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Revista GC - Ed.100 - Ago/Set 2022
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ESPECIAL MERCADO MOBILIÁRIO

RACIONAL ENGENHARIA

Por Redação

PRINCIPAL PROJETO
Arena MRV

DADOS TÉCNICOS
Local: Belo Horizonte (MG)
Tipo: Arena multiuso
Área Construída: 177.063 m²
Terreno: N/A
Estrutura: N/A
Volume de concreto: 60.000 m³
Investimento: Não divulgado
Entrega: 2023
Estágio da obra: 75% (expectativa de conclusão até o final do ano)
Diferencial técnico: Cobertura
- O sistema de cobertura e fachada da Arena Multifuncional MRV foi concebido com três funções principais: conferir estanqueidade ao edifício, ser o principal elemento estético de grande porte do empreendimento e reduzir o impacto acústico no entorno durante os eventos
- Para isso, projetou-se um sistema composto por camadas de telhas metálicas e materiais isolantes e absorventes acústicos, instaladas individualmente
- A camada mais externa é composta por uma telha zipada de alumínio conformada uma a uma (calandrada


PRINCIPAL PROJETO
Arena MRV

DADOS TÉCNICOS
Local: Belo Horizonte (MG)
Tipo: Arena multiuso
Área Construída: 177.063 m²
Terreno: N/A
Estrutura: N/A
Volume de concreto: 60.000 m³
Investimento: Não divulgado
Entrega: 2023
Estágio da obra: 75% (expectativa de conclusão até o final do ano)
Diferencial técnico: Cobertura
- O sistema de cobertura e fachada da Arena Multifuncional MRV foi concebido com três funções principais: conferir estanqueidade ao edifício, ser o principal elemento estético de grande porte do empreendimento e reduzir o impacto acústico no entorno durante os eventos
- Para isso, projetou-se um sistema composto por camadas de telhas metálicas e materiais isolantes e absorventes acústicos, instaladas individualmente
- A camada mais externa é composta por uma telha zipada de alumínio conformada uma a uma (calandrada e cortada) em grandes comprimentos na obra. Para isso, foi importado e instalado no canteiro de obras um grande maquinário que, a partir das bobinas de alumínio pré-pintadas, molda cada uma das telhas nas dimensões necessárias. Dada a geometria curva da arena, diversos trechos da cobertura possuem formato complexo com dupla curvatura
- A 2ª camada é composta por painéis de lã de rocha de alta densidade que contribuem com o isolamento acústico. O isolante também garante que os pingos de chuva não gerem ruídos dentro da arena, interferindo nos shows ou outros eventos no interior do estádio. Um aspecto desafiador é o fato de que os painéis não podem receber chuva (inclusive durante a instalação). Assim, o planejamento da montagem foi cuidadosamente pensado sem desprezar o monitoramento das condições climáticas. Além disso, foram aplicadas estratégias para mitigar o risco de a chuva atingir a lã de rocha, como subdivisão dos trechos de obra em partes menores e criação de rufos intermediários provisórios
- A 3ª camada é composta por uma manta de um polímero de alta densidade, cuja principal função é incrementar o isolamento acústico, protegendo a vizinhança residencial dos ruídos excessivos. O isolamento acústico é uma das condicionantes impostas pela Prefeitura para a instalação da Arena no local
- A 4ª camada é composta por outros painéis de lã de rocha, revestidos com véu preto que impede o desprendimento de partículas. Em conjunto com a 5ª e última camada (telha de aço perfurada), confere à cobertura capacidade de absorção acústica, o que garante ótimo desempenho acústico em seu interior. Trata-se de um fator essencial para um edifício que se propõe a receber shows de música, no qual o tempo de reverberação deve ser cuidadosamente controlado
- A 5ª camada é formada por uma telha trapezoidal perfurada, cuja principal função (além de compor a “fachada interna”) é servir de apoio para todas as demais camadas e permitir que as ondas sonoras passem através dela e cheguem até a 4ª camada: o colhão de lã de rocha absorvente. Os diâmetros e a proporção dos furos dessas telhas foram cuidadosamente calculados para encontrar o ponto ótimo entre elementos opostos (quanto mais vazada a telha, melhor a absorção acústica). Entretanto, quanto mais perfurada, menos carga esses elementos (que seguram os demais) aguentariam. Além disso, a forma e quantidade de furos também interferiam na qualidade da perfilação das telhas trapezoidais e, com isso, a proporção teve de ser testada algumas vezes em fábrica para compatibilizar com o maquinário que transformou as bobinas de aço em telhas trapezoidais

