Mercado
O Estado de S.Paulo
06/03/2013 11h30
O Brasil deve aprovar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura na Argentina para consórcios liderados por empresas brasileiras, segundo confirmou ontem o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em Buenos Aires, em entrevista a jornalistas brasileiros.
Em troca, o governo brasileiro quer a garantia de maior fluidez do comércio bilateral. No ano passado, as exportações argentinas para o Brasil recuaram somente 2,7%, enquanto as vendas brasileiras para o mercado do sócio despencaram 20,7%.
No primeiro bimestre de 2012, o resultado para o Brasil manteve a tendência de queda, com déficit para o Brasil de US$ 139 milhões. A Ar
...O Brasil deve aprovar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura na Argentina para consórcios liderados por empresas brasileiras, segundo confirmou ontem o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em Buenos Aires, em entrevista a jornalistas brasileiros.
Em troca, o governo brasileiro quer a garantia de maior fluidez do comércio bilateral. No ano passado, as exportações argentinas para o Brasil recuaram somente 2,7%, enquanto as vendas brasileiras para o mercado do sócio despencaram 20,7%.
No primeiro bimestre de 2012, o resultado para o Brasil manteve a tendência de queda, com déficit para o Brasil de US$ 139 milhões. A Argentina importou do Brasil US$ 1,29 bilhão, enquanto vendeu ao mercado brasileiro US$ 1,429 bilhão. O ministro afirmou que a avaliação bimestral não é importante, mas sim o aumento do volume de comércio durante o ano de 2013.
"Não queremos reverter o resultado da balança, o que queremos é reforçar o volume comercial porque não podemos ter importações aumentando e a exportação caindo. As duas têm de subir ao mesmo tempo", afirmou Pimentel. Segundo ele, "a balança pode até ficar equilibrada desde que o volume seja bom, seja razoável".
No ano passado, o superávit brasileiro no comércio bilateral levou um tombo de 72%, passando de US$ 5,8 bilhões para US$ 1,56 bilhão. O fluxo comercial entre os dois países em 2012 foi de US$ 34,44 bilhões, bem abaixo dos US$ 39, 6 bilhões de 2011.
O ministro não entrou em detalhes sobre o volume de empréstimo que o governo brasileiro pretende aprovar para a Argentina. "Vão ter anúncios de investimentos, mas as presidentes que vão anunciar", disse Pimentel sobre a visita que a presidente Dilma Rousseff vai fazer a Cristina Kirchner nos dias 7 e 8, na cidade patagônica de El Calafate.
Segundo fontes argentinas, uma das obras envolve a construção de um túnel para a linha ferroviária Sarmiento, que seria feita por um consórcio de empresas liderado pela Odebrecht.
Pimentel revelou que a estatal Aerolíneas Argentinas vai operar um voo direto de Buenos Aires a Brasília, o que vai permitir aumentar a frequência de voos da Gol e da TAM à Argentina. "Houve um avanço nesse sentido, e acreditamos que podemos ampliar as frequências de voos de ambos os lados", disse o ministro, que manteve reuniões com os ministros argentinos de Planejamento, Julio De Vido, de Indústria, Débora Giorgi, de Economia, Hernán Lorenzino, e o secretário de Política Econômica, Axel Kicilloff.
Pimentel disse que foram discutidas a agenda da visita de Rousseff e "as questões comerciais normais". Ele disse que da parte do governo brasileiro foi colocada "a necessidade de equilibrar mais a balança comercial porque caiu muito o saldo". E acrescentou que a Argentina pediu a inclusão de suas autopeças no regime de promoção do setor automotivo.
27 de agosto 2020
02 de julho 2020
Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP
Telefone (11) 3662-4159
© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade