Na próxima Conferência e Exposição CarbonZero – Alternative Fuels and Raw Materials, o líder da ARM Business Geocycle, Nicolas Meyre, abordará a circularidade e a descarbonização como alavancas obrigatórias para a sobrevivência da indústria de cimento.

Promovido pela Industry Link, o evento será realizado nos dias 26 e 27 de outubro em Lyon, na França.

Entre outros assuntos, o especialista falará sobre os testes realizados pela Holcim-Geocycle para obter clínquer feito inteiramente de resíduos, além de debater a responsabilidade do produtor de materiais de construção.

Outro tópico apresentado pelo especialista avaliará os caminhos da economia circular para maximizar a Iniciativa 3R (esforço global para reduzir a pegada de plástico e de embalagens).

Formado em física e engenharia de materiais pelo Institut National des Sciences Appliquées (INSA), de Lyon, com especialização em caracterização de materiais inorgânicos, Meyre (na imagem ao lado) passou 12 anos na indústria pesada (especialmente em metalurgia e geração de energia), na França e no exterior, antes de ingressar na indústria de cimento.

Atualmente, o especialista tem trabalhado no desenvolvimento de negócios da ARM, com foco principalmente na Europa, visando ampliar a circularidade por meio de fluxos de coprocessamento de resíduos minerais.

"O setor de cimento precisa mudar seu paradigma na Europa”, aponta Meyre.

“Não se trata apenas de uma questão de sobrevivência do setor, mas também que devemos contribuir mais significativamente para a redução das emissões de CO₂”, afirma.

Segundo ele, a necessidade de preservar os recursos naturais obriga a indústria a desenvolver centros de reciclagem equipados com as melhores tecnologias disponíveis na atualidade.

Isso abrange não apenas alternativas aos combustíveis fósseis, mas também a substituição, tanto quanto possível, dos principais minerais naturais utilizados na composição do clínquer, material granular que compõe a base do cimento, resultante da calcinação de uma mistura de calcário, argila e componentes químicos como silício, alumínio e ferro.

“Estou convencido de que fábricas de cimento com 100% de resíduos serão parte importante da solução", comenta o especialista.