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Revista GC - Ed.1 - Jan/Fev 2010
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Petóleo e gás

Petrobras fecha contratos para obras na refinaria Abreu e Lima

Oito construtoras, organizadas em cinco consórcios, ficaram responsáveis pelas obras, avaliadas em R$ 8,9 bilhões

A Petrobras assinou, no dia 2 de dezembro, cinco contratos, no valor global de R$ 8,9 bilhões, para a implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, também conhecida como Refinaria do Nordeste. O maior dos contratos, no valor de R$ 3,4 bilhões, se refere à construção das Unidades de Coqueamento Retardado – UCR (U-21 e U-22), incluindo subestações, Casas de Controle e as Seções de Tratamento Cáustico Regenerativo (U-26 e U-27). Para os serviços, foi contratado o Consórcio Camargo Corrêa – CNEC, constituído pelas empresas Construções e Comércio Camargo Correa S.A. e CNEC Engenharia S.A.

Também foi assinado o contrato para a implementação das Unidades de Hidrotratamento de Diesel (U-31, U-32), de Hidrotratamento de Nafta (U33 e U-34) e Unidades de Geração de Hidrogênio (U-35 e U-36). O contrato foi firmado com o Consórcio Conest-UHDT, formado pelas empresas Odebrecht Plantas Industriais e Participações S.A. e Construtora OAS Ltda. O custo do empreendimento é de R$ 3,19 bilhões.

O terceiro contrato, em valor de investimento (R$ 1,48 bilhão), refe


A Petrobras assinou, no dia 2 de dezembro, cinco contratos, no valor global de R$ 8,9 bilhões, para a implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, também conhecida como Refinaria do Nordeste. O maior dos contratos, no valor de R$ 3,4 bilhões, se refere à construção das Unidades de Coqueamento Retardado – UCR (U-21 e U-22), incluindo subestações, Casas de Controle e as Seções de Tratamento Cáustico Regenerativo (U-26 e U-27). Para os serviços, foi contratado o Consórcio Camargo Corrêa – CNEC, constituído pelas empresas Construções e Comércio Camargo Correa S.A. e CNEC Engenharia S.A.

Também foi assinado o contrato para a implementação das Unidades de Hidrotratamento de Diesel (U-31, U-32), de Hidrotratamento de Nafta (U33 e U-34) e Unidades de Geração de Hidrogênio (U-35 e U-36). O contrato foi firmado com o Consórcio Conest-UHDT, formado pelas empresas Odebrecht Plantas Industriais e Participações S.A. e Construtora OAS Ltda. O custo do empreendimento é de R$ 3,19 bilhões.

O terceiro contrato, em valor de investimento (R$ 1,48 bilhão), refere-se à construção das Unidades de Destilação Atmosférica – UDA (U-11 e U-12). A tarefa foi confiada ao Consórcio RNEST - Conest, constituído pela Odebrecht Plantas Industriais e Participações S.A. e Construtora OAS Ltda.

O escopo desses três contratos inclui o fornecimento de materiais, fornecimento parcial de equipamentos, construção civil, montagem eletromecânica, preservação, condicionamento, testes, pré-operação, partida (início das operações), assistência à operação, assistência técnica e treinamentos.

Além destes, também foi assinado o contrato para a implantação dos dutos de recebimento e expedição de produtos da refinaria, que compreende os serviços de análise de consistência do projeto básico, projeto executivo, fornecimento de materiais e equipamentos, construção civil, instalações elétricas, montagem eletromecânica, preservação, condicionamento, testes, apoio à pré-operação e operação assistida. O contrato foi firmado com o Consórcio Conduto – Egesa (Conduto - Companhia Nacional de Dutos e Egesa Engenharia S.A.), no valor de R$ 649 milhões.

O quinto contrato refere-se aos serviços de infraestrutura civil, e compreende o sistema de drenagem pluvial limpo, pontilhões de concreto, arruamento e pavimentação, áreas de armazenagem e portarias. Esse serviço será executado pelo consórcio Construcap - Progen (Construcap CCPS Engenharia e Comércio S.A. e Progen Projetos Gerenciamento e Engenharia Ltda.), com orçamento de R$ 120 milhões.

Definida parceria com a PDVSA
No final de outubro, a Petrobras e a Petróleo de Venezuela S.A. (PDVSA), estatal petrolífera da Venezuela, concluíram as negociações para a constituição da empresa que vai construir e operar a Refinaria Abreu e Lima. A composição acionária será de 60% para Petrobras e 40% para PDVSA.

A refinaria terá capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo pesado por dia, a ser fornecido em partes iguais pela Petrobras e PDVSA, e terá como principal produto óleo diesel com baixo teor de enxofre.

De acordo com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, os contratos assinados representam mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Para ele, o empreendimento será importante para uma série de cadeias produtivas, como a cadeia têxtil. “Depois de 27 anos, estamos fazendo uma refinaria no ‘estado da arte’, com forte preocupação ambiental e com desenvolvimento de tecnologia brasileira”, lembrou, frisando que parte do desenvolvimento tecnológico é realizado no Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras.

Na avaliação do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o empreendimento terá papel importante na redefinição da economia regional. “Esse impacto vai ser muito forte em Pernambuco, mas não será apenas no estado. Vamos viabilizar um empreendimento estruturante, de longo prazo, que vai permitir uma expansão ainda maior da economia nordestina”, previu.

Diminuindo custos
O diretor de Abastecimento da estatal brasileira, Paulo Roberto Costa, anunciou que a Petrobras obteve economia de custo no projeto. “Esses BID e REBIDs (relicitações) significam redução no investimento de R$ 6,7 bilhões, em comparação com os valores do início de 2008”, assegurou.

Desde o início de 2008, as obras da Refinaria Abreu e Lima estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), por suspeitas de superfaturamento, sobrepreço ou “jogo de planilha”, nas obras da primeira etapa. A direção da empresa afirma, no entanto, que antes mesmo do início do processo de fiscalização do TCU, a Petrobras já havia iniciado a reavaliação de custos e renegociação de preços com os fornecedores de equipamentos e serviços. Para isso foi constituída uma Comissão de Negociação, cuja meta é obter as condições técnicas e soluções que permitam a redução orçamentária do empreendimento. Em janeiro de 2009, durante entrevista coletiva para detalhamento do Plano de Negócios 2009-2013, Sergio Gabrielli anunciou um conjunto de ações com esse objetivo, com ênfase na renegociação de contratos vigentes.

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