Mercado
DCI
05/10/2017 08h36 | Atualizada em 05/10/2017 12h29
Não é de hoje que a transformação tecnológica é palco de discussões na mídia e também dentro das companhias. Considerada um diferencial para alavancar os negócios, o aperfeiçoamento das técnicas nas organizações assusta os gestores, pois requer mudanças na estrutura de trabalho. No setor de engenharia não é diferente. O mercado da construção, por exemplo, se depara com desafios e dificuldades em todas as suas etapas e as tecnologias surgem como facilitadoras.
No entanto, ao se tratar de novas metodologias, gargalos como a capacitação dos profissionais e padronização na linguagem dos softwares entram na pauta das empresas de engenharia e arquitetura. A crise é outro elemento que potencializa ainda mais esse atraso na utilização de
...Não é de hoje que a transformação tecnológica é palco de discussões na mídia e também dentro das companhias. Considerada um diferencial para alavancar os negócios, o aperfeiçoamento das técnicas nas organizações assusta os gestores, pois requer mudanças na estrutura de trabalho. No setor de engenharia não é diferente. O mercado da construção, por exemplo, se depara com desafios e dificuldades em todas as suas etapas e as tecnologias surgem como facilitadoras.
No entanto, ao se tratar de novas metodologias, gargalos como a capacitação dos profissionais e padronização na linguagem dos softwares entram na pauta das empresas de engenharia e arquitetura. A crise é outro elemento que potencializa ainda mais esse atraso na utilização de tecnologias. Para se ter uma ideia, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu último relatório, o setor da construção encolheu 16,5% em 2015, na comparação com o ano anterior. Se a construção reduziu seu ritmo, imagine utilizar métodos que encarecem o valor total da obra.
Não podemos falar na evolução da indústria da construção civil sem citar o BIM (Building Information Modelling). A ferramenta permite o registro de todas as informações de uma edificação, que vale para todas as disciplinas do empreendimento. O acesso da informação deixa que os profissionais envolvidos usem dispositivos de simulação e análise, colaborando com as novas formas de gerir um empreendimento. Bato novamente na tecla da capacitação. Temos à nossa disposição um aparato poderoso e que melhora os modos de construir, mas sem treinamento dos profissionais e criação de uma linguagem comum entre os programas, nosso grande passo para o futuro ficará ainda mais distante.
Hoje, a utilização de métodos ultrapassadas evidencia orçamentos imprecisos às empresas, qualidade questionável, atrasos e outros contratempos que geram custos extras e podem colocar em risco a saúde financeira da indústria. O BIM é uma das soluções para esses problemas. A execução de projeto integrado, orçamentos precisos e melhor planejamento de recursos, pessoas e logística diminuirão bastante o valor de investimento e mais: alcançaremos a tão falada sustentabilidade nos processos da construção.
Felizmente já existem grupos e instituições relacionadas à área que estudam maneiras de compatibilizar os sistemas operacionais, descrição técnica e outras informações que consistem um projeto em BIM. E é por isso que o Brasil caminha, mesmo que a passos lentos, para uma grande jornada na utilização da ferramenta. Cabe a nós reestruturar o nosso quadro de funcionários e instruí-los para uso das novas tecnologias. Não se trata simplesmente de uma vantagem estratégica. Quem não se adaptar, não vai sobreviver. Isto vale para as empresas de software e também para as de projeto.
27 de agosto 2020
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