FGV IBRE
26/05/2022 15h03 | Atualizada em 26/05/2022 15h06
O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, caiu 1,4 ponto em maio, para 96,3 pontos, após alta em abril. Em médias móveis trimestrais, o índice continua ainda em terreno positivo ao avançar 0,9 ponto.
“A queda da confiança em maio corrigiu um pouco o otimismo do mês passado, mas na comparação interanual, a diferença se mantém significativa em favor de 2022”, comenta Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE. “Dessa forma, a percepção do empresário da construção é que, a despeito da forte alta das taxas de juros
...O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, caiu 1,4 ponto em maio, para 96,3 pontos, após alta em abril. Em médias móveis trimestrais, o índice continua ainda em terreno positivo ao avançar 0,9 ponto.
“A queda da confiança em maio corrigiu um pouco o otimismo do mês passado, mas na comparação interanual, a diferença se mantém significativa em favor de 2022”, comenta Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE. “Dessa forma, a percepção do empresário da construção é que, a despeito da forte alta das taxas de juros e dos custos em elevação, a situação em 2022 ainda é mais favorável”, diz.
Na comparação com 2021, ela prossegue, o destaque é a percepção em relação ao nível de atividade, que vem sendo confirmada pelo aumento do emprego com carteira. O desempenho reflete o ciclo de negócios de 2020 e 2021. “E as expectativas, moderadamente otimistas, sugerem uma resiliência maior da demanda setorial,” observou.
A queda do ICST, neste mês, foi influenciada principalmente pela piora na avaliação sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,9 ponto, para 92,5 pontos, após ter subido por dois meses consecutivos, influenciada principalmente pela piora das avaliações dos empresários sobre a situação atual dos negócios, que caiu 3,2 pontos, para 89,7 pontos, menor nível desde julho de 2021 (88,3 pontos).
Já o indicador que mede carteira de contratos cedeu 0,4 ponto, para 95,4 pontos. Do lado das expectativas, o Índice de Expectativas (IE-CST) retraiu 0,7 ponto, para 100,3 pontos, permanecendo ainda acima de 100 pontos (nível neutro).
Esse resultado decorre do menor otimismo em relação às perspectivas sobre a demanda nos próximos três meses, que caiu 0,9 ponto, para 102,5 pontos, e da queda de 0,5 ponto do indicador que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses, para 98,0 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção ficou relativamente estável ao variar 0,2 ponto percentual (p.p), para 76,0%. O Nuci de Mão de Obra e Nuci de Máquinas e Equipamento seguem direções opostas: o primeiro subiu 0,5 p.p., para 77,5%, e o segundo diminuiu cedeu 0,6 p.p., para 71,6%.
Na comparação interanual, o Índice de Confiança (ICST) subiu 9,2 pontos, sendo que a maior contribuição para esse movimento veio do segmento de Edificações (residenciais e não residenciais), que tem o maior peso dentro do ICST.
Ainda assim, o segmento se mantém no patamar de pessimismo moderado (índice abaixo de 100). Vale destacar que os segmentos de Serviços Especializados: Preparação de Terrenos, que representa o início do ciclo de atividade, mantém a percepção otimista em relação ao ambiente de negócios e as Obras de Acabamento continuam em alta revelando que a etapa final do ciclo se mantém em evidência.
“Mas em relação a 2021, a maior alta foi registrada no segmento de Obras Viárias, segmento que reflete a aceleração dos investimentos no ano eleitoral”, avalia Ana Castelo.
Custos – O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 1,49% em maio, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 4,27% no ano e 11,20% em 12 meses.
Em maio de 2021, o índice subira 1,80% no mês e acumulava alta de 14,62% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 1,24% em abril para 1,55% em maio. O índice referente à Mão de Obra subiu 1,43% em maio, após variar 0,46%, em abril.
A taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 1,67% em maio, após variar 1,35% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 1,96% para 2,39%.
Já a variação relativa a Serviços passou de 0,73% em abril 0,92% em maio. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item aluguel de máquinas e equipamentos, que passou de 1,49% para 2,36%.
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