A Agência Internacional de Energia (AIE), juntamente com o Ministério de Minas e Energia do Brasil, apresentou nesta segunda-feira (29) um relatório com instruções para expandir a produção hidrelétrica no mundo. De acordo com a publicação, o investimento poderia reduzir em até três bilhões de toneladas as emissões de CO2, nos próximos quarenta anos.

O relatório aponta a medida como uma alternativa sustentável para substituir a utilização de carvão e outros combustíveis fósseis. O principal alvo são as economias emergentes, que segundo o texto, têm potencial para gerar eletricidade a partir de usinas de grande porte.

O documento oferece alguns direcionamentos e apresenta os diferenciais usados com o intuito de tornar o sistema hidrelétrico mais atraente. Ainda assim, a AIE lembra que é necessário atentar às condições necessárias, principalmente no que diz respeito à resolução de questões ambientais, e também conseguir o apoio das comunidades.

Atualmente a energia elétrica figura como a principal fonte renovável do mundo, superando a somatória de todas as outras opções limpas juntas, com 16,3% da produção. No entanto, ela ainda está muito aquém de fontes fósseis, que somam 67% da energia mundial.

Entre as vantagens apresentadas no relatório está a grande capacidade de armazenamento, confiabilidade e custos para operação e manutenção muito baixos. Assim a Agência pede que as autoridades mundiais coloquem a energia elétrica entre suas prioridades, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa rapidamente.