Mercado
O Estado de São Paulo
08/12/2016 00h00 | Atualizada em 08/12/2016 11h48
A agência de classificação de risco Fitch avalia que a devolução de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos cofres do Tesouro Nacional reduzirá a capacidade de empréstimo do banco e contribuirá para o declínio da fatia de mercado do BNDES no longo prazo.A Fitch diz que, excluindo-se o capital híbrido, os Fundos do Tesouro totalizaram 61% do financiamento do BNDES, enquanto o Fundo de Assistência aos Trabalhadores (FAT) representava mais 28% do total no fim de junho. O Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval na semana passada para o plano de devolução do empréstimo feito pelo Tesouro, e a agência lembra que declarações do comando do BNDES indicam que essa devolução deve ser acelerada para ocor
...A agência de classificação de risco Fitch avalia que a devolução de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos cofres do Tesouro Nacional reduzirá a capacidade de empréstimo do banco e contribuirá para o declínio da fatia de mercado do BNDES no longo prazo.A Fitch diz que, excluindo-se o capital híbrido, os Fundos do Tesouro totalizaram 61% do financiamento do BNDES, enquanto o Fundo de Assistência aos Trabalhadores (FAT) representava mais 28% do total no fim de junho. O Tribunal de Contas da União (TCU) deu aval na semana passada para o plano de devolução do empréstimo feito pelo Tesouro, e a agência lembra que declarações do comando do BNDES indicam que essa devolução deve ser acelerada para ocorrer antes do fim de 2016. O plano inicial previa pagamentos ao longo de vários anos.
A agência diz que o pagamento é de magnitude suficiente para afetar a estratégia de negócios do BNDES, “em linha com a expectativa da Fitch de que a fatia de mercado decline no mais longo prazo”. A Fitch diz que isso deve ocorrer porque não espera que o Tesouro conceda novos financiamentos ao banco com taxas preferenciais.
Setores prioritários. Com isso, o BNDES deve enfatizar mais “certos setores prioritários”, diz a agência, que podem incluir infraestrutura, energia renovável, administração pública, projetos ambientais, investimentos sociais corporativos e micro, pequenas e médias empresas. Isso também deve significar um papel maior para o setor privado no financiamento corporativo e de projetos no longo prazo, o que também pode provocar uma elevação nas taxas de empréstimo no longo prazo. “Isso pode ser um desafio para o governo, a menos que fontes alternativas de financiamento sejam encontradas, já que a demanda das companhias por empréstimos deve ser afetada com o declínio dos empréstimos subsidiados, exacerbando os gargalos da infraestrutura no País.”
Em termos de financiamento, a Fitch avalia que o BNDES confiará mais na emissão direta de bônus, como resultado. A Fitch diz, porém, que não devem ocorrer mudanças na propensão do governo de apoio ao banco de desenvolvimento.
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade