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Revista GC - Ed.1 - Jan/Fev 2010
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Petóleo e gás

Pronta para a expansão do mercado offshore

A UTC Engenharia concluiu a montagem e fez a entrega à Petrobras, na primeira semana de janeiro, de dois módulos de geração de energia elétrica que irão compor a plataforma de petróleo P-56, em fase de construção, e que será instalada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). O contrato foi assinado em novembro de 2007 e a montagem concluída em 26 meses. Uma vez finalizada a montagem, realizada na Unidade de Construção Offshore da UTC em Niterói (RJ), os dois módulos, pesando juntos cerca de 2,4 mil t, foram transportados em barcaças até o estaleiro Keppels Fels, em Angra dos Reis, onde se encontra o canteiro de integração.

Os módulos foram montados a partir de quatro conjuntos geradores movidos a gás natural, com turbo geradores fabricados pela empresa inglesa Rolls-Royce, parceira da UTC nesse contrato, firmado em regime de EPC. Juntos, os dois módulos terão capacidade de geração de um total de 100 MW – cada conjunto gerador com capacidade de 25 MW cada. Com essa potência, é possível suprir a demanda por energia de uma cidade com 230 mil habitantes.


A UTC Engenharia concluiu a montagem e fez a entrega à Petrobras, na primeira semana de janeiro, de dois módulos de geração de energia elétrica que irão compor a plataforma de petróleo P-56, em fase de construção, e que será instalada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). O contrato foi assinado em novembro de 2007 e a montagem concluída em 26 meses. Uma vez finalizada a montagem, realizada na Unidade de Construção Offshore da UTC em Niterói (RJ), os dois módulos, pesando juntos cerca de 2,4 mil t, foram transportados em barcaças até o estaleiro Keppels Fels, em Angra dos Reis, onde se encontra o canteiro de integração.

Os módulos foram montados a partir de quatro conjuntos geradores movidos a gás natural, com turbo geradores fabricados pela empresa inglesa Rolls-Royce, parceira da UTC nesse contrato, firmado em regime de EPC. Juntos, os dois módulos terão capacidade de geração de um total de 100 MW – cada conjunto gerador com capacidade de 25 MW cada. Com essa potência, é possível suprir a demanda por energia de uma cidade com 230 mil habitantes.

A P-56 será uma plataforma do tipo semissubmersível e ficará posicionada em águas de cerca de 1.700 metros de profundidade, e a uma distância de 124 km do litoral. Com capacidade para processar e tratar diariamente cerca de 170 mil barris de líquidos e 100 mil barris de petróleo de 16o API, além de 6 milhões de m3 de gás natural, e de injetar aproximadamente 280 mil barris de água no reservatório, a P-56 vai operar ligada a 22 poços, sendo 11 produtores de petróleo e gás e 11 para injeção de água.

Cópia idêntica de outra plataforma – a P-51, primeira desse tipo inteiramente construída no Brasil –, já em operação no Campo de Marlim, a nova unidade, uma vez concluída, pesará 50 mil t, terá 110 m² e 125 metros de altura. As plataformas “gêmeas” estão entre as maiores do mundo, nesse porte, e foram dimensionadas para terem uma vida útil de 25 anos.

Para a montagem da P-56, a Petrobras contratou o consórcio FSTP, formado pelas empresas Keppels Fels e Technip. O contrato, no valor de R$ 1,2 bilhão, incluiu serviços de engenharia, suprimento, construção e montagem (casco e planta de processo).

Ainda para complementação, foram contratadas a Nuovo Pignone, para o fornecimento e a montagem dos módulos de compressão de gás, no valor de US$ 141,4 milhões; e o consórcio Rolls-Royce Energy Systems/UTC Engenharia, para fornecimento, montagem, operação e manutenção dos módulos de geração elétrica, no valor de US$ 139,7 milhões.

De acordo com Ricardo Flores, gestor de Planejamento da UTC, por força de contrato, a Petrobras exige, para a montagem de plataformas, um percentual mínimo de conteúdo nacional. “No que diz respeito à nossa participação nesse contrato, esse percentual foi de quase 100%.”

Ele explica que os dois módulos, juntos, pesam 2,4 mil t. Cada módulo é composto por dois conjuntos geradores, de 25 MW. O peso de cada máquina é de cerca de 200 t. A esse peso soma-se o dos seus respectivos sistemas de ar, combustão e descarga, o que eleva o peso final de cada unidade para 300 t. A estrutura metálica, por sua vez, pesa mais 1,1 mil toneladas, e os sistemas auxiliares – parte elétrica, cablagem, instrumentação, isolamento, etc.– mais 100 t.

O projeto básico dos módulos de geração de energia foi fornecido pela Petrobras. O gerenciamento ficou a cargo da própria UTC, que usou o software Microsoft Project. Para a execução da montagem, a empresa utilizou 1.100 t de aço estrutural, fornecido pela Metasa.

Ainda segundo Ricardo Flores, o estaleiro Keppels Fels, em Angra dos Reis, recebe seções do casco, fabricadas na Nuclep, bem como os dois módulos de geração, construídos pela UTC, e os dois módulos de compressão, fabricados pela Nuovo Pignone. Essas partes serão integradas aos demais módulos, que estão sendo produzidos por eles mesmos, em Angra dos Reis.

Geralmente, nesse tipo de fornecimento, a UTC não sofre, no seu cronograma, impactos de eventuais atrasos no andamento da montagem do casco da plataforma. Nesse contrato, no entanto, a montagem dos módulos de geração de energia acabou sofrendo um atraso de dois meses, em relação à previsão inicial, causada pela dificuldade na entrega dos equipamentos por parte da Rolls-Royce. A situação se agravou ao final de 2008, período em que o mercado se encontrava muito aquecido, por se tratar de equipamentos produzidos sob encomenda, especificamente para esse projeto, e, portanto, não disponíveis “em prateleira”.

“O nosso maior desafio, nesse contrato, foi justamente o prazo para a sua execução, tendo que minimizar os impactos causados pela falta de equipamentos no mercado. Outro diferencial, nesse contrato, foi que nós nos propusemos a entregar os módulos de energia prontos, certificados aqui na base, sem transferir pendências para o canteiro de integração, sem permitir que isso impactasse o prazo de conclusão”, explica Ricardo Flores.

A entrega dos turbo-geradores acabou se efetivando em julho do ano passado, quando a montagem dos módulos atingiu seu pico. O engenheiro explica que a UTC trabalhou, nesse contrato, com um nível elevado de pré-montagem. Mas que havia uma série de etapas que só poderiam ser iniciadas após a chegada das máquinas.

Para garantir uma redução significativa nos prazos, a UTC contratou com a Metasa o fornecimento do aço estrutural já na segunda demão de tinta. Isso evitou a execução dessa etapa do trabalho no canteiro, em Niterói.

“Apesar das dificuldades, tínhamos a nosso favor o estado-da-arte em tecnologia do setor, além do know how  acumulado pela UTC”,  afirma Flores.

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