Exame
19/08/2021 11h00 | Atualizada em 19/08/2021 11h30
O BNDES lançou um hub digital no qual os interessados podem obter informações detalhadas sobre os projetos de concessão e privatização em andamento no país.
Na plataforma lançada pelo banco, os interessados conseguirão não apenas informações sobre as concessões e dados setoriais, como também preencher um cadastro mais detalhado para se colocar à disposição de outros interessados, formando inclusive associações, parcerias e consórcios.
“A função inicial do hub era mostrar aos investidores toda a carteira do banco, com cerca de 120 projetos”, explica Fabio
...O BNDES lançou um hub digital no qual os interessados podem obter informações detalhadas sobre os projetos de concessão e privatização em andamento no país.
Na plataforma lançada pelo banco, os interessados conseguirão não apenas informações sobre as concessões e dados setoriais, como também preencher um cadastro mais detalhado para se colocar à disposição de outros interessados, formando inclusive associações, parcerias e consórcios.
“A função inicial do hub era mostrar aos investidores toda a carteira do banco, com cerca de 120 projetos”, explica Fabio Abrahão, diretor de concessões e privatizações do BNDES. Juntos, esses projetos representam um capex da ordem de R$ 260 bilhões, destaca o servidor.
“Quando acrescentamos os projetos em saneamento na Paraíba e Sergipe, esse total sobe para R$ 270 bilhões”, posiciona. “E considerando as outorgas potenciais, pode facilmente superar R$ 300 bilhões.”
Diante do volume de projetos no Brasil, não demorou para que o banco percebesse o que isso significa na prática. “Em rodovias, temos entre 17 e 18 mil km em concessões. Significa quase dobrar o mercado privado”, reforça Abrahão. O mesmo raciocínio vale para o segmento de portos, onde já existem operações privadas.
Contudo, segundo Abrahão, nenhuma delas atua como autoridade portuária – onde estarão as próximas concorrências. Em saneamento básico, com o novo marco regulatório, a realidade não é muito diferente.
Hoje, 10 milhões de pessoas são atendidas pela iniciativa privada no país e somente os projetos prontos aos cuidados do banco podem atender 35 milhões de pessoas. Em outros setores, será necessário atrair novos interessados.
E, muitas vezes, criar um mercado 'do zero', como é o caso dos ativos ambientais. O banco tem 40 unidades de conservação para serem oferecidas à iniciativa privada, sendo que esse total pode chegar a 50 em breve.
O primeiro leilão, do parque de Foz do Iguaçu, será realizado no final do ano. Segundo Abrahão, o Brasil não tem um mercado especializado nesse tipo de ativo.
Logo, chamar atenção do público externo, facilitando acesso a investidores, é o melhor atalho para o sucesso dos leilões. “Temos de ativar esse mercado”, ressalta.
Para ele, o hub do BNDES pode encurtar o caminho de quem procura o capital e do capital que procura um sócio estratégico. “Sempre somos procurados para fazer essas apresentações, mas ficamos limitados como agentes públicos. Nessa plataforma, os encontros ficam livres para ocorrer conforme o interesse de cada um”, encerra Abrahão.
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