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Camargo ainda negocia saída da usina de Jirau

Valor Econômico

05/01/2010 11h15 | Atualizada em 06/01/2010 16h06


 

O prazo contratual para que a Camargo Corrêa Investimentos deixasse a sociedade dona da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, acabou no início de dezembro, mas a empresa conseguiu negociar um aditivo contratual e vai poder se desfazer dos quase 10% que detém na usina apenas no início de 2010.  Segundo informações informações que o “Valor” apurou, o grupo Suez manteve, até o momento, uma postura tranquila em relação à saída da Camargo.  Até porque existe uma negociação para que a empresa brasileira também deixe, como investidora, outros projetos hidrelétricos que tem em parceria com a Suez ou a sua controlada, a Tractebel.

A saída da Camargo de Jirau foi acertada ainda na fase de formação do consórcio que disputou

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O prazo contratual para que a Camargo Corrêa Investimentos deixasse a sociedade dona da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, acabou no início de dezembro, mas a empresa conseguiu negociar um aditivo contratual e vai poder se desfazer dos quase 10% que detém na usina apenas no início de 2010.  Segundo informações informações que o “Valor” apurou, o grupo Suez manteve, até o momento, uma postura tranquila em relação à saída da Camargo.  Até porque existe uma negociação para que a empresa brasileira também deixe, como investidora, outros projetos hidrelétricos que tem em parceria com a Suez ou a sua controlada, a Tractebel.

A saída da Camargo de Jirau foi acertada ainda na fase de formação do consórcio que disputou o leilão, em 2008, e que além da Suez e Camargo é formado pela Chesf e pela Eletrosul.  De acordo com o contrato, a Camargo deveria vender sua participação seis meses após a concessão da licença de instalação pelo Ibama.  A licença foi concedida em junho, quando começou a correr o prazo.  O contrato previa ainda que o direito de preferência para adquirir as cotas da Camargo era da CPFL, empresa que é controlada pelo grupo.

Como a CPFL não quis exercer esse direito de preferência, o negócio passou a ser discutido com os fundos de pensão dos funcionários da Petrobras e da Caixa Econômica Federal (CEF).  Para a Suez, a aquisição da participação da Camargo não alteraria seu status, já que hoje o grupo franco-belga possui mais de 50% do capital da concessionária Energia Sustentável do Brasil, que tem a concessão de Jirau.

De qualquer forma, um analista lembra que a negociação poderia fazer parte de um pacote onde a Camargo Corrêa deixaria a sociedade em outras usinas, como as hidrelétricas de Machadinho e de Estreito.  Esta última passou para o controle da Tractebel na semana passada por R$ 604 milhões pagos à Suez.  Um dos principais motivos para que o contrato do consórcio feito para disputar Jirau incluir cláusula de retirada da Camargo é porque a empresa de construção do grupo é hoje a empreiteira contratada para erguer a usina, o que poderia gerar conflitos de interesses.

O empreendimento de Jirau, que fica em Porto Velho (RO) vai requerer investimentos da ordem de R$ 9 bilhões e o valor financiado pelo BNDES foi de R$ 7,2 bilhões.

 

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