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DCI
04/11/2015 10h40
O setor de construção civil do Brasil deve perder 556 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Se confirmado, o resultado no número de empregos deve corresponder a uma queda de 16,8% em relação a 2014.
Com isso, o estoque atual de trabalhadores do setor deve terminar o ano abaixo de três milhões. No acumulado de 2015 até setembro, revelou a entidade, a construção civil já perdeu 248,224 mil postos de trabalho e encontrava-se no mês passado com um estoque de 3,070 milhões de trabalhadores, informou o Sindicato, com base nos números do Ministério do Trabalho e do Emprego.
Para a entidade, a falta de perspectiva de retomada n
...O setor de construção civil do Brasil deve perder 556 mil postos de trabalho em 2015, de acordo com estimativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). Se confirmado, o resultado no número de empregos deve corresponder a uma queda de 16,8% em relação a 2014.
Com isso, o estoque atual de trabalhadores do setor deve terminar o ano abaixo de três milhões. No acumulado de 2015 até setembro, revelou a entidade, a construção civil já perdeu 248,224 mil postos de trabalho e encontrava-se no mês passado com um estoque de 3,070 milhões de trabalhadores, informou o Sindicato, com base nos números do Ministério do Trabalho e do Emprego.
Para a entidade, a falta de perspectiva de retomada no cenário macroeconômico deve afetar a atividade em 2016. "Nunca tivemos um ano como este em que a indústria da construção realiza um volume tão grande de demissões nos primeiros nove meses, período em que normalmente o setor contrata", afirmou presidente do Sinduscon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em comunicado oficial ao mercado.
Na visão do executivo, a perspectiva negativa da economia atingiu todos os níveis da economia, tal como a construção. "A falta de confiança dos investidores e das famílias, a escassez de lançamentos imobiliários e a ausência de licitações para novas obras de habitação social e infraestrutura sinalizam que a recessão se prolongará no ano que vem", acrescentou.
Nos 12 meses até setembro, o setor registrou perda de 13,78% no número de empregos, isto é, houve uma redução de 490,690 mil postos de trabalho. Na comparação mensal, a baixa foi de 1,76% ou 53,922 mil empregos, desconsiderando os fatores sazonais, o que marcou a 19ª queda consecutiva do indicador.
O segmento imobiliário foi o que teve a maior retração (-2,35%) em setembro, em comparação a agosto, seguido pelo segmento de preparação de terrenos (-2,04%). No acumulado do ano, o segmento de infraestrutura apresenta a maior queda (-13,95%), seguido pelo segmento imobiliário (-11,92%). Já em 12 meses até setembro o imobiliário registrou baixa de 16,88% e infraestrutura teve redução de 15,88%, as duas maiores variações negativas nessa base.
No Estado de São Paulo, apontava o balanço do Sinduscon, o emprego caiu 1,26% em setembro, ante agosto, já descontada a sazonalidade.
No acumulado ano, a redução do número de empregados no estado foi de 7,23% em relação ao mesmo período de 2014, sendo que também a área de infraestrutura respondeu pelo pior desempenho (-9,85%). Em 12 meses, dizia ainda o balanço, a perda foi de 9,52%. O estoque no estado se encontrava em setembro em 799,671 mil.
Para tentar estimular o setor da construção civil, na última semana, o governo anunciou os novos limites para os imóveis enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV), que devem estar disponíveis até o fim do ano.
Para os imóveis localizados nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o novo limite é de até R$ 225 mil. Nas regiões metropolitanas do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, o teto será de R$ 200 mil. No Centro-Oeste (exceto Distrito Federal), Norte e Nordeste, de R$ 180 mil. O menor financiamento pelo FGTS no MCMV é de R$ 90 mil para os municípios até 20 mil habitantes.
Para o diretor de Região Metropolitana da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Eurico Borges dos Reis, as alterações são imprescindíveis, já que não houve alteração nos preços em três anos. "Neste período observou-se uma expressiva valorização dos preços dos terrenos e um custo de construção acompanhando os índices de inflação", revelou.
Para o Sinduscon-SP, que participou em Brasília de reuniões com o governo federal sobre o tema, a perspectiva é que outros avanços financeiros aconteçam. "Isso permitirá que seja quitado os atrasados do Faixa 1 do programa e garante a conclusão do que já foi contratado", disse o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury
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