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Com ágio de 91%, EcoRodovias vence Rodoanel de SP

Depois de ficar em segundo lugar nos últimos dois leilões do Estado, grupo arrematou os 47,6 km do Trecho Norte do Rodoanel

O Estado de São Paulo

11/01/2018 13h05 | Atualizada em 11/01/2018 15h21


Após ‘bater na trave’ por duas vezes, o grupo EcoRodovias, que administra do sistema Anchieta-Imigrantes, venceu nesta quarta-feira, 10, o leilão do Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo, com ágio de 90,97%. A companhia ofereceu R$ 883 milhões de outorga para operar e manter os 47,6 quilômetros (km) do trecho rodoviário, que ainda está em construção pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) e deverá ser concluído em 2019. As ações da empresa caíram 3,95% nesta quarta-feira.

O resultado foi uma repetição das últimas concessões promovidas pelo Estado de São Paulo no setor. No ano passado, o Pátria arrematou 574 km de estrada no interior paulista, com ágio de

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Após ‘bater na trave’ por duas vezes, o grupo EcoRodovias, que administra do sistema Anchieta-Imigrantes, venceu nesta quarta-feira, 10, o leilão do Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo, com ágio de 90,97%. A companhia ofereceu R$ 883 milhões de outorga para operar e manter os 47,6 quilômetros (km) do trecho rodoviário, que ainda está em construção pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) e deverá ser concluído em 2019. As ações da empresa caíram 3,95% nesta quarta-feira.

O resultado foi uma repetição das últimas concessões promovidas pelo Estado de São Paulo no setor. No ano passado, o Pátria arrematou 574 km de estrada no interior paulista, com ágio de 130,89%; e a Arteris, da Brookfield, levou a Rodovia dos Calçados, de 720 km, com uma proposta 438,17% superior ao preço mínimo. Nos dois casos, a EcoRodovias ficou em segundo lugar. Desta vez, no entanto, a empresa foi disposta a não sair de mãos vazias.

A proposta do grupo foi bem superior à da segunda colocada, a Autostrade Concessões e Participações Brasil, da italiana Atlantia. O lance da concorrente foi de R$ 517,851 milhões pela outorga - ágio de 12%. A CCR, vista como forte candidata a levar o último lote do Rodoanel por administrar o Trecho Oeste, não entregou proposta. A empresa disse que a decisão foi tomada após análise detalhada da viabilidade econômico-financeira do projeto.

Em nota, o grupo afirmou que foram identificados alguns itens inibidores de atratividade para a participação da empresa no certame, entre eles, elevados riscos de engenharia e investimentos ainda não concluídos, premissas de tráfego e custos operacionais divergentes dos estudos realizados pela CCR.

A EcoRodovias, porém, ficou satisfeita com as medidas de segurança definidas pelo governo paulista e que mitigam os riscos. O valor oferecido pela empresa deverá ser pago ao Estado na assinatura do contrato. De acordo com o edital, o valor ficará depositado em uma conta conjunta, sendo que 28% do montante será liberado ao poder concedente só quando sair a Licença de Operação do primeiro segmento.

Atraso. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) comemorou o resultado e disse que o trecho 1 do Rodoanel Norte deve ser entregue até julho - um atraso em relação à previsão inicial, de abril -, mas que o cronograma do trecho 2 está mantido para dezembro. “O Rodoanel Norte conclui a principal obra rodoviária o Brasil. Você vai interligar o maior aeroporto brasileiro, Cumbica, com o maior porto, em Santos”, festejou ele, que participou do leilão na B3.

No evento, ele defendeu uma “reforma de Estado”, que já estaria ocorrendo em São Paulo. “Já estamos fazendo isso em São Paulo e acho que é necessário ao Brasil”, disse o presidenciável tucano. “Há mais que uma crise fiscal (no País), há uma bomba fiscal. Não tem mais como ter aquele Estado antigo, provedor de tudo. Sobra dinheiro no mundo, nós precisamos de bons projetos, segurança jurídica, boa regulação e fiscalização.”

Cenário. Na avaliação de especialistas, porém, o resultado dos leilões paulistas está bem longe do que se espera para as demais concessões rodoviárias no País. “Os projetos de São Paulo são os mais desenvolvidos e tem a chancela do IFC (do Banco Mundial)”, afirma o sócio de infraestrutura do escritório Castro Barros, Paulo Dantas. Segundo ele, para as concessões federais, por exemplo, será preciso mudar muita coisa do que foi feito até agora. Ele se refere às rodovias devolvidas por problemas de desequilíbrio econômico.

O advogado Ricardo Medina, da área de infraestrutura do L.O. Baptista, também entende que são situações diferentes. “O negócio rodoviário em São Paulo é o mais atrativo do Brasil e ainda assim atraiu apenas dois concorrentes. Para as outras concessões, o cenário é diferente. As concessões são pulverizadas” .

A proposta da EcoRodovias foi a vencedora do leilão realizado na B3 (antiga BM&F/Bovesoa) para definir a concessão do trecho norte do Rodoanel Mário Covas (SP 021), que tem 47,6 km de extensão e interliga os trechos leste e oeste do anel viário.  O contrato, que ainda será homologado em data a ser definida pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), é de 30 anos e prevê investimentos de R$ 581,5 milhões em tecnologia, infraestrutura para atendimento ao usuário e pavimento.

A oitava concessão rodoviária do Grupo EcoRodovias está alinhada às estratégias de negócio da companhia, focada em ativos de concessões rodoviárias e no alongamento do prazo de duração do seu portfólio. O Grupo já administra, em São Paulo, por meio de suas controladas Ecovias dos Imigrantes e Ecopistas, dois importantes trechos rodoviários: o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), principal ligação entre a região metropolitana de São Paulo ao Porto de Santos; e o corredor formado pelas rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, ligação entre a região Metropolitana de São Paulo, o Vale do Paraíba, as praias do Litoral Norte e a região serrana de Campos do Jordão.  O novo lote será uma importante ligação entre o aeroporto de Guarulhos, hoje acessado pela rodovia Hélio Smidt, administrada pela Ecopistas, e o Porto de Santos, acessado pela Anchieta, rodovia administrada pela Ecovias.

O Grupo – A EcoRodovias é uma companhia de infraestrutura logística integrada, que opera concessões rodoviárias, ativos de logística intermodal e serviços correlatos, de forma sustentável e socialmente responsável. A companhia já administra outros 1,8 mil quilômetros de rodovias nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

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