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Agência Alagoas
03/12/2009 10h16
O Estado de Alagoas está inserido no mapa mundial de investimentos da indústria naval, conforme destaque do jornal Folha de São Paulo, no caderno Dinheiro, na edição do domingo (29). Com o título Indústria Naval renasce e já é a 6ª do mundo, o diário paulista confirma Alagoas como sede de um dos cinco estaleiros que serão construídos e se somarão aos 25 já existentes no país, em investimento total do setor na ordem de R$ 55 bilhões, de acordo com cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o principal financiador da indústria naval.
O Estaleiro Eisa Alagoas, que será instalado em Coruripe, litoral Sul do Estado, tem construção prevista para começar nos primeiros meses de 2010 e perspectiva de geração
...O Estado de Alagoas está inserido no mapa mundial de investimentos da indústria naval, conforme destaque do jornal Folha de São Paulo, no caderno Dinheiro, na edição do domingo (29). Com o título Indústria Naval renasce e já é a 6ª do mundo, o diário paulista confirma Alagoas como sede de um dos cinco estaleiros que serão construídos e se somarão aos 25 já existentes no país, em investimento total do setor na ordem de R$ 55 bilhões, de acordo com cálculos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o principal financiador da indústria naval.
O Estaleiro Eisa Alagoas, que será instalado em Coruripe, litoral Sul do Estado, tem construção prevista para começar nos primeiros meses de 2010 e perspectiva de geração de 4.500 empregos diretos, somente nas primeiras fases do empreendimento. A implantação do estaleiro já é considerada como o maior empreendimento econômico na história do Estado de Alagoas. O Grupo Synergy, que está investindo R$ 1,5 bilhão na construção da nova indústria, também controla o estaleiro Mauá e o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa), ambos no Rio de Janeiro.
De acordo com a Folha, em reportagem assinada por Pedro Soares, da sucursal do Rio, as encomendas crescentes da Petrobras desde 2001 e a chegada promissora do pré-sal vão impulsionar ainda mais o setor. Hoje são 195 embarcações já contratadas pela Petrobras. E mais: a estatal petrolífera venezuelana PDSVA encomendou dez petroleiros ao estaleiro Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) e possivelmente parte do pedido deverá ser feito pela nova unidade da empresa em Alagoas.
Os cinco novos estaleiros, incluindo Alagoas, serão implantados nos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo e Rio de Janeiro, polo histórico da indústria naval e onde estão concentrados os maiores estaleiros do país. No Nordeste, o único estaleiro em operação é o Atlântico Sul, no Porto de Suape, em Pernambuco, o mais moderno do país, que já conta com área de ampliação.
Para se ter uma ideia do salto da indústria naval brasileira, em 2000 eram 1.910 empregos gerados. Em 2009, esse número bateu na casa dos 45.470 operários, entre soldadores, mecânicos e outros trabalhadores. Com todas essas cifras e números, o Brasil fica atrás da China, Coreia, Japão, União Europeia e Índia, mas à frente dos Estados Unidos.
A longa espera - Após dez meses de negociação com o governo de Alagoas, o empresário German Efromovich, presidente do Grupo Synergy, confirmou, no começo de outubro, em entrevista coletiva à imprensa, a chegada do estaleiro Eisa Alagoas numa área de 2 milhões m², e garantiu o lançamento da pedra fundamental no início de 2010.
A localização privilegiada do Estado de Alagoas quanto à posição geográfica, que atenderá o Oeste da África, pesou na decisão. Porém, German Efromovich também destacou outros motivos. “Alagoas mostrou confiança e segurança, foi um trabalho de união de todos os órgãos, onde não teríamos em outro lugar”, destacou na ocasião. O empresário anunciou que 18 meses após o lançamento da pedra fundamental, que ocorrerá no início de 2010, o Eisa Alagoas estará apresentando o primeiro navio construído em solo alagoano.
Nos três primeiros anos de operação, serão criados 4.500 empregos diretos, mas o empresário frisou que para cada emprego direto são gerados mais cinco indiretos. Isso se confirma pelo planejamento apresentado pelo Grupo Synergy de serviços necessários, como a produção de 10 mil refeições ao dia, mil conjuntos de uniformes ao mês, 500 pares de botas ao mês, 1.500 pares de luvas ao mês, além do processamento de 13 mil toneladas de aço ao mês, produto essencial para a construção de navios e plataformas.
Para o secretário do Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística de Alagoas, Luiz Otavio Gomes, o empreendimento está consolidado, pois todos os estudos necessários mostraram o município de Coruripe como o local ideal, por conta de águas profundas e calmas, próprias para a atividade naval, além dos benefícios concedidos pelo Estado de Alagoas. Luiz Otavio Gomes destaca que o estaleiro está sendo implantado em Alagoas, pois, de forma semelhante às outras indústrias, recebe os incentivos fiscal, creditício e locaciona, assegurados em lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Alagoas.
O terreno já foi avaliado pelo Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal), base para o início do processo de desapropriação das áreas. Além disso, lembra o secretário, por determinação do governador Teotonio Vilela Filho, todos os procedimentos serão seguidos com atenção, especialmente as soluções que serão apresentadas quanto ao impacto ambiental. “Os estudos ambientais devem ficar prontos até o dia 15 de dezembro, e, ocorrendo todos os trâmites legais, esperamos o início da construção do estaleiro entre março a junho de 2010”, afirma o secretário.
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