A Abertis e a Brookfield devem adquirir 51% e 49%, respectivamente, da Partícipes de Brasil, proprietária de 60% da OHL Brasil. A empresa brasileira é subsidiária da espanhola OHL e administra mais de 3,2 mil quilômetros de estradas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.

Como forma de pagamento, a Abertis vai transferir 10% de suas próprias ações à OHL, que passará a deter 15% de participação na companhia. A Abertis também assumirá 504 milhões em dívidas da OHL Brasil e pagará 10,7 milhões de euros pela fatia na Partícipes.

Os três acionistas mais significativos da Abertis - Caixa, CVC e OHL - se comprometeram a não comprar as ações da empresa até 31 de dezembro. A própria concessionária também não poderá adquirir as próprias ações neste período, segundo acordo com o fundo de investimento Brookfield.

Após a aquisição, que deve acontecer antes do fim de 2012, poderá ser feita uma oferta pública de aquisição (OPA, na sigla em inglês) sobre as ações restantes da OHL Brasil, disse a Abertis.

A Abertis, então, se tornará líder mundial em concessões rodoviárias, com mais de 7 mil quilômetros sob sua operação, após a integração de nove concessões no Brasil, equivalentes a 3,2 mil quilômetros de rodovias.

O fundo de investimentos Brookfield Infrastructure disse hoje que após concluir a aquisição da controladora da OHL Brasil, por meio da joint venture com a Abertis, poderá fazer uma oferta para adquirir a fatia remanescente da empresa brasileira de concessões rodoviárias.

“Se necessário, a joint venture fará uma oferta hostil para adquirir a fatia de 40% remanescente da OHL Brasil, que é negociada no mercado, resultado em um controle entre 60% e 100%, dependendo do resultado da oferta hostil”, disse o fundo de investimentos em nota.

Após a aquisição, o fundo pretende investir, inicialmente, cerca de US$ 250 milhões na OHL Brasil, informou em comunicado.

“A Brookfield Infrastructure espera que as concessões rodoviárias da OHL Brasil sejam beneficiadas pelo aumento de tráfego e aumento das taxas indexadas a inflação”, projeta o fundo.

“Com a combinação dos atuais ativos e concessões em fase de expansão, o portfólio da OHL Brasil deve gerar um fluxo de caixa estável com crescimento”, completou a Brookfield.