Mercado
EBX
19/03/2010 13h50
A OSX, do bilionário Eike Batista, levantou R$ 2,82 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), menos de 30% do valor máximo previsto inicialmente, que era de quase R$ 10 bilhões.
De acordo com informações no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 18, a ação da empresa de equipamentos e serviços para a indústria de petróleo saiu a R$ 800, exatamente em linha com a projeção revisada para baixo pela companhia para o preço do papel.
Inicialmente, a OSX esperava colocar suas ações no mercado por valor de R$ 1 mil a R$ 1.333,33. A operação envolveu 3,5 milhões de ações - o que indica que houve exercício parcial de lotes além do inicial, que era de 3,06 milhões de ações.
...A OSX, do bilionário Eike Batista, levantou R$ 2,82 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), menos de 30% do valor máximo previsto inicialmente, que era de quase R$ 10 bilhões.
De acordo com informações no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira, 18, a ação da empresa de equipamentos e serviços para a indústria de petróleo saiu a R$ 800, exatamente em linha com a projeção revisada para baixo pela companhia para o preço do papel.
Inicialmente, a OSX esperava colocar suas ações no mercado por valor de R$ 1 mil a R$ 1.333,33. A operação envolveu 3,5 milhões de ações - o que indica que houve exercício parcial de lotes além do inicial, que era de 3,06 milhões de ações.
Foi o quarto IPO do ano no Brasil. Todos eles saíram com um preço abaixo do estimado nos prospectos preliminares, casos das ofertas iniciais de Aliansce, Multiplus e BR Properties, além de OSX.
Na noite de terça-feira, a OSX comunicou a redução do total de ações no âmbito do IPO, bem como do preço sugerido para os papéis. Na estimativa inicial do tamanho da oferta, de R$ 9,92 bilhões, a operação da OSX poderia se converter no segundo maior IPO da história no Brasil, atrás apenas da oferta do Santander Brasil, de R$ 14,1 bilhões, em outubro do ano passado.
Considerando o valor de R$ 2,82 bilhões, a operação ficou em sétimo lugar na lista dos maiores IPOs do país. A decisão de reduzir o tamanho da oferta da OSX representou um revés para Eike, oitava pessoa mais rica do mundo, segundo ranking da revista Forbes. O empresário fez a maior parte de sua fortuna por meio de IPOs de seus negócios de mineração, energia, logística e petróleo.
Na quarta-feira, um gestor de recursos que desistiu de participar da oferta da OSX disse que a questão para a mudança das condições da operação "foi certamente o preço".
"Há um sentimento de nervosismo entre alguns grandes investidores sobre a oferta e isso provavelmente afetou o negócio", disse, sob condição de anonimato.
Eike garante aporte
A OSX não possui receita e teve prejuízo de R$ 33,4 milhões em 2009. A empresa é dona de um navio e de terrenos onde planeja construir um estaleiro. Em fevereiro, a OSX anunciou que a sul-coreana Hyundai Heavy Industries assumirá fatia de 10% em sua subsidiária OSX Estaleiros, em troca de transferência de tecnologia e treinamento a funcionários.
A OSX pretende usar a maior parte dos recursos captados para construir plataformas e embarcações para exploração e produção de petróleo. A maior demanda deve vir da OGX, petrolífera do próprio Eike.
Em decorrência do preço e do volume menores de ações na oferta da OSX, a empresa informou que haverá atrasos em seu plano de investimentos.
Eike se comprometeu a comprar US$ 1 bilhão em ações da OSX entre março de 2010 e 2013 para ajudar a financiar os negócios da companhia, caso a OSX não consiga recursos adicionais nos mercados de capitais nesse período.
A OSX - que será listada apenas no Brasil - tem a estreia de suas ações na Bovespa prevista para a próxima segunda-feira, dia 22. O Credit Suisse é o coordenador-líder da oferta.
Histórico
A OSX Brasil é a caçula das empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, criado na década de 1980 para explorar ouro e diamantes.
