite reduzir custos e atrair clientes.

A empresa oferece para incorporadoras, construtoras e imobiliárias óculos de realidade virtual e a tecnologia para escanear apartamentos e casas, tornando possível a realização de um tour virtual mais completo que os baseados em foto e vídeo, para que os potenciais compradores experimentem a sensação de estar dentro do imóvel.

"Facilita também para os corretores, já que eles não conseguem fazer muitas visitas até os locais num único dia", afirma Gabriel Lima, gerente operacional da Tistus. O custo por imóvel é de R$ 6,95 por metro quadrado - ou seja, custaria R$ 695 para um apartamento de 100 m² ser escaneado.

Por meio das franquias, a empresa espera expandir sua área de atuação, hoje concentrada em Santa Catarina. A única exigência para os contratantes do serviço é dispor de um smartphone e do aplicativo da empresa, já que, para entrar na realidade virtual, é preciso acoplar o aparelho celular aos óculos cedidos pela Tistus.

O coordenador do Comitê de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon SP), Yorki Estefan, vê essa tecnologia como uma tendência nas construções. "Algumas incorporadoras já estão fazendo uso desse recurso de tecnologia para dar uma percepção para o cliente e também porque, assim, não gastam tanto no marketing de vendas", diz.

Estefan cita ainda a praticidade dos óculos como diferencial, já que, antes deles, as construtoras precisavam construir um apartamento modelo para oferecer aos seus clientes. Com a realidade virtual essa obra passa a ser desnecessária, o que reduz o custo para a incorporadora. Além disso, as construtoras não correm o risco de ocupar espaço no canteiro de obras com o apartamento decorado, já que essa experiência pode ser realizada dentro do estande de vendas.

 

 

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