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Consórcios de bancos financiarão projetos de infraestrutura

Formatação será definida pelas áreas técnicas do governo e das instituições nas próximas duas semanas

Folha de S. Paulo

02/09/2013 12h58


Os principais projetos de infraestrutura do governo deverão ser financiados por meio de consórcios formados por bancos públicos e privados com dinheiro subsidiado pelo BNDES.

A proposta foi apresentada na terça-feira (27) pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) aos principais banqueiros do país.

A formatação dos consórcios será definida pelas áreas técnicas do governo e dos bancos nas próximas duas semanas, segundo Antonio Henrique Silveira, secretário de Acompanhamento Econômico do ministério.

"Os bancos financiarão projetos na forma de sindicatos", disse. "Não há discussão sobre o governo eliminar todos os riscos", acrescentou, referindo-se a reportagem da Folha que mostrou que o governo propôs aos bancos assumir

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Os principais projetos de infraestrutura do governo deverão ser financiados por meio de consórcios formados por bancos públicos e privados com dinheiro subsidiado pelo BNDES.

A proposta foi apresentada na terça-feira (27) pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) aos principais banqueiros do país.

A formatação dos consórcios será definida pelas áreas técnicas do governo e dos bancos nas próximas duas semanas, segundo Antonio Henrique Silveira, secretário de Acompanhamento Econômico do ministério.

"Os bancos financiarão projetos na forma de sindicatos", disse. "Não há discussão sobre o governo eliminar todos os riscos", acrescentou, referindo-se a reportagem da Folha que mostrou que o governo propôs aos bancos assumir os riscos financeiros.

Para mitigar ao máximo esses riscos, o governo instituiu um fundo garantidor específico para as obras, como adiantou a Folha. Ligado à AGBF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e de Garantias), estatal apelidada de Segurobrás, funcionará como espécie de seguro para indenizar eventuais perdas e contará inicialmente com R$ 11 bilhões.

Além disso, as obras terão ainda dois importantes apoios. A EPL (Empresa de Planejamento e Logística) cuidará do licenciamento ambiental de rodovias e ferrovias até a liberação da obra. As ferrovias terão a estatal Valec, que se responsabilizará por assegurar a demanda de transporte por 35 anos.

A principal fonte de recursos virá do BNDES, que emprestará por meio dos bancos com taxas, respectivamente, de 1,5 ponto e 2 pontos acima da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), hoje em 5%.

Nos repasses do BNDES, os bancos terão ainda uma espécie de "fast track" para agilizar a liberação de recursos para projetos carimbados. O atraso nos repasses era uma das principais queixas.

Incentivo Fiscal

Os projetos de infraestrutura também terão incentivo fiscal na emissão de títulos com prazo superior a quatro anos. Essa é uma das principais apostas do governo para captar recursos do mercado de capitais.

Na reunião, o americano Bank of America levantou também a possibilidade de captar recursos no exterior.

O encontro, segundo relato de dois participantes, tinha por objetivo assegurar a participação dos bancos privados, que se mostravam reticentes em financiar os projetos, especialmente os das ferrovias. Os potenciais concessionários estão céticos quanto à viabilidade da Valec.

O primeiro teste será no leilão de rodovias, marcado para 18 de setembro. Deverão ser leiloados nove lotes de estradas. Junto com portos, ferrovias e aeroportos, as concessões deverão demandar investimentos de R$ 470 bilhões. A expectativa é que o sucesso do leilão deverá motivar a participação das concorrências das ferrovias.

A Folha apurou que o governo estuda dar condições ainda melhores de retorno e redução de riscos para viabilizar o leilão das ferrovias, previsto para o último trimestre.

"O crescimento do país nos próximos anos estará vinculado principalmente ao investimento em infraestrutura, que trará imensos benefícios à competitividade de nossa economia e ao bem-estar da população", disse Roberto Setubal, presidente do Itaú.

 

 

 

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