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Revista Grandes Contruções / Portal Sinduscon
08/12/2016 00h00 | Atualizada em 08/12/2016 15h26
O desempenho do setor da construção nos últimos três anos já está batendo no fundo poço, com Produto Interno Bruto (PIB) em queda de 5,30%, em 2016, segundo projetou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Os números foram apresentados à Imprensa pelo Sinduscon/SP em 1ª de dezembro.
Segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato, as expectativas otimistas não se consolidaram e a capacidade de recuperação do setor está se deteriorando rapidamente. “A melhora futura está baseada na expectativa de redução das taxas de juros”, destacou relatando a baixa taxa de investimento atual.
As notícias da macroeconomia também não são nada animadoras. “Mas só as reformas não são sufic
...O desempenho do setor da construção nos últimos três anos já está batendo no fundo poço, com Produto Interno Bruto (PIB) em queda de 5,30%, em 2016, segundo projetou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Os números foram apresentados à Imprensa pelo Sinduscon/SP em 1ª de dezembro.
Segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato, as expectativas otimistas não se consolidaram e a capacidade de recuperação do setor está se deteriorando rapidamente. “A melhora futura está baseada na expectativa de redução das taxas de juros”, destacou relatando a baixa taxa de investimento atual.
As notícias da macroeconomia também não são nada animadoras. “Mas só as reformas não são suficientes para reverter o cenário de incerteza devido ao plano político”, complementou o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan, afirmando que o setor formal e informal estão sentindo fortemente os efeitos da crise. “Até então, muita gente se voltou para a economia informal. Mas a crise também chegou nesse empreendedor”, alertou.
Em outubro o nível de emprego na construção caiu 1,38% na comparação com setembro, a 25ª queda consecutiva. Em 12 meses o saldo negativo é de 441 mil postos de trabalho, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,641 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões. Nos primeiros nove meses do ano houve corte de 262.092 vagas. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 26.510 vagas em outubro (-1,01%). Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
Para o segundo semestre, as expectativas mais promissoras se concentram na realização das concessões e programas de parceria privada, além das contratações anunciadas pela Minha Casa Minha Vida.
A perspectiva, ainda que otimista para 2017, é de lenta baixa da taxa de juros, por consequência do mercado de trabalho com renda e taxa de investimento ainda em queda, assim como o consumo das famílias fraco. A melhora do imobiliário está vinculada, diz Zaidan, a uma melhora global da economia, recursos de financiamento, confiança para aquisição de moradia, inflação e juros em queda. “Ações paliativas não resolvem.
O SindusCon-SP lançou o Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil (Inacc), que mostra de forma mais clara o ciclo das empresas formais da construção. Realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas, o indicador capta a evolução da produção em termos físicos mesclando nível de emprego total nas construtoras, produção física de insumos típicos da construção e produção física de bens de capital para a construção. Vale ressaltar que o PIB setorial, principal indicador de desempenho da construção civil, abrange tanto a atividade formal quanto aquela advinda das atividades das famílias e de pequenos empreiteiros.
Em setembro o Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil (lnacc) registrou queda de 13,71% na comparação com o mesmo período de 2015. Já a taxa acumulada do ano é de -19,3%. Segundo o presidente do SindusCon-SP, o Inacc mostra que o pior da queda já ocorreu, mas que ainda haverá redução das atividades da construção civil formal. “Houve uma queda menos forte por causa da base de comparação. É preciso verificar como será a evolução nos próximos meses.”
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