Mercado
O Estado de São Paulo
15/02/2018 09h28 | Atualizada em 24/02/2018 15h33
Até 2050, 2,5 bilhões de pessoas a mais viverão em ambientes urbanos, de acordo com o relatório World Urbanization Prospects, feito pela ONU. Sem otimização, organização e redução de desperdícios, fica difícil não projetar um futuro caótico. Agregar tecnologia aos serviços públicos, sob o conceito de cidade inteligente (smart city) e Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things), não é uma mera evolução, é questão de sobrevivência de todo um sistema.
Quando se fala em cidade inteligente, não se trata só de ofertar conexão de alta capacidade em Wi-FI em ambientes públicos. O objetivo é repensar o funcionamento da cidade, de forma integrada e com auxílio da tecnologia. Essa transformação demanda a mudança estrutural da gestão po
...Até 2050, 2,5 bilhões de pessoas a mais viverão em ambientes urbanos, de acordo com o relatório World Urbanization Prospects, feito pela ONU. Sem otimização, organização e redução de desperdícios, fica difícil não projetar um futuro caótico. Agregar tecnologia aos serviços públicos, sob o conceito de cidade inteligente (smart city) e Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things), não é uma mera evolução, é questão de sobrevivência de todo um sistema.
Quando se fala em cidade inteligente, não se trata só de ofertar conexão de alta capacidade em Wi-FI em ambientes públicos. O objetivo é repensar o funcionamento da cidade, de forma integrada e com auxílio da tecnologia. Essa transformação demanda a mudança estrutural da gestão política da cidade e de empresas nos mais diversos setores.
Um bom exemplo na América Latina é a cidade de Medellín, na Colômbia, que em 2013 recebeu o título de “cidade mais inovadora do planeta” pelo The Wall Street Journal e o Urban Land Institute. Para ser considerada pioneira no conceito, o governo local investiu na transformação de processos que facilitam o dia a dia e aumentam a qualidade de vida dos moradores. A cidade conseguiu atrair atenção mundial por conta do pioneirismo, o que resultou na conquista de mais recursos.
Para que exemplos como esse sejam cada vez mais recorrentes e o conceito de cidade inteligente saia do papel, contudo, é preciso que o mercado evolua do discurso sobre futurologia para a aplicação efetiva. Para tal, precisamos considerar alguns aspectos. O primeiro deles vem graças à evolução da tecnologia, pois nos tornamos capazes de garantir conectividade através de redes híbridas, utilizando o que há de melhor em conexões via satélite, redes MPLS e a própria internet. Com isso, os diferentes equipamentos de IoT se tornam inteligentes e geram dados e comunicação machine to machine (M2M) que garantem informação em tempo real a todos os envolvidos: dos cidadãos aos gestores.
Outro aspecto a ser considerado é a segurança da informação, pois com a dependência dos recursos digitais, os processos da cidade ficarão mais expostos ao cibercrime, sendo necessário um forte aparato tecnológico, que trabalhe para prevenir invasões, alterações nas dinâmicas dos serviços públicos e roubo de informações.
É fundamental também que os gestores saibam o que está acontecendo em todo o ambiente da smart city. Isso é possível por meio de monitoração, análise de tráfego e otimização de consumação de banda em uso.
Por fim, é importante que as cidades inteligentes estejam prontas para essa conexão aos diversos provedores de serviço em cloud (nuvem) de forma rápida, segura e transparente, já que todos estamos ligados à nuvem de alguma forma - pessoas, empresas e “coisas”.
Não existem mais dúvidas: as cidades serão inteligentes. A dúvida é: quão rápido nós chegaremos lá e quais as cidades que oferecerão a melhor qualidade de vida para os seus habitantes.
Samir El Rashidy é diretor para América Latina da Orange Business Services
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