Atualmente o grupo EBX atua nos setores de mineração, energia, logística, petróleo e gás, imobiliário, fontes renováveis e entretenimento e prevê investimentos de US$ 10,6 bilhões entre 2009 e 2012.
Veja a seguir o perfil das empresas do grupo já listadas em bolsa e da estreante OSX:
OSX (estaleiros e serviços para indústria de petróleo)
* Criada em 6 de outubro de 2009
* Controla: OSX Estaleiros, OSX Serviços Operacionais e a OSX GmbH, esta última holding da OSX Leasing Group e da OSX1 Leasing B.V., que detém os direitos sobre a primeira plataforma da OGX (OGX-1) que está sendo construída no estaleiro da Samsung, na Coreia do Sul.
* Unidades de negócio: construção naval, leasing e serviços
* Planos para 2010: Implantação do estaleiro Biguaçu, em Santa Catarina; assinatura dos contratos de afretamento e serviços de operação e manutenção da FPSO OSX-1
OGX: (exploração e produção de petróleo e gás natural)
* Criada em julho de 2007
* Composição acionária: EBX 62%; Teacher's Pension Plan 10,7%; outros minoritários 27,3%
* Fez captação de US$1,3 bilhão com acionistas privados para participar da 9a rodada de licitações da ANP, na qual comprou 21 blocos nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo e Pará-Maranhão. É operadora em 14 blocos.
* Em 2008 comprou participação no bloco BM-S-29, com possibilidade de pré-sal
* Início das ações na Bovespa: junho 2008
* Em 2009 comprou 7 blocos em terra na bacia do Parnaíba
* Atualmente tem 29 concessões e 28.500 quilômetros quadrados
* Meta de produção: 730 mil barris por dia em 2015 e 1,380 milhão em 2019.
* Recursos potenciais estimados em 6,7 bilhões de barris de óleo equivalente
* Perfuração de 10 poços com descobertas entre 2,1 e 4,7 bilhões de barris de óleo equivalente
MMX (mineração)
* Criada em 2005
* Composição acionária: EBX 65,07% Free Float 34,93%
* Capacidade anual de produção: 10,8 milhões de toneladas
* Em julho de 2006 realizou oferta pública primária de ações (IPO) na Bovespa, captando US$ 509 milhões
* Dois sistemas de produção no Brasil: MMX Corumbá e MMX Sudeste
* Sistema MMX Corumbá iniciou suas operações em 2005
* Sistema MMX Sudeste é composto por duas unidades: a Unidade Serra Azul, formada por duas mineradoras, a AVG e a Minerminas, no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais; e a Unidade de Bom Sucesso.
* Possui direitos minerários no Chile, por meio da subsidiária Minera MMX Chile
* Parceria em fevereiro de 2010 com o grupo chinês Wuhan Iron and Steel (Wisco), que adquiriu 21,52 por cento da MMX aportando 400 milhões de dólares
LLX (terminais portuários, logística)
* Criada em março de 2007
* Composição acionária: EBX 54%; Teacher's Pension Plan 18%; BNDESPar 3%; minoritários 25%
* Terminais portuários da LLX : Superporto do Açu (previsto para o 1o semestre de 2012) e Porto Sudeste (previsto para o 2o semestre de 2011)
MPX (setor elétrico)
* Criada em 2001
* Composição acionária: Eike Batista e grupo de gestão 75,8%; mercado 24,2%
* Possui quatro empreendimentos com energia vendida: UTE Porto do Pecém I e II ("Energia Pecém" e "MPX Pecém II"), UTE Porto de Itaqui ("MPX Itaqui") e UTE Serra do Navio.
* Possui direitos minerários de carvão na Colômbia e uma mina de carvão no sul do Brasil, que irão suprir as termelétricas da empresa.
* Junto com a OGX possui 70% de participação em 7 blocos exploratórios com alto potencial de gás natural no Maranhão.
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