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Construção deve recuar -3,1% na América do Norte em 2022

Revisão para baixo deve-se principalmente ao fraco desempenho do setor nos EUA, diz a GlobalData

Assessoria de Imprensa

11/10/2022 17h36


Devido à pressão inflacionária maior que o esperado e aos novos aumentos das taxas de juros, a empresa de análises GlobalData prevê que a produção da construção na América do Norte deve diminuir -3,1% em 2022, retraindo para US$ 1,8 trilhão, em comparação com a produção de US$ 1,9 trilhão registrada no ano passado.

O relatório "Global Construction Outlook to 2026 – Q3 Update" revela que a previsão foi revista de um crescimento de +2,4% para um resultado negativo de -3,1%.

A considerável revisão para baixo da previsão deve-se principalmente ao fraco desempenh

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Devido à pressão inflacionária maior que o esperado e aos novos aumentos das taxas de juros, a empresa de análises GlobalData prevê que a produção da construção na América do Norte deve diminuir -3,1% em 2022, retraindo para US$ 1,8 trilhão, em comparação com a produção de US$ 1,9 trilhão registrada no ano passado.

O relatório "Global Construction Outlook to 2026 – Q3 Update" revela que a previsão foi revista de um crescimento de +2,4% para um resultado negativo de -3,1%.

A considerável revisão para baixo da previsão deve-se principalmente ao fraco desempenho do setor nos EUA, após sofrer a terceira contração anual consecutiva no 2º trimestre deste ano.

Nos EUA, o ambiente macroeconômico pesou fortemente sobre a construção, enquanto o Canadá, por outro lado, deve reter grande parte da dinâmica de crescimento do setor, prevendo-se um crescimento de 4% no país em 2022.

"O ambiente macroeconômico em rápida deterioração apanhou de surpresa os decisores políticos e os bancos centrais responderam à pressão inflacionista por meio de um aumento agressivo das taxas de juros”, observa Jack Riddleston, analista de construção da GlobalData.

Além disso, ele prossegue, preços elevados de materiais, estrangulamentos do lado da oferta e escassez de mão de obra também estão causando atrasos e adiamentos de projetos.

“Provavelmente, o investimento em novos projetos irá cair, uma vez que novos aumentos das taxas irão restringir o acesso ao crédito”, aponta.

O analista explica que a vulnerabilidade da indústria da construção decorre especialmente do mercado habitacional, que parece estar em um ponto de inflexão.

“O setor residencial teve um crescimento relevante nos últimos dez anos na América do Norte, mostrando-se e foi particularmente forte durante a pandemia”, afirma.

“Taxas recordes de juro baixos e excedentes na poupança suportaram um boom de construção e renovação de habitações no período. Contudo, a procura de habitação está diminuindo rapidamente, as taxas hipotecárias estão elevadas e as famílias estão endividadas, com o custo de vida comprimindo os ganhos reais, o que resultou em uma queda significativa no crescimento do setor ", acrescenta.

De acordo com o US Census Bureau, os dados mais recentes sobre licenças de habitação mostram que a procura diminuiu significativamente à medida que as taxas hipotecárias subiram.

De julho a agosto, as novas licenças residenciais registaram queda de 10%, sendo que houve queda de 16,8% a partir de abril, aproximando-se dos níveis pré-pandemia.

"No entanto, espera-se que as perspectivas se tornem melhores à medida que a pressão inflacionária subsidie as perspectivas no médio e longo prazo e a administração Biden continue com o plano de injetar recursos na economia em dificuldades, dirigindo o investimento para os setores da infraestrutura, produção industrial e energia”, conclui Riddleston.

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