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Construção Civil mantém crescimento em 2025, mas incertezas econômicas abalam confiança do setor

Sondagem do FGV Ibre revela queda no otimismo dos empresários, devido aos custos trabalhistas e escassez de mão de obra como principais entraves

Assessoria de Imprensa

13/05/2025 07h30


A construção civil segue em trajetória de expansão, mas as incertezas econômicas têm reduzido a confiança dos empresários do setor, conforme análise apresentada na Reunião de Conjuntura Econômica do SindusCon-SP, que acontece a cada 45 dias e serve de termômetro para o setor.

O encontro reuniu o presidente da entidade, Yorki Estefan; o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan; a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo; e o economista e professor da FGV, Robson Gonçalves, no dia 30/04.

De acordo com Eduardo Zaidan, apesar do crescimento contínuo do setor da construçã

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A construção civil segue em trajetória de expansão, mas as incertezas econômicas têm reduzido a confiança dos empresários do setor, conforme análise apresentada na Reunião de Conjuntura Econômica do SindusCon-SP, que acontece a cada 45 dias e serve de termômetro para o setor.

O encontro reuniu o presidente da entidade, Yorki Estefan; o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan; a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo; e o economista e professor da FGV, Robson Gonçalves, no dia 30/04.

De acordo com Eduardo Zaidan, apesar do crescimento contínuo do setor da construção, o ambiente econômico incerto tem minado a confiança dos empresários. “O setor segue crescendo, mas a falta de previsibilidade da economia e os entraves estruturais têm deixado o empresário cada vez mais reticente para novos investimentos”, afirmou.

A incerteza em relação à economia afetou diretamente a confiança dos empresários da construção, que demonstram maior pessimismo quanto à situação atual e às perspectivas futuras, conforme revelou a Sondagem da Construção do FGV Ibre. Os menos pessimistas continuam sendo os atuantes em obras de infraestrutura, e há uma expectativa de melhora nos negócios nos próximos meses. A demanda insuficiente e a falta de mão de obra qualificada permanecem como os principais obstáculos enfrentados pelo setor, destacou a economista Ana Maria Castelo.

Segundo a sondagem, um terço das empresas participantes atua no programa Minha Casa, Minha Vida. A burocracia foi apontada como o principal desafio enfrentado por essas construtoras, seguida pelo custo da mão de obra. Nesse segmento, os lançamentos cresceram mais do que as vendas no primeiro trimestre do ano.

Ana Maria Castelo também comentou que os custos da construção aceleraram no acumulado de 12 meses, com destaque para a mão de obra. Na cidade de São Paulo, a variação acumulada chegou a 8,39%.

Para Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, há uma grande preocupação com o aumento de custos decorrente da escassez de mão de obra qualificada e da elevação dos processos trabalhistas.

“É fundamental que as empresas protejam o caixa ao máximo neste cenário volátil. O aumento de custos e a insegurança jurídica são riscos reais que não podem ser ignorados”, alertou.

Robson Gonçalves destacou que, apesar da alta dos juros, ainda não há sinais claros de desaceleração econômica. Ele alertou para a pressão inflacionária e avaliou que a atual meta de inflação é difícil de ser atingida, o que pode manter os juros elevados por mais tempo. Segundo ele, a política econômica ainda carece de um horizonte sustentável de crescimento.

“Devemos ficar muito atentos e nos concentrar na sustentabilidade das contas públicas. Este governo não conseguiu reverter o desequilíbrio fiscal que ocorreu na pandemia”, afirmou.

Ana Maria Castelo concluiu destacando que o custo do crédito à produção tem aumentado, tornando o segmento de empreendimentos imobiliários cada vez mais dependente do mercado de capitais. Para ela, a construção civil desempenha um papel importante na resiliência da economia, sustentada pelo crédito direcionado (FGTS, Poupança e Minha Casa), agora também impulsionado por recursos do Pré-Sal.

Para mais informações, segue o link da apresentação da Conjuntura Econômica do SindusCon-SP referente ao mês de abril.

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