Mercado
05/03/2010 15h18
O Grupo Votorantim investirá, este ano, R$ 100 milhões na fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), instalada na cidade de Alumínio, região de Sorocaba, com o objetivo de aumentar em 56%, no período de dois anos, a produção de perfis (barras que podem ser transformas em portas, janelas e outros materiais usados), de olho no reaquecimento do mercado de construção civil. Os recursos estão sendo aplicados na aquisição de duas prensas de extrusão, um projeto que havia sido suspenso em dezembro de 2008, por conta dos efeitos da crise econômica. Estão sendo adquiridas duas prensas, além de implantadas novas linhas de anodização e pintura de perfis. Esse mercado retomou a demanda e por isso estamos retomando os investimentos, comentou
...O Grupo Votorantim investirá, este ano, R$ 100 milhões na fábrica da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), instalada na cidade de Alumínio, região de Sorocaba, com o objetivo de aumentar em 56%, no período de dois anos, a produção de perfis (barras que podem ser transformas em portas, janelas e outros materiais usados), de olho no reaquecimento do mercado de construção civil. Os recursos estão sendo aplicados na aquisição de duas prensas de extrusão, um projeto que havia sido suspenso em dezembro de 2008, por conta dos efeitos da crise econômica. Estão sendo adquiridas duas prensas, além de implantadas novas linhas de anodização e pintura de perfis. Esse mercado retomou a demanda e por isso estamos retomando os investimentos, comentou o diretor-superintendente da Votorantim Metais, João Bosco Silva. Esse investimento vai garantir e aumentar ainda mais nossa posição de liderança no mercado de perfis da construção civil e industriais. É estratégico, emendou Marco Palmieri, diretor de negócios Alumínio.
A primeira prensa entrará em operação ainda este ano e a segunda em 2011. O investimento é parte do montante de R$ 1 bilhão que a Votorantim Metais - braço do Grupo Votorantim - aplicará na manutenção de suas atividades este ano, tanto no Brasil como no exterior. Do total, 40% serão destinadas às operações com alumínio. Com o maquinário que já possui, a CBA produz, em média, 3,6 mil toneladas de perfis de alumínio por mês. De acordo com Palmieri, cada uma das duas novas prensas que entrarão em operação garantirão um aumento de mil toneladas por mês do produto, que, em dois anos, chegará a ter produção total de 5,6 mil toneladas/mês.
Apesar do alto investimento, a área de alumínio da Votorantim Metais - assim como os setores de zinco e níquel - tem olhado cada vez mais para as oportunidades no exterior o que, de acordo com Bosco, tem ligação direta com os altos custos de manutenção das operações no Brasil, especialmente em relação à energia elétrica. Apesar da manutenção de 32 usinas hidrelétricas que, em 2009, cobriram 85% da necessidade energética da empresa - o maior custo na produção de metais - Bosco destacou que o preço no Brasil ainda é um dificultador para novos investimentos. Este é composto, em 25%, em média, pelos custos de transmissão e outros 25% de tributos. Ou seja, mesmo com 85% de energia própria, esse montante representa somente 50% dos custos, pois os demais estão na transmissão e nos encargos, reclamou. Por isso a instalação da fábrica de zinco no Peru. Além do país possuir minerais, lá a energia elétrica custa metade do que custa no Brasil, falou, referindo-se à unidade de mineração e processamento de zinco que opera desde 2004 em Calamarquilla, no Peru. Já na área de alumínio, o grupo acaba de firmar parceria com o governo de Trinidad e Tobago para a construção de uma planta no País, que terá investimentos de US$ 500 milhões. Temos um contrato de 30 anos com preços muito competitivos, contou Bosco. A área de metais é um mercado global, não influenciamos nos preços. Eles se dão com base no mercado, na oferta e demanda.
Capacidade total
Numa retomada do crescimento pós crise econômica mundial, a CBA mantém, desde outubro de 2009, o setor de transformados (como perfis, placas, folhas, cabos e chapas de alumínio) operando quase no limite de sua capacidade total, como destaca o diretor Marco Palmieri. No caso do alumínio primário, em nenhum momento a CBA reduziu a produção. Tivemos sim que exportar um grande volume de metal em 2009 porque a demanda no mercado interno caiu bastante. A capacidade é de 475 mil toneladas de alumínio ao ano, e esta atingiu o patamar de 471,3 mil em 2009, um volume 1,2% superior ao de 2008. De acordo com Palmieri, a bauxita necessária para a produção vem, hoje, de três minas mantidas pela empresa, nas cidades de Poços de Caldas, Itamarati de Minas e Miraí, todas em Minas Gerais. Juntas, elas nos garantem uma reserva para mais de 50 anos. O índice vai na contramão das tendências já que, segundo balanço recente da Associação Brasileira de Alumínio (Abal), o volume de produção do metal no Brasil caiu em 7,5% entre 2008 e 2009.
João Bosco negou que a empresa tenha tomado alguma medida estratégica para atender à demanda por metais não-ferrosos que deve aumentar, nos próximos anos, por conta dos investimentos em infraestrutura que terão que ser feitos, por estados e municípios, por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, que acontecerão no País. Temos consciência de sermos líderes em vários dos metais que produzimos e da necessidade de suprir o mercado adequadamente. Hoje, exportamos parte de nossa produção exatamente porque o mercado doméstico não tem a demanda suficiente para toda a nossa produção, completou.
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