Mercado
Valor Econômico
13/12/2013 12h28
Mas o volume de investimentos em novos projetos ainda está distante do ideal. Para a universalização da coleta e do destino dos materiais, seriam necessários ao menos R$ 6,7 bilhões no país, segundo estudo recente da entidade.
O valor é o equivalente a 27% do tamanho do mercado e corresponde por 8% dos US$ 40 bilhões apontados pela associação global do setor, a International Solid Waste Association (ISWA), como necessários para todo o mundo.
Segundo Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, o volume estimado de recursos movimentados no país considera as receitas das companhias com serviços, investimentos em novas unidades, em equipamentos e quaisquer outras transações financeiras do setor. No ano passado, foram R$
...Mas o volume de investimentos em novos projetos ainda está distante do ideal. Para a universalização da coleta e do destino dos materiais, seriam necessários ao menos R$ 6,7 bilhões no país, segundo estudo recente da entidade.
O valor é o equivalente a 27% do tamanho do mercado e corresponde por 8% dos US$ 40 bilhões apontados pela associação global do setor, a International Solid Waste Association (ISWA), como necessários para todo o mundo.
Segundo Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, o volume estimado de recursos movimentados no país considera as receitas das companhias com serviços, investimentos em novas unidades, em equipamentos e quaisquer outras transações financeiras do setor. No ano passado, foram R$ 23 bilhões, sendo que deste total aproximadamente 73% foram referentes a negócios realizados pela iniciativa privada.
Hoje, as empresas que atuam no país podem atender o atual tamanho do mercado, diz Silva Filho, e ajudar a universalizar a coleta e a destinação dos recursos, mas o Brasil vai precisar de reforços.
Entre os investimentos recentes das companhias privadas do setor, a Foxx Haztec está construindo uma Unidade de Recuperação Energética (URE) em Barueri (SP), com R$ 200 milhões. Será a primeira unidade de tratamento térmico (incineração) de resíduos que não forem aproveitados na coleta seletiva e Reciclagem. Já Estre Ambiental investiu R$ 300 milhões em 2012 e R$ 200 milhões neste ano em novos projetos, sem considerar aquisições.
"Na atual demanda existente, as companhias têm total condições de atender. O ponto é que temos de considerar que o mercado vai ser bem maior do que é hoje", afirma o diretor da Abrelpe. Diversas ações previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que foi sancionada em 2010 e estabelece diretrizes para a gestão dos resíduos no país, ainda não foram colocadas em prática e exigirão aportes mais robustos, acrescenta.
Dos R$ 6,7 bilhões necessários para que todo o país tenha coleta e destinação correta de resíduos, a Abrelpe calcula que R$ 2,2 bilhões seriam gastos apenas em mão de obra, R$ 1,7 bilhão em equipamentos e R$ 2,8 bilhões em infraestrutura. Entre os equipamentos necessários, Silva Filho cita caminhões de coleta, tratores e retroescavadeiras. "São investimentos que também estimulariam a indústria de máquinas", diz.
Nos cálculos da ISWA, um novo projeto que contribua para a universalização da coleta e da destinação de resíduos custa, em média, US$ 110 milhões. Sistemas de transformação de resíduos em geração de energia ("waste-to-energy") ficam em torno de US$ 133 milhões, por exemplo, enquanto projetos de processamento de resíduos em geral custam US$ 119 milhões, em média. Para Reciclagem, são necessários US$ 81 milhões e projetos de geração de energia a partir de Biomassa precisam de investimentos de US$ 108 milhões, em média.
Para facilitar a obtenção dos recursos no Brasil, a Abrelpe defende a criação de um fundo específico para resíduos sólidos no país. "Chegamos a um cálculo que os R$ 6,7 bilhões poderiam ser conseguidos em um ano com uma captação de R$ 0,09 por pessoa por ano. Já estamos conversando com o governo sobre isso", afirma Silva Filho.
Para municípios menores, o diretor da Abrelpe defende investimentos majoritariamente governamentais. Para os maiores, Silva Filho diz que as cidades poderiam fazer os diagnósticos das necessidades e, em seguida, buscar a iniciativa privada.
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