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Construção chegou ao fundo do poço

Com o PIB da Construção -5,3% em 2016, e terceiro ano seguido de queda, setor corre o risco de desarticular sua mão-de-obra e setor empresarial. Levantamento anual do Sinduscon/SP indica leve projeção de alta de 0,5% em 2017, vinculada a realização das reformas governamentais

Revista Grandes Contruções / Portal Sinduscon

08/12/2016 00h00 | Atualizada em 08/12/2016 15h26


O desempenho do setor da construção nos últimos três anos já está batendo no fundo poço, com Produto Interno Bruto (PIB) em queda de 5,30%, em 2016, segundo projetou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Os números foram apresentados à Imprensa pelo Sinduscon/SP em 1ª de dezembro.

Segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato, as expectativas otimistas não se consolidaram e a capacidade de recuperação do setor está se deteriorando rapidamente. “A melhora futura está baseada na expectativa de redução das taxas de juros”, destacou relatando a baixa taxa de investimento atual.

As notícias da macroeconomia também não são nada animadoras. “Mas só as reformas não são sufic

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O desempenho do setor da construção nos últimos três anos já está batendo no fundo poço, com Produto Interno Bruto (PIB) em queda de 5,30%, em 2016, segundo projetou o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Os números foram apresentados à Imprensa pelo Sinduscon/SP em 1ª de dezembro.

Segundo José Romeu Ferraz Neto, presidente do sindicato, as expectativas otimistas não se consolidaram e a capacidade de recuperação do setor está se deteriorando rapidamente. “A melhora futura está baseada na expectativa de redução das taxas de juros”, destacou relatando a baixa taxa de investimento atual.

As notícias da macroeconomia também não são nada animadoras. “Mas só as reformas não são suficientes para reverter o cenário de incerteza devido ao plano político”,  complementou o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan, afirmando que o setor formal e informal estão sentindo fortemente os efeitos da crise.  “Até então, muita gente se voltou para a economia informal. Mas a crise também chegou nesse empreendedor”, alertou.

Em outubro o nível de emprego na construção caiu 1,38% na comparação com setembro, a 25ª queda consecutiva. Em 12 meses o saldo negativo é de 441 mil postos de trabalho, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,641 milhões. Em outubro de 2014, primeiro mês de queda, o estoque era de 3,57 milhões. Nos primeiros nove meses do ano houve corte de 262.092 vagas. Desconsiderando efeitos sazonais*, foram fechadas 26.510 vagas em outubro (-1,01%). Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).

Para o segundo semestre, as expectativas mais promissoras se concentram na realização das concessões e programas de parceria privada, além das contratações anunciadas pela Minha Casa Minha Vida.

A perspectiva, ainda que otimista para 2017, é de lenta baixa da taxa de juros, por consequência do mercado de trabalho com renda e taxa de investimento ainda em queda, assim como o consumo das famílias fraco.  A melhora do imobiliário está vinculada, diz Zaidan, a uma melhora global da economia, recursos de financiamento, confiança para aquisição de moradia, inflação e juros em queda. “Ações paliativas não resolvem.

O SindusCon-SP lançou o Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil (Inacc), que mostra de forma mais clara o ciclo das empresas formais da construção. Realizado em parceria com a Fundação Getulio Vargas, o indicador capta a evolução da produção em termos físicos mesclando nível de emprego total nas construtoras, produção física de insumos típicos da construção e produção física de bens de capital para a construção.  Vale ressaltar que o PIB setorial, principal indicador de desempenho da construção civil, abrange tanto a atividade formal quanto aquela advinda das atividades das famílias e de pequenos empreiteiros.

Em setembro o Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil (lnacc) registrou queda de 13,71% na comparação com o mesmo período de 2015. Já a taxa acumulada do ano é de -19,3%. Segundo o presidente do SindusCon-SP, o Inacc mostra que o pior da queda já ocorreu, mas que ainda haverá redução das atividades da construção civil formal. “Houve uma queda menos forte por causa da base de comparação. É preciso verificar como será a evolução nos próximos meses.”

 

 

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