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AGÊNCIA ESTADO
26/02/2010 13h49 | Atualizada em 26/02/2010 16h58
A Case New Holland investiu R$ 1 bilhão na nova fábrica da multinacional inaugurada nesta quinta, dia 25, em Sorocaba, interior paulista, onde serão produzidas máquinas agrícolas e equipamentos para a construção.
– Com esta unidade, inauguramos o maior e mais moderno centro de produção da empresa na América Latina – afirma o presidente da Case New Holland, Valentino Rizzioli.
A nova fábrica poderá produzir até 8 mil máquinas por ano, quase um terço do número de produtos fabricados pela CNH no Brasil em 2009. No ano passado, foram fabricadas 23 mil máquinas no país, entre tratores, colheitadeiras, colhedoras e máquinas de construção. O executivo explica que a unidade integrará o sistema global de produção da companhia, com
...A Case New Holland investiu R$ 1 bilhão na nova fábrica da multinacional inaugurada nesta quinta, dia 25, em Sorocaba, interior paulista, onde serão produzidas máquinas agrícolas e equipamentos para a construção.
– Com esta unidade, inauguramos o maior e mais moderno centro de produção da empresa na América Latina – afirma o presidente da Case New Holland, Valentino Rizzioli.
A nova fábrica poderá produzir até 8 mil máquinas por ano, quase um terço do número de produtos fabricados pela CNH no Brasil em 2009. No ano passado, foram fabricadas 23 mil máquinas no país, entre tratores, colheitadeiras, colhedoras e máquinas de construção. O executivo explica que a unidade integrará o sistema global de produção da companhia, com condições para fornecer componentes e máquinas para todo o mundo. Com a unidade de Sorocaba, que tem 526 mil metros quadrados, a CNH vai proporcionar 2 mil vagas diretas de emprego e mais 4 mil indiretas.
A inauguração coincide com o período de retomada das vendas no setor. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta crescimento de 10% a 15% nas vendas de máquinas agrícolas em 2010. Tal desempenho deve ser sustentado pelo Programa de Sustentação de Investimento (PSI), no qual a taxa de juro da linha de crédito Finame, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi reduzida de 10,5% para 4,5%. A medida deu impulso às vendas de máquinas agrícolas de alta potência e ajudou a reverter a trajetória de queda do setor a partir do último trimestre de 2009.
Rizzioli lembra que o setor sofreu perdas severas no primeiro semestre, mas conseguiu recuperar parte desta retração com os incentivos do governo. Ele destaca que o Mais Alimentos, do governo federal, deu sustentação às vendas de tratores desde o começo de 2009. Depois, diz ele, "o PSI veio para estimular a comercialização de máquinas de alta potência para a agricultura e construção no segundo semestre do ano".
– A tendência é positiva. Nossa grande dúvida agora é se o governo estenderá o Finame com taxa a 4,5% para o segundo semestre, que ajudou o setor a se recuperar no fim do ano passado – explica.
A taxa de juro mais baixa do PSI vigora até 30 de junho de 2010. Além da fábrica, a unidade terá um Centro de Distribuição (CD) com uma área de 56 mil metros quadrados, com capacidade para 180 mil locações (espaços para armazenar componentes das máquinas).
– Este centro de distribuição está entre os três maiores do mundo – afirma Rizzionli.
O Grupo Fiat aprovou a construção da nova unidade no segundo semestre de 2007. O projeto foi incluído no planejamento do ano seguinte. A construção começou em meados de 2008, antes do início da crise financeira, que abalou severamente as vendas do setor.
– A decisão já estava feita e o valor incluído no orçamento. Não havia motivo para paralisar as operações durante a crise. Se tivéssemos parado, não estaríamos preparados para o cenário positivo que se tem agora – afirma Rizzioli.
O vice-presidente da Anfavea e diretor de comunicação da CNH para América Latina, Milton Rego, observa que o cenário é bastante positivo. Com os programas de apoio do governo para compra de tratores, a indústria espera retornar aos níveis de 2008, um dos melhores anos para o segmento. Já no caso das colheitadeiras, ele considera que as vendas devem crescer, mas ainda ficarão abaixo do nível do início dos anos 2000, quando foram comercializados mais de 5 mil veículos. Em 2009, as vendas deste segmento totalizaram 3.817 unidades, queda de 14,5% em relação ao ano anterior e as de tratores de roda 23.005 unidades.
Modelo
O presidente da CNH diz que a nova fábrica servirá de modelo para as demais unidades da companhia no mundo, por trabalhar com os mais avançados sistemas tecnológicos.
– Teremos um sistema de produção sequenciado em fluxo contínuo, integrado com fornecedor, linha de produção e montagem dos componentes – afirma Rizzioli.
Isso significa uma mudança em relação às fábricas antigas, nas quais as linhas de montagem eram dedicadas a um equipamento. Esta unidade terá apenas uma linha de montagem capaz de produzir qualquer máquina.
– É um sistema mais flexível, mais competitivo e que ainda permite reduzir custos – explica.
Além das mudanças no sistema produtivo, a nova fábrica também foi construída respeitando os princípios da sustentabilidade ambiental e social, diz o executivo. Rizzioli chama as instalações no interior paulista de "prédio verde". Isso porque, 100% das águas industriais serão reaproveitadas, os resíduos biológicos serão tratados antes de entrar na rede pública de esgotos, a unidade terá poço artesiano próprio e contará com área de preservação ambiental.
Do lado social, foram firmados convênios com instituições de ensino locais, para formação de profissionais especializados, que poderão atuar na unidade de Sorocaba.
– Todas as fábricas da companhia foram adaptadas para serem sustentáveis, mas esta unidade tem um diferencial, porque já foi concebida desta maneira – afirma o diretor de Comunicação da CNH.
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