Assessoria de Imprensa
02/12/2021 11h00 | Atualizada em 02/12/2021 11h47
A construção civil não para. Um dos setores mais importantes para a economia brasileira se mantém resiliente mesmo com os recentes problemas de abastecimento e aumento de preço de matéria-prima.
Segundo especialistas, a escassez de insumos se deve, entre outros fatores, à redução da produção no início da pandemia e à incapacidade de aumentar o ritmo na retomada, o consumo dos estoques – a construção civil foi um dos poucos setores que não parou completamente durante o auge da pandemia – e a concorrência com a demanda internacional, que enfrenta os mesmos problemas. Esse panorama, somado aos problemas
...A construção civil não para. Um dos setores mais importantes para a economia brasileira se mantém resiliente mesmo com os recentes problemas de abastecimento e aumento de preço de matéria-prima.
Segundo especialistas, a escassez de insumos se deve, entre outros fatores, à redução da produção no início da pandemia e à incapacidade de aumentar o ritmo na retomada, o consumo dos estoques – a construção civil foi um dos poucos setores que não parou completamente durante o auge da pandemia – e a concorrência com a demanda internacional, que enfrenta os mesmos problemas. Esse panorama, somado aos problemas de logística por conta do confinamento e restrições de viagens, causou um desabastecimento global.
Frente a esses desafios, foi necessário que construtoras e fornecedores encontrassem saídas para se adaptar e evitar que as obras sofressem altas excessivas.
“Uma das maiores preocupações das construtoras era com os lançamentos e a manutenção das vendas dos empreendimentos já lançados. Mas elas se posicionaram a favor do diálogo com o consumidor e isso manteve a roda girando. Do outro lado, fornecedores eliminaram burocracias para que o setor pudesse seguir ativo, com o menor impacto possível”, afirma Bruno Silva, CEO da INTEC Brasil, plataforma de conexão para a construção civil e organizadora do Ranking INTEC das 100 Maiores Construtoras do país.
Segundo o executivo, os fornecedores, principalmente de aço e concreto, foram os grandes responsáveis por esse aumento dos custos. Isso porque o reaquecimento da economia elevou a demanda por esses insumos dentro e fora do país. Mas, por outro lado, os fornecedores reinventaram sua logística para entregas programadas e passaram a oferecer às construtoras a opção de não estocar os insumos em canteiro de obras, otimizando espaço, conservação e diminuindo a incidência de furtos e roubos.
“As construtoras também desburocratizaram processos para enfrentar essa fase, e acertaram compras com os fornecedores em grande quantidade, com valor ‘congelado’ e entregas programadas a médio prazo, evitando mais altas”, completa.
Essas mudanças tiveram efeito. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) de outubro, 77% das indústrias de materiais pretendem investir nos próximos 12 meses.
A associação também manteve a projeção de crescimento de 8% nas vendas de materiais de construção em 2021. Além disso, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) reviu a expectativa de alta do PIB da área de 4% para 5%.
Se o número se confirmar, 2021 terá o maior crescimento para o setor nos últimos 10 anos.
Para Silva, 2022 também será um ano de alta na construção civil. “Essa perspectiva mostra que investidores ávidos pelo setor, que estão há 24 meses sem investir, devem colocar muito dinheiro na área. Assim, as construtoras terão caixa para comprar e, segundo nossos indicadores, vão priorizar fornecedores com prazo, preço e que empreguem tecnologia sustentável, uma grande tendência do setor”, finaliza.
19 de novembro 2024
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