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BID quer emitir títulos para financiar obras no Brasil

Projeto já contaria com o apoio do governo brasileiro, segundo presidente da entidade. BNDES quer apressar incentivo a debêntures de infraestrutura

Folha de São Paulo

28/05/2015 07h50


O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, disse ontem que o organismo estuda emitir títulos no mercado brasileiro para financiar projetos de infraestrutura no País.

O projeto foi discutido em reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda.

Os títulos seriam emitidos em reais e com taxas superiores às pagas pelo Tesouro Nacional. De acordo com o vice-presidente de Países, Alexandre Meira da Rosa, o governo brasileiro já deu autorização para a captação de recursos de organismos internacionais via emissões. O BID já emite títulos em outros mercados, como Europa, Ásia, EUA e Colômbia.

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O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, disse ontem que o organismo estuda emitir títulos no mercado brasileiro para financiar projetos de infraestrutura no País.

O projeto foi discutido em reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda.

Os títulos seriam emitidos em reais e com taxas superiores às pagas pelo Tesouro Nacional. De acordo com o vice-presidente de Países, Alexandre Meira da Rosa, o governo brasileiro já deu autorização para a captação de recursos de organismos internacionais via emissões. O BID já emite títulos em outros mercados, como Europa, Ásia, EUA e Colômbia.

"O Brasil tem riscos [para o investidor], como o de câmbio, da construção, de regulação, razões pelas quais os projetos não são financiáveis rapidamente. Nós estamos vendo os grandes projetos de infraestrutura para trazer conosco parceiros para investir no País", disse Moreno.

Ele acredita que o Brasil tomará "todas as medidas necessárias" para o ajuste fiscal, e lembrou que toda a América Latina passa por um ciclo lento de crescimento.

BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que os benefícios do ajuste fiscal virão quando o declínio da inflação ficar claro. "Primeiro, precisamos completar o ajuste para depois consolidar as condições e capturar o bônus do ajuste", afirmou durante palestra no Seminário sobre o Financiamento Internacional. Coutinho ressaltou a solidez e as qualidades estruturais da economia brasileira na abertura de sua fala. "A economia brasileira é sólida e com muitas qualidades estruturais relevantes, com fronteira significativa de crescimento."

Coutinho afirmou que o potencial do mercado de capitais é visível, mas depende de avanços. "Temos o desafio de desenvolver o financiamento privado de longo prazo, precisamos que o funding seja facilitado", disse. Ainda sobre os investimentos, mas desta vez os de curto prazo, Luciano Coutinho ressaltou as altas taxas de juros de curto prazo. "A convergência da taxa de juros é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro." Coutinho disse ainda que é preciso voltar a investir em indústria e serviços.

O presidente do BNDES afirmou ainda que a perspectiva de investimento em infraestrutura até 2018 é de R$ 611 bilhões e que já inclui o pacote de concessões a ser anunciado pelo governo no próximo mês. De acordo com ele, investimentos nesse setor permitem ganho para todo o sistema.

Coutinho disse também que o banco tem discutido incentivos adicionais à emissão de debêntures de infraestrutura. A adoção do novo instrumento já havia sido anunciada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

De acordo com Coutinho, o modelo está pronto e prevê que o BNDES dê incentivo quando há emissão de debêntures em projetos de infraestrutura. "A gente dá condição favorecida quando o projeto emite debêntures. Quando não emite, vai tomar em condições padrão. É um incentivo de 150 a 200 pontos básicos no custo final de financiamento."

Segundo Coutinho, está em estudo uma ferramenta para assegurar liquidez das debêntures. "Durante o período de construção, [queremos] assegurar que o debenturista tenha maior proteção de forma que se, por exemplo, acontecer uma indesejável interrupção de um projeto por alguma razão, que nós possamos ter uma cobertura de liquidez durante aquele período e ter um tipo de suporte de liquidez para que o projeto se complete".

 

 

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