O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse na segunda-feira, após encerrar seminário da instituição sobre perspectiva para a indústria e a infraestrutura, que as consultas dos agentes econômicos aos sistemas de financiamento do BNDES estão mostrando crescimento forte, tanto nas linhas em geral quanto na Finame, especializada em financiar máquinas e equipamentos.

“Na Finame, o primeiro semestre rodou entre R$ 3 bilhões a R$ 3, bilhões em desembolsos por mês. Agora, de outubro para novembro estamos operando a R$ 6 bilhões”. Segundo ele, o crescimento deve-se tanto ao estímulo dado no final de agosto, com a redução dos juros a 2,5% ao ano para máquinas e equipamentos, ônibus e caminhões, como à percepção dos agentes de que a economia brasileira crescerá em torno de 4% em 2013.

Segundo Coutinho, em 2013 os investimentos precisam crescer 8%. “É um número pelo qual temos que trabalhar”. O presidente do BNDES disse que o investimento foi fortemente prejudicado no primeiro semestre deste ano devido à redução das vendas de caminhões, provocada pela mudança de motorização dos veículos para o uso de combustível mais limpo. Esse problema estaria sendo sanado agora na parte final do ano, mas mesmo assim ele preferiu não arriscar um número para o desempenho dos investimentos ante 2011; nem mesmo quis dizer se será positivo ou negativo.

Coutinho também não quis comentar notícia veiculada na imprensa hoje de que o BNDES estaria negociando com o governo uma capitalização por meio do Fundo Soberano Brasileiro (FSB). Segundo ele, o uso do FSB seria uma das várias alternativas que o banco tem para se capitalizar, mas que essa discussão não é prioritário no momento. O BNDES está bem capitalizado, afirmou.