DESCRITIVO DE SOLUÇÕES

  • Inovação: A Arena MRV foi projetada para ser construída com pré-moldados, o que garante a qualidade do acabamento e a conclusão das obras no prazo estipulado. A estrutura do estádio é mista, em aço e concreto. Esse processo visa atender o arrojado projeto arquitetônico, além de deixar a estrutura da Arena MRV mais moderna e ‘clean’. No total, foram utilizadas 4.029 ton de estruturas metálicas, 1.446 ton de estruturas metálicas na cobertura e 21.008 peças pré-moldadas
  • Projeto: A expectativa é que a Arena MRV seja a mais tecnológica da América Latina
    - Diversas soluções digitais estão sendo discutidas com potenciais parceiros e implementadas para garantir a segurança e o conforto dos frequentadores do espaço, além de criar uma experiência personalizada que irá entreter ainda mais o público e a comunidade nos dias de jogos e eventos
    - Modelos adotados globalmente em grandes espaços de entretenimento ou por grandes players do esporte são estudados como forma de proporcionar a melhor experiência para os usuários. Toda estrutura foi pensada para que seja um espaço multiuso e modular, de modo que produtores de eventos de todos os tipos e portes tenham interesse em usufruir do espaço.
    - Como exemplo, pode-se citar os quatro túneis de acesso ao gramado, de 10 m de largura, que permitirão a entrada de carretas para imprimir maior agilidade à montagem e desmontagem de palcos
  • Soluções de sustentabilidade: A Arena MRV cumpre diversas contrapartidas ambientais com os órgãos públicos, incluindo:
    - Preservação permanente da Reserva Particular Ecológica (RPE), área verde de 26 mil m² ao lado do estádio
    - Regularização fundiária no Parque Nacional da Serra do Gandarela, área de conservação correspondente a mais que o dobro da vegetação nativa suprimida no terreno da obra
    - Plantio de 46 mil árvores em parques da cidade pelos próximos 10 anos, número que representa uma árvore para cada assento da Arena MRV. Serão plantadas até 4.600 árvores por ano
    - Destinação às forças de segurança de Minas Gerais de equipamentos que, somados, superam R$ 4 milhões para auxiliar no combate a crimes ambientais
    - Além disso, serão adotadas as seguintes tecnologias na operação e construção do estádio:
    - Sistema de aproveitamento de água pluvial – Uma das principais medidas de sustentabilidade a ser incorporada ao empreendimento. A água da chuva que cairá sobre a cobertura do estádio será armazenada em um reservatório com capacidade para um milhão de litros. A água passará por um sistema de filtragem e voltará para ser utilizada na operação do estádio em uso não potável, como mictórios, limpeza e irrigação
    - Sistema de cobertura com tratamento térmico e acústico Aliado ao sistema de aproveitamento de água pluvial, o sistema adotado para a cobertura do estádio é uma das principais medidas de sustentabilidade a ser incorporada. Foi elaborado um relatório de estudo de ruído no entorno do empreendimento, contendo prognóstico fundamentado em simulações computacionais de propagação sonora, bem como análise do impacto gerado pelo ruído no entorno do empreendimento. A cobertura terá, em sua composição, elementos que garantirão o conforto térmico e acústico ao público interno e externo
    - Iluminação esportiva – A iluminação esportiva do campo de jogo será composta por equipamentos com tecnologia LED, sendo um dos únicos estádios do país que utilizará o sistema, que gera uma grande economia de energia
    - Programa de coleta seletiva de resíduos sólidos em duas fases distintas, na fase de instalação e na operação do estádio
    - Dispositivos economizadores de energia elétrica – A adoção de dispositivos economizadores de energia elétrica é fundamental para a sustentabilidade das edificações, não apenas por uma questão de sustentabilidade econômica, mas também porque ajudará a prolongar a vida de recursos não-renováveis
    - Relação dos dispositivos economizadores de energia elétrica que serão adotados no empreendimento: lâmpadas de LED, relés fotoelétricos ou sensores de presença, temporizadores para dispositivos de iluminação e aparelhos eficientes – será priorizado o uso de equipamentos com selo Procel categoria A
    - Dispositivos hidráulicos economizadores de água – Fundamental para a sustentabilidade das edificações, não apenas por uma questão de sustentabilidade econômica, mas porque ajudará a preservar o recurso natural. O escopo inclui registros restritores de vazão e pressão e vasos sanitários com bacia acoplada de duplo acionamento, lavatórios dotados de torneiras com acionamento-fechamento automático e aeradores
    - Estrutura pré-fabricada de concreto/metálica – Canteiro de obras limpo e organizado, evitando a produção de resíduos indesejáveis e o desperdício de materiais. Com o emprego dessa solução, os impactos de qualquer natureza, inerentes à atividade de construção, são significativamente minimizados, reduzindo ainda o tempo de obra
    - Sistema de automação e controle digital – Funciona como o cérebro dos diversos sistemas que compõem a estrutura ‘nervosa’ do empreendimento. Os comandos e controles são centralizados em um único ambiente, propiciando controle, em tempo real, do acionamento dos diversos sistemas. Os sistemas vão operar, em sua maioria, de forma automatizada, minimizando a possibilidade de interferência humana nos processos e, consequentemente, a possibilidade de ações que gerem erros e desperdício de recursos

