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Revista GC - Ed.31 - Outubro 2012
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Concreto Hoje

Tecnologias asseguram eficiência do concreto Em obras de hidrelétricas

Dimensionamento correto dos equipamentos de produção, bombeamento e transporte fazem a diferença na produção de massa em grande volume para concepção de barragens

Em obras de hidrelétricas, as barragens podem ser de vários tipos, como em arco, em contraforte e de gravidade. Elas ainda podem ter diversas configurações, sendo a tomada d'água, casa de força e vertedouro as mais usuais. Seja qual for a solução, o fato é que essas estruturas são constituídas de concreto. E concreto de alto controle tecnológico.

O alto volume de massa empregado em projetos de envergadura, como as obras das hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, demonstram a importância do controle produtivo do concreto. Como exemplo, as barragens da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em fase de término, consumiram cerca de 2,7 milhões de m³ do material. O concreto, nessa obra, é produzido por centrais SCHWING-Stetter. Lá, foram quatro equipamentos no total, com capacidades de 120 m³ e 200 m³. Essas centrais ficam posicionadas nas duas margens do Rio Madeira.

Para obras como essa, Ricardo Lessa, presidente da SCHWING-Stetter, lembra que quando há a necessidade de concreto usinado fresco, ou seja, o concreto que sai direto do misturador e segue para aplicação na frente de serviço, é preciso manter o material a baixas temperaturas: entre 2⁰ e 3⁰C. Para isso, as centrais de concreto são equipadas com fábricas de gelo.

Manter a temperatura baixa, segundo o executivo da SCHWING-Stetter, garante a reação uniforme do cimento em todo o bloco ou peça a ser concretada. “Normalmente, instalamos um termopar no centro de gravidade do bloco para monitorar a temperatura e garantir que a reação química do cimento ocorra de forma homogênea e constante do começo ao final da concretagem", diz ele, explicando que, assim, quando o cimento atinge a temperatura de cura, que ocorre na média dos 65⁰C, a peça ou bloco não apresentará fissuras, emendas, descontinuidade ou rachaduras.

Ainda devido ao alto volume de produção e somando também a necessidade por traços bastante controlados ao concreto, a indicação de Lessa para a produção do material é pela utilização de centrais misturadoras com duplo eixo horizontal, com as quais é possível misturar concreto seco com baixo teor de cimento. Esse é o tipo de mistura utilizada para a aplicação de concreto compactado a rolo (CCR), o que só confirma a máxima de que é preciso produzi


Em obras de hidrelétricas, as barragens podem ser de vários tipos, como em arco, em contraforte e de gravidade. Elas ainda podem ter diversas configurações, sendo a tomada d'água, casa de força e vertedouro as mais usuais. Seja qual for a solução, o fato é que essas estruturas são constituídas de concreto. E concreto de alto controle tecnológico.

O alto volume de massa empregado em projetos de envergadura, como as obras das hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, demonstram a importância do controle produtivo do concreto. Como exemplo, as barragens da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em fase de término, consumiram cerca de 2,7 milhões de m³ do material. O concreto, nessa obra, é produzido por centrais SCHWING-Stetter. Lá, foram quatro equipamentos no total, com capacidades de 120 m³ e 200 m³. Essas centrais ficam posicionadas nas duas margens do Rio Madeira.

Para obras como essa, Ricardo Lessa, presidente da SCHWING-Stetter, lembra que quando há a necessidade de concreto usinado fresco, ou seja, o concreto que sai direto do misturador e segue para aplicação na frente de serviço, é preciso manter o material a baixas temperaturas: entre 2⁰ e 3⁰C. Para isso, as centrais de concreto são equipadas com fábricas de gelo.

Manter a temperatura baixa, segundo o executivo da SCHWING-Stetter, garante a reação uniforme do cimento em todo o bloco ou peça a ser concretada. “Normalmente, instalamos um termopar no centro de gravidade do bloco para monitorar a temperatura e garantir que a reação química do cimento ocorra de forma homogênea e constante do começo ao final da concretagem", diz ele, explicando que, assim, quando o cimento atinge a temperatura de cura, que ocorre na média dos 65⁰C, a peça ou bloco não apresentará fissuras, emendas, descontinuidade ou rachaduras.

