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Revista GC - Ed.49 - Junho 2014
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Concreto Hoje

Programa aumenta em 60% a produtividade da indústria de blocos

O Programa de Desenvolvimento Empresarial (PDE) da área de artefatos de concreto completa oito anos e auxilia micro e pequenas empresas do segmento a melhorar sua gestão

Fabricantes de artefatos de concreto que participam do programa de qualificação desenvolvido pela ABCP e Sebrae registraram aumentos de produtividade de até 60%

A parceria entre a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para incentivar, qualificar e prestar consultoria às pequenas fábricas de artefatos de concreto começou em 2006 e contabiliza ganhos importantes como o aumento de 60% na produtividade da indústria de blocos. O Programa tem uma dinâmica simples: reúne empresários do setor para participar de cursos gerenciais e técnicos, com o objetivo de inovar e aumentar a produtividade dos fabricantes. O objetivo principal do projeto é a melhoria da qualidade dos produtos, além do aumento da competitividade dos artefatos e da geração e ampliação do relacionamento com toda a cadeia da construção civil. Outra vertente do PDE é o desenvolvimento de estratégias inovadoras e práticas em ambientes colaborativos.

De acordo com Eduardo Henrique D’Avila, gerente regional da ABCP no Ri


Fabricantes de artefatos de concreto que participam do programa de qualificação desenvolvido pela ABCP e Sebrae registraram aumentos de produtividade de até 60%

A parceria entre a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para incentivar, qualificar e prestar consultoria às pequenas fábricas de artefatos de concreto começou em 2006 e contabiliza ganhos importantes como o aumento de 60% na produtividade da indústria de blocos. O Programa tem uma dinâmica simples: reúne empresários do setor para participar de cursos gerenciais e técnicos, com o objetivo de inovar e aumentar a produtividade dos fabricantes. O objetivo principal do projeto é a melhoria da qualidade dos produtos, além do aumento da competitividade dos artefatos e da geração e ampliação do relacionamento com toda a cadeia da construção civil. Outra vertente do PDE é o desenvolvimento de estratégias inovadoras e práticas em ambientes colaborativos.

De acordo com Eduardo Henrique D’Avila, gerente regional da ABCP no Rio de Janeiro, Estado onde o projeto foi iniciado, cada ação planejada considera o perfil da indústria de artefatos de concreto. Para ele, as empresas do segmento geralmente nascem pequenas e possuem poucos funcionários para cuidar de todas as etapas. No levantamento feito pela ABCP, 95% delas são micro e pequenas indústrias. “Por conta disso, a figura do empresário se assemelha ao chefe ‘faz tudo’, diferente da concepção de líder. Esse é um dos pontos que precisamos mudar”, diz ele.  A mesma concepção se espelha no processo produtivo, geralmente com predominância da prática manual sobre a automatizada, resultando em baixa produtividade e perdas elevadas. A falta de um sistema de qualidade implantado e poucas estratégias de crescimento dificulta o controle, deixando a empresa com pouca percepção da competitividade dos produtos, que acabam com seus preços definidos pela concorrência.

Como funciona o PDE para a área de artefatos de concreto

Atualmente, o PDE está presente em quinze diferentes Estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. “A partir de encontros promovidos entre as fabricantes há um intercâmbio de diferentes experiências e conhecimentos”, explica D’Avila. De acordo com ele, o processo é incentivado por meio de oficinas gerenciais, cursos técnicos de produção de blocos e consultorias especializadas. Para avaliar o desempenho das empresas são realizados diagnósticos da gestão e dos avanços da qualidade, neste caso, preparando a empresa para os selos de qualidade. Para adquirir conhecimentos de mercado, os integrantes do Programa também participam de eventos sobre alvenaria estrutural, intercâmbio em diferentes obras, cursos de racionalização construtiva e treinamentos “in company” para gestores, engenheiros, arquitetos e subempreiteiros.

Ao longo do primeiro ano, ou etapa, os alunos são apresentados a estratégias e processos de gestão, com foco em finanças, e qualidade. A partir do segundo ano, a produtividade ganha foco no “chão de fábrica” e segue para a terceira etapa com uma combinação de gestão de produtos e qualidade. Com conhecimento técnico suficiente, a quarta etapa se resume em noções de competitividade, visando a melhor adaptação da empresa no mercado. Já o último e quinto ano, programado para finalizar o curso, apresentam estratégias de inovação e sustentabilidade. Durante o processo os participantes têm acesso aos indicadores de resultados e certificações de participação e qualificação, entre eles o Selo de Qualidade ABCP e o MPE Diagnóstico - Competitividade Brasil, do Sebrae. De acordo com D’Avila, o desempenho destas empresas na conquista dos selos, inclusive nos critérios de excelência de gestão do Sebrae, têm sido incentivador.

Resultados positivos

De 2010 a 2014, houve um aumento de 50% na conquista do selo de qualidade da ABCP. Índices do programa mostram que, em 2011, as empresas participantes tiveram 33% de itens conformes e apenas 67% de não conformes frente aos critérios do Selo de Qualidade ABCP. No ano passado, essa avaliação tomou uma mudança drástica para 65% de conformes, praticamente dobrando os resultados positivos para certificação.

Da mesma forma, entre as empresas que tomaram parte do programa, foi constatada uma melhoria na gestão de 57%%, conforme os critérios de excelência do MPE Diagnóstico, que inclui a avaliação de liderança, estratégia de planos, clientes, sociedade, informação, pessoas, processos e resultados.

O crescimento se mostrou também nos dados de evolução do programa. De 2012 para o ano passado, o número de cidades que sediam os cursos praticamente dobrou, de 15 para 27 pólos. O número de empresas participantes também aumentou no mesmo período, passando de 228 para 374, assim como nas empresas beneficiadas indiretamente, apresentando aumento de 74%, de 690 para 1200. “Para o período futuro de 2014 a 2016 estamos com boas expectativas e prevemos alcançar mais de 100 cidades, 1.000 empresas diretas e outras cinco mil indiretas”, afirma D’Avila.

No mercado, o aumento das atividades também tem se mostrado, através do consumo de cimento Portland. Segundo dados da SNIC, entre 2006 e 2011, o consumo do segmento aumentou em 146%, muito acima do aumento constatado pelas concreteiras (em 2º lugar, com 134%), fibrocimento, pré-moldados e argamassas.

 

 

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