OUTROS PROJETOS
Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

DADOS TÉCNICOS
Local: São Paulo (SP)
Tipo: Infraestrutura de ensino
Área Construída: 44.000 m²
Terreno: 12.151 m²
Estrutura: 8 pavimentos (3 subsolos e 5 pisos e cobertura)
Volume de concreto: 31.500 m³
Investimento: Não divulgado
Entrega: 2022
Estágio da obra: Concluída
Diferencial técnico: Skylight, garden, concreto aparente, brises, automação
A Racional foi contratada para executar a pré-construção e construção da estrutura
A empresa atuou desde a fase de desenvolvimento dos projetos (pré-construção), quando trabalhou em conjunto com a Safdie Architects, com o objetivo de apoiar a viabilização do empreendimento
Nessa etapa, teve a oportunidade de aportar ao projeto sua experiência de mais de 50 anos em engenharia, sob a ótica da construtibilidade e melhor performance do edifício, integrando planejamento, soluções técnicas e construtivas
Diversas soluções construtivas e de engenharia foram desenvolvidas em parceria com empresas nacionais e incorporadas ao projeto. Muitas delas foram criadas a partir de um mockup, por meio do qual eram validadas pelo arquiteto
Para acompanhar a implementação do projeto e garantir a qualidade na execução de acordo com as expectativas, o escritório contou com a presença de um representante no Brasil durante toda a etapa de construção

