A Petrobras vai licitar os primeiros grandes contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) no início de fevereiro. De acordo com o Diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, esse ano serão iniciadas as obras de construção das vias de acesso. A empresa estuda também a ampliação do parque, o que pode culminar na duplicação do projeto original.

O Comperj foi beneficiado por uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele vetou no Orçamento de 2010 o item que proibia a liberação de verbas para as obras suspeitas de apresentarem irregularidades segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o órgão, o Comperj faz parte desta lista.

O Complexo pode se tornar uma refinaria “premium”, com capacidade para processar 300 mil barris/dia de petróleo pesado do Campo de Marlim, na Bacia de Campos. A previsão inicial era de 150 mil. A mudança exige aumento de investimento de R$ 4 bilhões. A intenção de alterar a planta inicial já foi comunicada ao governador Sérgio Cabral Filho.

“Estamos avaliando o canário para tornar o projeto mais competitivo”, declara Costa, afirmando ainda que várias empresas privadas já mostraram interesse no negócio.