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CNI sinaliza soluções para setor

Para alcançar níveis internacionais de competitividade, a produtividade da indústria brasileira precisa crescer a uma taxa anual de 4,5% até 2022, estima a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Diário do Comércio (MG)

24/05/2013 10h01 | Atualizada em 24/05/2013 16h40


Nas últimas duas décadas o avanço foi de apenas 2,3% a cada ano, uma taxa tímida se comparada a de países como Estados Unidos, França e Japão, cuja produtividade aumentou mais de 3% em média, e muito distante da registrada pela Coreia do Sul, que teve crescimento anual de 8%.

A previsão faz parte do "Mapa Estratégico da Indústria" lançado ontem pela CNI. O programa, que contou com a colaboração de cerca de 500 empresários para sua formulação, traz estimativas e metas de desempenho para a economia brasileira nos próximos dez anos e lista os gargalos que precisam ser superados.

Dentre as previsões, está a de que o Brasil deverá ampliar a taxa de investimento glo

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Nas últimas duas décadas o avanço foi de apenas 2,3% a cada ano, uma taxa tímida se comparada a de países como Estados Unidos, França e Japão, cuja produtividade aumentou mais de 3% em média, e muito distante da registrada pela Coreia do Sul, que teve crescimento anual de 8%.

A previsão faz parte do "Mapa Estratégico da Indústria" lançado ontem pela CNI. O programa, que contou com a colaboração de cerca de 500 empresários para sua formulação, traz estimativas e metas de desempenho para a economia brasileira nos próximos dez anos e lista os gargalos que precisam ser superados.

Dentre as previsões, está a de que o Brasil deverá ampliar a taxa de investimento global de 18% para 24%. Um salto que seria capaz de alinhar o país com o praticado hoje no restante do mundo. Em 2012, a taxa média global ficou em 23,6%.

Tal avanço dependerá principalmente da iniciativa privada. Dos 18% investidos hoje no país, 14% vêm do setor privado e apenas 4% do governo, segundo a CNI.

O Estado, contudo, também precisará atuar. A previsão é que o governo federal eleve a participação do investimento em sua despesa primária total dos atuais 5,8% para 8%.

Com isso, o Brasil ficaria em linha com a média de investimento realizada pelos governos dos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE).

"Será um esforço duplo. Mas, em alguma medida, tudo depende do governo e de sua capacidade de execução. Para aumentar o fluxo de investimentos é preciso, por exemplo, a definição de marcos regulatórios, aumentando a segurança jurídica", afirma José Augusto Fernandes, diretor de Políticas Públicas e estratégia da CNI.

A redução da burocracia, a simplificação da estrutura tributária e o aumento do nível de educação da população também são considerados "fatores-chave" para aumentar a competitividade da indústria.

Infraestrutura

Segundo os empresários, os investimentos em infraestrutura devem ser prioritários pelo grande potencial de ganhos em médio prazo para a produtividade e competitividade do país. Atualmente, o Brasil investe cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor. Segundo a CNI, nos próximos dez anos os desembolsos devem passar a 5% do PIB.

"O processo de desenvolvimento ocorre sempre aos "trancos e barrancos". Você não consegue encontrar um país onde há céu de brigadeiro, todos olham e decidem investir imediatamente. O bloco de infraestrutura é extraordinário, com grandes oportunidades", afirma Fernandes.

A estimativa dos empresários é que, alcançadas as metas de investimento, produtividade, de eficiência governamental e de melhora do ambiente macroeconômico, o Brasil será capaz de aumentar em 0,5 pontos percentuais sua participação na produção mundial de manufaturados, chegando a 2,2%.

Para a CNI, a ineficiência do Estado extrai recursos das empresas além do necessário, reduz a eficiência e provê, em quantidade e qualidade inadequadas, bens públicos com "externalidades positivas, como educação, infraestrutura e segurança pública".

"Faz-se necessário melhorar a capacidade de o Estado planejar e executar suas políticas e investimentos". A CNI propõe que a participação do investimento na despesa primária total do governo federal passe de 5,8% em 2012 para 8% em 2022, média dos países da OCDE nos últimos cinco anos.

Outro fator-chave para a competitividade é a segurança jurídica e redução da burocracia. Para a entidade, a falta de clareza sobre direitos e deveres e alterações nas legislações e marcos regulatórios prejudicam a competitividade.

"O resultado é um ambiente hostil aos negócios, que inibe investimentos e aumenta os custos de transacionar bens e serviços". A meta proposta é elevar a posição brasileira no ranking de facilidade de se fazer negócios do 130º lugar em 2012 para 80º em 2022.

 

 

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