DESCRITIVO DE SOLUÇÕES

  • Inovação: O Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein é um edifício inteligente, totalmente automatizado. Há diversas tecnologias de ponta embarcadas no projeto:
    - Sistema de climatização do Garden: com tecnologia de ponta, a automação considera, por exemplo, sensores de umidade e temperatura, que são acompanhados por consultores que avaliam constantemente a saúde da vegetação
    - Sistema de irrigação e aspersão: para manter a saúde das plantas, também é monitorado e acompanhado por meio da automação do prédio
    - Automação das salas de aula: controle automatizado de soluções de áudio e vídeo, iluminação e persianas, facilitando a definição das cenas de acordo com a necessidade
  • Projeto: Projeto de alta complexidade, executado em 41 meses, com nível de precisão altíssimo e com elevadíssimos padrões de qualidade, com acabamentos compostos, em grande parte, por materiais importados
    - Arquitetura: Como elemento principal da obra, todas as demais disciplinas seguiram fielmente o conceito arquitetônico do projeto – o primeiro assinado por Moshe Safdie no Brasil, desenvolvido em parceria com o escritório Perkins+Will. Localizado em um terreno em aclive, o projeto toma proveito da topografia e se divide em duas alas – uma dedicada à pesquisa, outra ao ensino – conectadas por um átrio com um grande jardim no centro do edifício. O programa, distribuído em salas de aula, laboratórios, escritórios, auditório e cafeteria, é organizado ao longo de uma série de desníveis em torno do átrio
    - Mockup: Por tratar-se de um projeto internacional, a criação de um mockup foi fundamental para garantir a execução dos acabamentos de forma fiel às especificações do projeto arquitetônico e com custos que viabilizassem o empreendimento. Nesse mockup, construído em frente ao Centro de Ensino e Pesquisa, foram criados protótipos, em escala real, de diversos elementos do projeto, como brises, concreto aparente, vidros, balaustrada, pisos, revestimentos, iluminação, garden e paginação dos caixilhos, entre outros. Durante as etapas de pré-construção e construção, o mockup serviu de cenário para o desenvolvimento de soluções de engenharia propostas pela construtora, em parceria com empresas locais, com o objetivo de diminuir custos e garantir a qualidade e estética exigidas pelo arquiteto. Outra função do mockup era ser referência para a equipe da Racional, durante a construção, sempre que houvesse qualquer desvio entre expectativa e realidade. Dentre as diversas soluções desenvolvidas no mockup estão: concreto aparente, com especificações jamais executadas no país, e brises, peças únicas desenvolvidas com enzima plástica mineral
  • Uso de materiais: A expectativa do arquiteto era de um concreto isento de superfícies com patologias. A coloração do concreto também tinha de atender um tom mais branco, sem ser pigmentado. Após isso, passou-se pelo desenvolvimento dos ensaios e testes em laboratório, até que foram realizadas as primeiras peças no mockup
    - Para atender a solicitação de carga da cobertura, que pesa cerca de 300 toneladas, as lajes tinham de 40 a 60 centímetros de concreto, o que não é convencional
    - Outro elemento acima da média do mercado, a taxa de aço tem uma taxa média de 210 kg de aço por metro cúbico de concreto
  • Brises: Foram feitos dois mockups de brises em concreto armado, que era a concepção original. No entanto, nenhuma das duas soluções atendeu a engenharia por conta do peso, já que o concreto armado se mostrou muito pesado e poderia deformar, deixando o brise com aspecto ondulado, além do fato de a textura do concreto não atender à arquitetura
    - Por isso, a Racional desenvolveu uma nova solução: um brise em resina mineral, com características que conseguem absorver tanto frio como calor, garantindo uma melhor planicidade ao prédio, garantindo a homogeneidade nas fachadas
  • Skylight: Além do alto padrão de qualidade exigido pelo arquiteto, existia ainda uma particularidade de precisão muito grande no projeto: Uma precisão de milímetros no telhado de mais de 300 toneladas exigiu que cada peça, feita sob medida, fosse encaixada exatamente em seu lugar
    - A estrutura metálica do skylight, que cobre a parte central do edifício, foi desenvolvida pela empresa alemã Seele, enquanto os vidros vieram da Itália
    - Para a execução da cobertura, foi necessária a montagem de uma plataforma metálica intermediária, utilizada provisoriamente para a instalação de andaimes que possibilitassem a execução da cobertura
  • Garden: O projeto do paisagismo para o jardim no átrio central foi feito pelo escritório Isabel Duprat, em conjunto com a Safdie Architects. São mais de 2.000 m² de área plantada com espécies nativas da Mata Atlântica.
    - A climatização do jardim, instalado em um ambiente enclausurado (estufa), também representou um desafio, pois requer garantia do conforto térmico do paisagismo, assim como para os usuários do edifício
  • Soluções de sustentabilidade: Trata-se de um edifício inteligente, totalmente automatizado, com tecnologias avançadas de eficiência energética e redução do consumo de utilidades, que atendeu todos os critérios de sustentabilidade, desde a escolha dos materiais utilizados no projeto até a execução, em todas as etapas da obra. O empreendimento é uma construção sustentável que visa obter a certificação LEED Gold
    - Saúde e segurança: Projeto executado no auge da pandemia. Todos os protocolos sanitários foram adotados, mantendo a prioridade na saúde de todos os colaboradores diretos e indiretos. Atingiu-se mais de 1 milhão de horas/homens trabalhadas sem acidentes com afastamento
    - Salas Limpas: A área de pesquisa contará com três Salas Limpas do tipo ISO7 com certificação nível NB2. Serão as únicas no país que têm esse patamar de segurança e paredes de vidro
  • Informações complementares: https://youtu.be/rSJ7jJ6EExs

FATOS MARCANTES

  • “O novo Centro de Educação e Pesquisa Albert Einstein oferecerá um oásis para a agitada vida urbana. Nosso projeto promove uma sensação de calma – um exuberante jardim interno com diferentes níveis, áreas de encontro informal e salas de aula são recobertos por uma inventiva cobertura de vidro que evoca a sensação de se estar debaixo da sombra de uma árvore” – Moshe Safdi

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