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Crise energética pressiona governo indiano

Manter as luzes acesas tornou-se o maior desafio imediato do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Bloomberg

01/08/2012 11h43


A economia crescendo no ritmo mais lento em quase uma década, a perspectiva de prejuízos causados por uma estiagem e um governo envolvido em escândalos de corrupção já eram problemas suficientes. Mas dois apagões em menos de 36 horas, que deixaram 600 milhões de pessoas sem eletricidade, aumentaram a pressão sobre um premiê cujo legado como gestor da economia está sob crescente pressão.

A rede elétrica do norte da Índia caiu pela segunda vez na madrugada de ontem (horário local), derrubando as redes no leste e nordeste do país. Esses Estados, juntos, são responsáveis por cerca de 40% da capacidade total de geração da Índia, segundo a Autoridade Central de Eletricidade.

"Isso soa bem pior do que pareceria normalmente porqu

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A economia crescendo no ritmo mais lento em quase uma década, a perspectiva de prejuízos causados por uma estiagem e um governo envolvido em escândalos de corrupção já eram problemas suficientes. Mas dois apagões em menos de 36 horas, que deixaram 600 milhões de pessoas sem eletricidade, aumentaram a pressão sobre um premiê cujo legado como gestor da economia está sob crescente pressão.

A rede elétrica do norte da Índia caiu pela segunda vez na madrugada de ontem (horário local), derrubando as redes no leste e nordeste do país. Esses Estados, juntos, são responsáveis por cerca de 40% da capacidade total de geração da Índia, segundo a Autoridade Central de Eletricidade.

"Isso soa bem pior do que pareceria normalmente porque há a impressão de que a economia da Índia está desmoronando neste momento", disse Surjit Bhalla, presidente do Oxus Fund Management, em Nova Déli, sobre os apagões da semana. "Em qualquer época normal, as pessoas diriam que acidentes acontecem. Justo agora, todo mundo está de olho em Singh para ver o que ele vai fazer para solucionar o problema, se é que fará algo."

A Índia está sofrendo sua pior crise energética depois de dois dias de blecautes que puseram em foco a infraestrutura pobre e a falta de investimento no setor de geração e transmissão. Metade do país, de 1,2 bilhão de habitantes, ficou sem eletricidade por mais de cinco horas ontem e no domingo. As redes de transporte ficaram paralisadas, enquanto o comércio e os serviços de emergência ficaram na dependência de geradores.

Singh busca assegurar investimentos de US$ 400 bilhões na indústria energética nos próximos cinco anos. Sua meta é gerar 76 mil megawatts adicionais até 2017. A Índia não cumpriu nenhuma meta anual de produção adicional de energia desde 1951.

Enquanto engenheiros trabalhavam para reconectar quase 24 Estados à rede elétrica nacional, o homem que começou o dia como ministro da Energia, Sushil Kumar Shinde, terminou a terça-feira como ministro do Interior, terceiro posto mais poderoso do gabinete, após uma reforma no ministério de Singh.

O governo anunciou a criação de um comitê para investigar o que levou aos apagões. Inicialmente havia dito que os blecautes tinham como origem o fato de alguns Estados terem excedido a quantidade de energia que estavam autorizados a retirar da rede elétrica nacional.

Cortes de energia são comuns em várias partes da Índia. O país tenta combater uma escassez média de 9% do pico de sua demanda total - realidade que o governo diz ceifar aproximadamente 1,2 ponto percentual do crescimento anual da economia. Melhorar a infraestrutura é hoje o principal desafio indiano.

Os blecautes são apenas o mais recente tormento do governo Singh, assolado por uma série de problemas políticos. Desavenças com aliados de sua coalizão política, várias acusações de corrupção e as derrotas nas eleições regionais vêm enfraquecendo sua administração.

Propostas para autorizar empresas estrangeiras a abrir supermercados no país e permitir investimentos externos nos setores de pensões e seguros estão entre as iniciativas políticas de Singh rejeitadas pela oposição e por aliados de sua coalizão.

 

 

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