Assessoria de Imprensa
23/09/2022 09h59 | Atualizada em 28/09/2022 16h04
Por Pedro Okuhara*
A Síndrome do Edifício Doente foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1982, com alerta de que até 60% dos escritórios no mundo não se enquadram na categoria de arquitetura saudável, apresentando problemas de umidade, acúmulo de sujeira e poeira, infiltrações e estanqueidade excessiva.
Essas características remetem ao cenário brasileiro, que possui uma grande quantidade de edificações consideradas antigas, com alto consumo de energia e utilidades, grande necessidade de reparos e reformas, sistemas isolados e independentes (quando existentes), pouc
...Por Pedro Okuhara*
A Síndrome do Edifício Doente foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1982, com alerta de que até 60% dos escritórios no mundo não se enquadram na categoria de arquitetura saudável, apresentando problemas de umidade, acúmulo de sujeira e poeira, infiltrações e estanqueidade excessiva.
Essas características remetem ao cenário brasileiro, que possui uma grande quantidade de edificações consideradas antigas, com alto consumo de energia e utilidades, grande necessidade de reparos e reformas, sistemas isolados e independentes (quando existentes), pouco ou quase nada sustentáveis e, o principal, com recursos insuficientes no quesito conforto aos usuários.
Por outro lado, vemos que o Brasil está no caminho certo. Segundo o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), o Brasil atualmente é o 5º país com o maior número de projetos de edificações sustentáveis no ranking mundial.
Com um grande potencial em novas construções e certificações de interiores, o Brasil vem se destacando pelo alto investimento em empreendimentos sustentáveis ou inteligentes, visando garantir melhor retorno financeiro, além de melhorar o impacto da sua marca.
De acordo com o Conselho Internacional da Construção (CIB), mais de um terço dos recursos naturais extraídos no Brasil são direcionados para a indústria da construção e 50% da energia gerada abastecem a operação das edificações.
O setor também é um dos que mais produzem resíduos sólidos, líquidos e gasosos, sendo responsável por mais de 50% dos entulhos, entre construções e demolições.
Como se sabe, edifícios inteligentes e com tecnologias de Automação Predial adotam soluções altamente eficientes, econômicas e sustentáveis.
Essas soluções são compostas de controladores, medidores de energia e utilidades, inversores de frequência, sensores e atuadores, entre outras, que são utilizadas para gerar valor, reduzir custos operacionais e consumo de recursos naturais, além de manter os ambientes adequados para o uso no dia a dia.
Além de proporcionar maior eficiência operacional e energética, uma solução totalmente integrada de Automação Predial aumenta a disponibilidade dos equipamentos e reduz o custo ao longo da vida útil da edificação.
Vale lembrar que os custos de construção do edifício são muito menores quando comparados ao recurso que consumirá ao longo da sua vida útil, que gira em torno de 30 anos.
A Automação Predial existe há muitas décadas, mas há uma nova urgência devido a fatores como conservação de energia, bem como um novo olhar voltado para a sustentabilidade.
IoT, computação em nuvem, análise de dados, deep learning, inteligência artificial e outras novas tecnologias que a Indústria 4.0 popularizou permitem que os proprietários de edifícios meçam e conservem energia e outros recursos com facilidade.
Essas tecnologias também ajudam a reduzir os gastos operacionais, atendem a regulamentações globais e regionais de sustentabilidade, facilitam o controle e acesso remoto e, principalmente, aumentam o conforto da ocupação.
O ideal é que essas tecnologias façam parte do projeto desde o seu início. Isso irá garantir o alinhamento entre todos os processos de construção, engenharia e a instalação dos equipamentos nos locais e momentos adequados, reduzindo a necessidade de obras futuras.
Mas é importante lembrar que sempre é possível instalar algum tipo de automação em sua edificação, seja para sistemas menores ou maiores, com o objetivo de monitorar os sistemas elétricos, de telecomunicações, hidráulico, climatização e segurança, permitindo o comando e a supervisão do conjunto a partir de uma única aplicação, normalmente o BMS (Building Management System ou Sistema de Automação Predial).
O mais importante é ter a consciência de que novas tecnologias permitirão um futuro mais confortável e econômico para os gestores de edificações, mas é preciso buscar parceiros que entendam suas necessidades para sugerir as soluções que tenham o melhor custo-benefício.
*Pedro Okuhara é especialista de produto da Mitsubishi Electric
18 de dezembro 2024
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