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Folha de São Paulo
01/06/2017 08h30
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, a iniciativa é pioneira. "O fundo terá gestão compartilhada, diferentemente da maioria dos fundos chineses de investimento", diz Arbache. "A China só tem 15 fundos desse tipo."
Pelo estatuto, o conselho gestor terá seis membros —metade da China e outra metade do Brasil, entre eles Eduardo Guardia (secretário-executivo da Fazenda) e Adalberto de Vasconcelos (secretário do Programa de Parceria em Investimentos). Pelo lado chinês, uma dos assentos ficará com o China Development Bank, o BNDES daquele país.
"Cada lado tem poder de veto, o que permite barrar projetos que só atendam interesses chineses no país", afirma Arbache.
...Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, a iniciativa é pioneira. "O fundo terá gestão compartilhada, diferentemente da maioria dos fundos chineses de investimento", diz Arbache. "A China só tem 15 fundos desse tipo."
Pelo estatuto, o conselho gestor terá seis membros —metade da China e outra metade do Brasil, entre eles Eduardo Guardia (secretário-executivo da Fazenda) e Adalberto de Vasconcelos (secretário do Programa de Parceria em Investimentos). Pelo lado chinês, uma dos assentos ficará com o China Development Bank, o BNDES daquele país.
"Cada lado tem poder de veto, o que permite barrar projetos que só atendam interesses chineses no país", afirma Arbache.
Inicialmente, caberá à China investir 75% dos recursos (US$ 15 bilhões). Os 25% restantes (US$ 5 bilhões) sairão do Tesouro Nacional.
O interesse dos chineses se descolou do cenário político brasileiro porque eles estão preocupados em garantir a logística de exportação de insumos do Brasil para a China, principalmente grãos (soja) e minérios, pelo norte do país, especialmente pelo porto de Itaqui (MA).
Outra explicação para a criação do fundo neste momento de incerteza é que os chineses já são os maiores investidores de longo prazo no Brasil. Estão no setor elétrico, nos transportes, na logística e na agricultura. "Não são mais vistos como uma ameaça", disse Arbache.
VERBAS
Prioridade do governo Temer, os projetos do PPI (Programa de Parceria em Investimentos) também poderão ser inscritos e, assim, contar com recursos alternativos ao BNDES e ao FI-FGTS.
Os chineses têm uma lista de projetos que deverá ser apresentada na primeira reunião, nesta semana.
Quem se candidatar aos financiamentos e já tiver parte do projeto financiado por bancos terá mais chances.
Pelo lado brasileiro, BNDES e Caixa serão bancos parceiros. A China participa com o Development Bank.
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