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Estadão
17/02/2010 13h43 | Atualizada em 17/02/2010 15h44
Os investimentos em infraestrutura, que deverão puxar uma boa parte do crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) e atrair cada vez mais a participação da iniciativa privada, são o principal motivo que levaram a direção da subsidiária brasileira da Siemens a apostar num crescimento acelerado dos negócios do grupo alemão no Brasil em 2010. “Se o PIB crescer 5%, nós cresceremos o triplo”, afirma Adilson Primo, presidente da Siemens no Brasil. Para ele, não há alternativa: é investir ou investir em áreas vitais como gás, petróleo, transportes, educação e logística. “No ano passado, o crescimento foi puxado pelo consumo, mas isso é insuficiente no longo prazo”, diz Primo. “Se quisermos que seja sustentável, é preciso investir nos setore
...Os investimentos em infraestrutura, que deverão puxar uma boa parte do crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) e atrair cada vez mais a participação da iniciativa privada, são o principal motivo que levaram a direção da subsidiária brasileira da Siemens a apostar num crescimento acelerado dos negócios do grupo alemão no Brasil em 2010. “Se o PIB crescer 5%, nós cresceremos o triplo”, afirma Adilson Primo, presidente da Siemens no Brasil. Para ele, não há alternativa: é investir ou investir em áreas vitais como gás, petróleo, transportes, educação e logística. “No ano passado, o crescimento foi puxado pelo consumo, mas isso é insuficiente no longo prazo”, diz Primo. “Se quisermos que seja sustentável, é preciso investir nos setores ligados à produção.”
Segundo ele, o aumento da presença do setor privado é uma decorrência da melhora do ambiente de negócios e de um certo esgotamento da capacidade de financiamento das fontes oficiais, como o BNDES. “No Brasil, o financiamento governamental representa 60% dos investimentos e o particular, 40%”, diz Primo. “Lá fora, é o inverso na maioria dos países.” Ele não esconde sua expectativa em relação às obras geradas pela Copa do Mundo de Futebol de 2014 e das Olimpíadas, que não se resumirão a construção de estádios e ginásios esportivos – a maior parte dos investimentos vão para a infraestrutura urbana. “Os 30 dias de cada evento valerão por 30 anos para o País”, diz Primo. “A antecipação de muitas obras relevantes provocadas por eles, será um dos seus principais legados.”
Com uma receita de R$ 4,5 bilhões em 2009, 10 mil funcionários e 12 fábricas espalhadas pelo País, a Siemens deverá investir, em 2010, cerca de R$ 150 milhões, valor médio mantido nos últimos quatro anos. Estão no radar de Primo uma nova fábrica de equipamentos para saneamento básico e outra de máquinas para a produção de energia eólica, área em que a Siemens é uma das líderes mundiais.
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