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agência EFE
18/02/2010 15h54
O Brasil prevê investir R$ 17,52 bilhões (U$ 9,42 bilhões) em obras para a Copa 2014, mais que o dobro do gasto divulgado pelo governo da África do Sul para o Mundial deste ano, que abre em 11 de junho.
A cifra brasileira corresponde a 59 projetos, entre eles os 12 estádios da competição e obras de mobilidade urbana focadas em transporte público. Os projetos foram listados na Matriz de Responsabilidades, documento firmado entre o governo federal e os representantes das sedes, disponível no site do Ministério do Esporte.
Já o governo sul-africano disse haver investido 33 bilhões de rands (U$ 4,284 bilhões) para a Copa 2010. “Esse valor inclui infraestrutura, estádios, comunicação, segurança e desenvolvimento esportivo”, as
...O Brasil prevê investir R$ 17,52 bilhões (U$ 9,42 bilhões) em obras para a Copa 2014, mais que o dobro do gasto divulgado pelo governo da África do Sul para o Mundial deste ano, que abre em 11 de junho.
A cifra brasileira corresponde a 59 projetos, entre eles os 12 estádios da competição e obras de mobilidade urbana focadas em transporte público. Os projetos foram listados na Matriz de Responsabilidades, documento firmado entre o governo federal e os representantes das sedes, disponível no site do Ministério do Esporte.
Já o governo sul-africano disse haver investido 33 bilhões de rands (U$ 4,284 bilhões) para a Copa 2010. “Esse valor inclui infraestrutura, estádios, comunicação, segurança e desenvolvimento esportivo”, assegurou um porta-voz do Tesouro Nacional da África do Sul ao jornal “Folha de S.Paulo”.
Parte da diferença diz respeito ao número de cidades-sede. Serão nove na África do Sul e 12 no Brasil. Mesmo assim, o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., questiona os custos divulgados pelo governo africano. “Creio que esse valor é muito maior. Estou convencido de que é maior que isso”, disse.
O ministro do Turismo, Luiz Barreto, afirma que o país fará investimentos maiores que a África do Sul para melhorar a infraestrutura das sedes da Copa. “O país optou por fazer investimentos em infraestrutura que darão maior retorno à população”, disse.
Gasto ampliado
Os gastos brasileiros devem aumentar ainda mais quando os projetos começarem a sair do papel. Em Salvador, por exemplo, o estádio Fonte Nova poderá custar até R$ 1,609 bilhão aos cofres estaduais, mas o valor inicialmente divulgado para as obras foi de R$ 591 milhões. O salto de 272% inclui juros, taxa de risco, impostos e uma reserva para garantir condições operacionais e de manutenção do estádio, já que ele será viabilizado por meio de parceria público-privada.
Além disso, o valor divulgado pelas autoridades brasileiras é provisório e deixa de fora os investimentos em segurança, tecnologia, infraestrutura esportiva e aeroportos. Este último item é o que mais preocupa a Fifa. A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) prevê aporte de R$ 6,25 bilhões em 23 aeroportos, até 2012. Até agora, porém, os investimentos não saíram do papel.
R$ 108 bilhões em infraestrutura
Estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) indica que, até 2014, serão aplicados R$ 108 bilhões somente em infraestrutura em todo o país. No estado de São Paulo há previsão de investimento de R$ 32 bilhões, enquanto no Rio de Janeiro estão previstos outros R$ 10 bilhões.
Mesmo em capitais menores, como Natal, o volume de recursos é considerável. Por lá serão aplicados quase R$ 5 bilhões em áreas como hotelaria, malha viária, aeroportos e saneamento.
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