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Ciber e o ano eleitoral

Jornal Amanhã

16/03/2010 13h19


Depois de registrar um crescimento de 22% em seu faturamento em 2009, batendo na casa dos R$ 300 milhões, a Ciber Equipamentos Rodoviários não sabe exatamente o que esperar de 2010 - muito menos do segundo semestre. "Achamos que, até julho, tudo irá muito bem, mas depois é uma grande incógnita", afirma Walter Rauen, presidente da empresa controlada pelo grupo alemão Wirtgen desde 2006.

A Ciber atribui o bom desempenho de 2009 às ações tomadas pelo governo brasileiro para enfrentar a crise econômica. "O mercado brasileiro explodiu - no bom sentido - em 2009. Não esperávamos uma recuperação tão forte", revela Rauen. O ritmo dos negócios tem se mantido nos primeiros meses de 2010. No entanto, Rauen acredita que a empresa poderá sofr

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Depois de registrar um crescimento de 22% em seu faturamento em 2009, batendo na casa dos R$ 300 milhões, a Ciber Equipamentos Rodoviários não sabe exatamente o que esperar de 2010 - muito menos do segundo semestre. "Achamos que, até julho, tudo irá muito bem, mas depois é uma grande incógnita", afirma Walter Rauen, presidente da empresa controlada pelo grupo alemão Wirtgen desde 2006.

A Ciber atribui o bom desempenho de 2009 às ações tomadas pelo governo brasileiro para enfrentar a crise econômica. "O mercado brasileiro explodiu - no bom sentido - em 2009. Não esperávamos uma recuperação tão forte", revela Rauen. O ritmo dos negócios tem se mantido nos primeiros meses de 2010. No entanto, Rauen acredita que a empresa poderá sofrer o impacto das eleições, que acontecem no segundo semestre. "Para as obras governamentais, 2010 é complicado. Três meses antes e três meses depois da eleição os governos não podem licitar nada", explica.

E não são apenas as urnas que preocupam Rauen. O mercado internacional, que até 2008 respondia por 40% dos negócios da empresa, permanece acanhado. Em 2009, por exemplo, as exportações representaram apenas 20% do faturamento da Ciber, cuja planta está localizada em Porto Alegre (RS). "Ainda não temos segurança de que as demandas externas vão retornar ao ritmo de antes da crise", diz o presidente da companhia - cujos maiores mercados são países da América do Sul, especialmente Colômbia e Venezuela. Rauen garante que, se a empresa conseguir manter crescer 20% em 2010 - tal como nos últimos seis anos -, já "está excelente".

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