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Crise hídrica novamente: novas opções de abordagem

Especialista aborda sobre soluções para o problema com o fornecimento de água

Assessoria de Imprensa

08/07/2021 11h00 | Atualizada em 08/07/2021 12h56


*Por Federico Lagreca

O país ativou mais uma vez o alerta de secas. Nesta temporada a situação parece ser mais sistêmica e passa a atingir também a produção de energia, muito dependente das usinas hidrelétricas aqui.

Na seca ocorrida entre 2014-15, que afetou fortemente a disponibilidade de água para o consumo no Sudeste, muito se comentou que estes seriam eventos mais e mais comuns, com ciclos cada vez mais próximos. De fato, as previsões parecem estar se confirmando.

Estamos em um bom período para a discussão da segurança hídrica, quando os atores envolvidos nesta orquestra&cced

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*Por Federico Lagreca

O país ativou mais uma vez o alerta de secas. Nesta temporada a situação parece ser mais sistêmica e passa a atingir também a produção de energia, muito dependente das usinas hidrelétricas aqui.

Na seca ocorrida entre 2014-15, que afetou fortemente a disponibilidade de água para o consumo no Sudeste, muito se comentou que estes seriam eventos mais e mais comuns, com ciclos cada vez mais próximos. De fato, as previsões parecem estar se confirmando.

Estamos em um bom período para a discussão da segurança hídrica, quando os atores envolvidos nesta orquestração parecem bem ativos – o Poder Público por meio das municipalidades, Estados e Governo Federal, a imprensa, os investidores.

A sociedade, também, a mais importante, está interessada em discutir como todos nós, como nação, endereçaremos esses débitos todos. Particularmente, como executivo no setor de infraestrutura há longos anos, eduquei minha visão à busca de soluções mais híbridas e que abordam os desafios de formas multifatoriais, como a diversificação e ampliação da matriz hídrica e o combate às perdas nos sistemas de distribuição.

Operadoras como a Sabesp, referência na prestação de serviços de saneamento, investiram em obras estruturantes de grande porte – como a interligação de bacias hidrográficas e novos sistemas de mananciais como o São Lourenço, mas têm dedicado um esforço considerável na gestão da distribuição nas redes de água para combater as perdas.

Estudo do Instituto Trata Brasil constatou que 39% da água potável captada no país simplesmente não chega às torneiras. Se totalizarmos isso em um ano, apenas em 2019 seria o equivalente a sete vezes o volume produzido pelo Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo.

Por meio de Contratos de Performance as operadoras remuneram o prestador de serviços pela quantidade de água recuperada por meio de engenharia visando o aumento da eficiência operacional.

Redução do volume perdido no sistema de distribuição, implantação de microáreas de controle com válvulas redutoras de pressão com operação por telemetria, renovação da infraestrutura (redes, ramais, adutoras), controle ativo de vazamentos, compreendendo o levantamento de dados e diagnóstico operacional e de perdas do setor de abastecimento utilizando indicadores de desempenho.

Há muita tecnologia envolvida e que traz resultados reais. Só em um setor de abastecimento da cidade de São Paulo (Jardim São Luiz, zona sul), pôde-se recuperar mais de 1 milhão de m3 de água ao mês. Já se usa tecnologia por meio de satélites e georeferenciamento para localizar vazamentos em tempo real no Reino Unido, por exemplo.

Esta mesma busca por eficiência na distribuição por meio da tecnologia também é aplicável na diversificação das matrizes.

Um bom exemplo é a gestão dos poços artesianos profundos, usados tanto no abastecimento de cidades como por indústrias e o agronegócio.

Há tecnologias novas e acessíveis que permitem recuperar a produtividade de poços já existentes, poupando perfurações e estendendo a sua vida útil. Além disso, a abordagem de eficiência operacional e energética reduz muito os custos de captação de água, preservando recursos e a superexploração do aquífero.

Os gestores públicos e privados dispõem hoje de mais ferramentas na gestão da infraestrutura que nos permitirão atravessar de maneira mais inovadora as constantes variações climáticas que estão se apresentando, sem afetar a economia e o bem-estar social.

Mas, acredito firmemente que as abordagens precisam estar alinhadas à preservação do capital natural do planeta, através da diversificação e da gestão, por meio do uso eficiente, já possível, através de novas tecnologias. As futuras gerações nos agradecerão.

*Federico Lagreca, CEO da SUEZ Brasil

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