Mercado
DCI
10/02/2010 11h43 | Atualizada em 10/02/2010 13h46
SÃO PAULO SUMARÉ - A sueca Volvo Trucks viu o Brasil se tornar seu principal mercado de caminhões no mundo em 2009, ultrapassando países como Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Suécia, mesmo com uma retração de 13% observada nas vendas locais, por conta da turbulência financeira. Por aqui, foram vendidos mais 8,73 mil veículos no ano passado, contra os aproximados 6,6 mil comercializados em território norte-americano, país que acabou por perder a liderança da marca.
Otimista com os negócios brasileiros, a companhia anunciou investimentos de R$ 460 milhões, em andamento até 2011 para renovação e ampliação da capacidade de produção. "A partir d
...SÃO PAULO SUMARÉ - A sueca Volvo Trucks viu o Brasil se tornar seu principal mercado de caminhões no mundo em 2009, ultrapassando países como Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Suécia, mesmo com uma retração de 13% observada nas vendas locais, por conta da turbulência financeira. Por aqui, foram vendidos mais 8,73 mil veículos no ano passado, contra os aproximados 6,6 mil comercializados em território norte-americano, país que acabou por perder a liderança da marca.
Otimista com os negócios brasileiros, a companhia anunciou investimentos de R$ 460 milhões, em andamento até 2011 para renovação e ampliação da capacidade de produção. "A partir de fevereiro iniciaremos o segundo turno para a produção de caminhões", revelou Sérgio Gomes, gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil.
Para instituir o novo período de trabalho, a montadora acaba de contratar 250 funcionários, com a perspectiva de ficarem na empresa por seis meses, ou até mais conforme comportamento do mercado. Tommy Svensson, presidente da companhia no Brasil, informou que a admissão de pessoal deve equilibrar a atividade da empresa no País, que no auge da crise, teve que desligar 430 colaboradores, incluindo a área de caminhões e a fábrica de equipamentos de construção. "Estas contratações praticamente zeram as demissões feitas no setor de caminhões", afirmou o executivo.
Tanto os aportes, quanto as novas admissões permitirão a Volvo a elevar a produção de caminhões em 2010, com um salto de 9,7 mil unidades para algo em torno de 15 mil este ano, o que dá uma conta média de 70 veículos por dia, quantidade um pouco acima das cerca de 14,6 mil fabricadas em 2008, quando a montadora teve seu maior desempenho no Brasil - o ano passado foi o segundo melhor ano da história.
Como as exportações de caminhões da Volvo sofreram uma forte queda, de aproximadas 4 mil unidades em 2008, para as cerca de 1,154 mil do ano passado, a empresa aposta na força do mercado interno brasileiro como principal impulso para os negócios. "Teremos por aqui o impacto positivo do incremento nos investimentos da indústria, a safra recorde de 140 milhões de toneladas de grãos, o aumento na produção de aço e o crescimento do índice de confiança do consumidor", apontou como pontos positivos, o gerente de Planejamento Estratégico da Volvo.
Além disso, a empresa crê na recuperação econômica de alguns mercados para exportação, como o Chile e o Peru. Considerando todos os mercados sul-americanos foram vendidos 10 mil caminhões - o Brasil representou uma fatia de 85% do bolo. A Volvo encerrou o último ano comum faturamento de R$ 3,2 bilhões.
Já na área de ônibus, a Volvo Buses Latin America, também está otimista, ao revelar que sua participação externa aumentou de 19% para 25%, ao fornecer chassis para os chamados Bus Rapid Transit (BRTs), em países como a Colômbia e o Chile. No Brasil, projetos como estes devem aparecer até a Copa de 2014, o que deve animar o setor. Em 2009 foram vendidos 277 chassis por aqui e outras 430 para fora.
Concorrência
As perspectivas positivas do mercado brasileiro de caminhões, que além da safra recorde prevista, será impulsionada pela demanda da área de infraestrutura, anima as empresas do setor. Para se ter uma ideia, o ranking nacional de vendas é liderado pela MAN Latin America (Volks), com Mercedes-Benz na vice-liderança, seguida por Ford e Volvo, de acordo com dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), relativo a 2009.
A perspectiva de um 2010 aquecido, o qual alguns especialistas dizem que pode haver até filas para a aquisição destes carros, pode ainda atrair os olhares de novas empresa ao setor brasileiro. Nesta semana, a montadora NC2 Global, resultado de uma joint venture entre a Navistar International e a Caterpillar, anunciou que em março revelará ao mercado detalhes sobres seus planos para instalar uma linha de produção de caminhões no Brasil.
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