Ainda devido ao alto volume de produção e somando também a necessidade por traços bastante controlados ao concreto, a indicação de Lessa para a produção do material é pela utilização de centrais misturadoras com duplo eixo horizontal, com as quais é possível misturar concreto seco com baixo teor de cimento. Esse é o tipo de mistura utilizada para a aplicação de concreto compactado a rolo (CCR), o que só confirma a máxima de que é preciso produzir grandes quantidades de massa por batelada. "Como o concreto é aplicado na regularização do solo como pavimento rígido, há a necessidade de preparar grandes trechos por vez, permitindo a homogeneidade do material que formará cada placa de pavimento", explica, salientando que, nesse caso, é obrigatório que a pavimentadora espalhe o concreto convencional na sequência e antes que haja chuva.

Rodrigo Satiro, gerente de vendas da Putzmeister, lembra que, quando a discussão é sobre grandes concretagens, todo o processo é complexo. "É preciso especificidade desde a produção do concreto nas centrais até a logística do material para a obra, lembrando que, se tratando de logística, incluímos também o bombeamento da massa na frente de serviço", diz ele, esclarecendo que esse último processo pode ser realizado por tubulações rígidas equipadas em bombas estacionárias ou autobombas com lança.

No Brasil, a Putzmeister oferece equipamentos para bombeamento. São bombas rebocáveis, autobombas sobre caminhão e autobombas com lanças de diversos tamanhos. "Para o transporte, disponibilizamos ainda as autobetoneiras, com balão de 8 ou 9 metros cúbicos de capacidade", ressalta ele.

A Zoomlion toma a palavra para retornar ao assunto centrais de concreto, para a qual ela apresenta novidades. A principal delas é o Turbomixer. Trata-se de um acessório voltado principalmente a usinas dosadoras e cuja operação consiste na mistura dos componentes do concreto por agitação, garantindo melhor homogeneidade à mistura antes do seu despejo nos balões betoneira. "São quatro eixos que giram entre si a 1400 rotações por minuto (rpm), permitindo misturas homogêneas em ciclos de até 34 segundos", explica Marcelo Antonelli Silva, diretor da divisão de equipamentos de concreto da BMC, empresa que representa a área de concreto da fabricante chinesa. Ele complementa que o equipamento também faz controle de umidade da areia, fator que pode influenciar significativamente na qualidade do traço do concreto.

Segundo o executivo, já há duas unidades do Turbomixer sendo operacionalizados em centrais dosadoras de concreteiras brasileiras. Em um dos projetos, Antonelli revela que o Turbomixer fica instalado entre duas bocas de carga da usina dosadora, recebendo material para processar duas produções simultâneas de 80 m³ por hora. "Com isso, obtém-se a vantagem de dobrar a produção em usinas de layout reduzido, exigindo menos área de terreno para a instalação do equipamento", diz ele.

No que tange o transporte do material, Antonelli enfatiza que o caminhão betoneira merece atenção especial. Afinal, quando mal dimensionado ou mal manutenido, esse equipamento pode prejudicar o traço da mistura consideravelmente.

Segundo o executivo, são diversas as causas prejudiciais a esse equipamento, mas ele cita que no topo do ranking está a desatenção à qualidade das facas de mistura. "Pensando nisso, a Zoomlion desenvolveu a faca dos misturadores de suas betoneiras em formato de T, de modo que o concreto vá sendo puxado para o fundo do balão, potencializando a mistura", diz ele. Em outros modelos, explica o executivo, há revestimentos de vergalhão para a faca. "Esse material de desgaste, conforme o uso, sofre deterioração e não é incomum encontrar betoneiras circulando com esses revestimentos pela metade, o que significa que o concreto não está sendo misturado durante o transporte", explica o executivo.

O cálculo de enchimento do balão da betoneira também é motivo de erro nos canteiros de obras. Segundo Antonelli, a média dos equipamentos do mercado para enchimento é de 55% a 59% do espaço dotal do balão. Isso significa que os equipamentos disponibilizados pelo mercado, geralmente de 7m3 a 9 m³ de capacidade, têm, na verdade, um espaço interno de quase o dobro desse volume, mas a parte vazia deve existir justamente para que o tombo do concreto ocorra eficientemente dentro do balão.

 

 

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