Campinas ganha neste mês um laboratório colaborativo multissetorial de Internet das Coisas (IoT, a Internet of Things). O Tech Experience Network (TeN) tem como meta tornar realidade projetos de Internet das Coisas (IoT), de forma massiva.

A proposta é unir grandes corporações, startups, empresas de tecnologia, makers, pesquisadores, agências e profissionais de diversas áreas em um ambiente de experimentação, orientado à transformação de negócios. A Baita Aceleradora, CI&T, Icaro Tech e Matera Systems, pelo núcleo Softex Campinas, no polo tecnológico, anunciaram a criação do TeN em Campinas.

O Núcleo Softex Campinas reúne empresas de base tecnológica de Campinas e do interior de São Paulo. Sem fins lucrativos, atua como elemento centralizador de um ecossistema de mais de 400 empresas e entidades, além das 140 firmas associadas localizadas em Campinas e que atuam nacionalmente. Realiza ações de fomento ao desenvolvimento sustentado das empresas nas áreas de melhoria da qualidade, internacionalização, capacitação e formação de capital humano, busca de recursos financeiros reembolsáveis ou não, incubação e aceleração de empresas nascentes. Os fundadores do Núcleo Softex Campinas são a prefeitura de Campinas, a Unicamp e a Associação das Empresas de Software local. É reconhecido pelo Governo Federal como Oscip; a incubadora é homologada pelo Cati do MCTI e é membro do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia de Campinas.

A internet das coisas é uma rede crescente de dispositivos do cotidiano, desde máquinas industriais a bens de consumo, que compartilham informações e realizam tarefas enquanto você está ocupado em atividades, como trabalhar, dormir ou se exercitando.

Em breve, carros, casas, aparelhos domésticos e até mesmo ruas da cidade estarão conectados à internet. Essa rede é a chamada internet das coisas. Composta por milhões de sensores e dispositivos que geram fluxos incessantes de dados, a IoT pode ser usada para melhorar nossas vidas e das empresas, em vários aspectos.

O diretor do núcleo Softex Campinas e um dos coordenadores da rede, Edvar Pera Junior, explica como a rede funcionará. "A rede unirá áreas diversas como engenharia, marketing, química, biologia, dentre outras, gerando resultados inovadores. O espaço em Campinas, primeiro da rede, terá toda infraestrutura para o desenvolvimento de projetos, através de um modelo que reduz riscos de investimento e promove a aceleração do ciclo de inovação", explica.

A participação de empresas no TeN se dará por três formas: Coordenadoras - investidoras e responsáveis por propor e gerenciar os desafios; Conectadas - empresas, centros de P&D, startups ou universidades com interesse em participar dos desafios e que podem utilizar o espaço aberto para isso; Clientes - aquelas que têm um desafio que pode ser trabalhado na rede do TeN.

Haverá ainda a participação de empresas parceiras, fornecedoras de tecnologias, ferramentas e treinamento que viabilizam experimentos, ou disseminam conhecimento em IoT. "Toda a estrutura física, insumos, tecnologias e ferramentas também serão disponibilizados para startups, pequenas empresas e pessoas físicas como pesquisadores, alunos e experts para realizar atividades de aprendizado e aplicação dos conhecimentos na busca de soluções. O modelo do TeN deve potencializar a startups e negócios baseados no uso de IoT", explica Junior.