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Brasil Econômico
14/09/2012 09h02 | Atualizada em 14/09/2012 14h47
As mudanças pretendidas pelo governo federal em relação às concessões do setor de energia elétrica contagiaram o sentimento em relação a outros segmentos que dependem de licenças públicas, como o de concessões rodoviárias.
No entanto, a percepção de analistas em relação aos fundamentos das empresas não mudou. Dessa forma, Renato Mimica, do BTG Pactual, recomenda aos investidores que aproveitem a forte queda e comprem as ações da CCR.
Na última sessão, enquanto as elétricas caíam mais de 20%, a CCR Rodovias (CCRO3) recuou 8,75%, a OHL Brasil (OHLB3) caiu 5,96%, e a Ecorodovias (ECOR3) depreciou 3,71%. Nesta quinta-feira (13/9), os papéis esboçaram leve recupera
...As mudanças pretendidas pelo governo federal em relação às concessões do setor de energia elétrica contagiaram o sentimento em relação a outros segmentos que dependem de licenças públicas, como o de concessões rodoviárias.
No entanto, a percepção de analistas em relação aos fundamentos das empresas não mudou. Dessa forma, Renato Mimica, do BTG Pactual, recomenda aos investidores que aproveitem a forte queda e comprem as ações da CCR.
Na última sessão, enquanto as elétricas caíam mais de 20%, a CCR Rodovias (CCRO3) recuou 8,75%, a OHL Brasil (OHLB3) caiu 5,96%, e a Ecorodovias (ECOR3) depreciou 3,71%. Nesta quinta-feira (13/9), os papéis esboçaram leve recuperação, subindo 0,30%, 0,05% e 0,30%, respectivamente. A alta foi bem inferior à do principal índice da Bolsa, o Ibovespa, que avançou 3,40%.
Como no setor não há renovação de contratos, Mimica acredita que a interpretação tenha sido sobre a "chance reduzida de negociações de emendas aos contratos (dada a postura firme do regulador)".
Em relatório, ele explica que adendos estabelecendo a extensão dos contratos com termos econômicos mais equilibrados seriam uma importante fonte de otimismo para empresas como a CCR.
"Mas nós, e a maioria do mercado, não estamos prevendo extensões de contratos em nosso cenário base para as concessionárias rodoviárias - então não acreditamos que este evento adicione risco de queda para as análises", avalia Mimica.
Complementando essa percepção positiva, Victor Mizusaki, analista do UBS, lembra que o setor de concessões rodoviárias possui uma estrutura regulatória sólida, com uma relação conciliadora entre as instâncias públicas e as empresas.
Segundo Mizusaki, "no passado, o Tribunal de Contas da União pediu à Agência Nacional de Transportes Terrestres que reduzisse as tarifas de pedágio e os retornos das concessões existentes. Os advogados da ANTT afirmaram que essa decisão unilateral seria considerada quebra de contrato. Isso nos dá alívio que a ANTT irá respeitar os acordos de concessão".
O analista do UBS ainda afirmou que novas concessões rodoviárias são uma oportunidade interessante de crescimento para empresas bem capitalizadas. Para Mizusaki, as novas licenças podem favorecer o governo, mas a expectativa é de que os contratos sejam respeitados dado o plano de leiloar nove concessões nos próximos 12 meses, totalizando R$ 42 bilhões de capex (investimento).
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